terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

VIVA MARIA!!! - Nos 104 anos do nascimento de Maria Aragão, MST lança documentário e livro sobre a líder maranhense



O documentário "Maria Aragão e a Organização Popular", produzido pela Expressão Popular e a Escola Florestan Fernandes, ligadas ao Movimento Sem-Terra (MST), juntamente com um livro da série Realidade Brasileira, traz, em 52 minutos, depoimentos de lideranças de organizações populares, de amigos e pessoas que conviveram com a líder comunista, como Wagner Baldez, Aldionor Salgado, João Otávio, Josefa Batista Lopes, Silvia Parga, Ironildes Vanderlei, Haroldo Saboia, César Teixeira, Euclides Moreira Neto, Mary Ferreira, Enide Jorge Dino, Ubirajara Aquino, dentre outros, sob narração da atriz Maria Ethel - assista acima, vale a pena conhecer essa parte da história não contada do Maranhão. 

Maria Aragão e a organização popular
Maria Aragão (1910-1991) destaca-se como mulher, negra, médica e militante política que conheceu profundamente as raízes das desigualdades sociais no Brasil e contribuiu para a organização da luta dos trabalhadores da cidade e do campo, desde meados dos anos 1940. 

Dirigente do Partido Comunista Brasileiro (PCB) no Maranhão, foi diretora do jornal Tribuna do Povo com o qual denunciou as degradantes formas de exploração e divulgou as reivindicações dos trabalhadores. Seu valor maior é a arte do trabalho de base, de seu contato direto trabalhadores rurais, em áreas de conflitos de terra no interior do Maranhão, e com operários das indústrias têxteis. Por sua militância destacada, foi presa cinco vezes e barbaramente torturada nos porões clandestinos de Fortaleza, durante a ditadura civil-militar, conquistando a liberdade apenas em 1978.

Maria Aragão defende até o final de sua vida a atualidade do socialismo: "O ideal socialista continuará a germinar no coração dos homens enquanto houver injustiça, desigualdades, discriminação, miséria, analfabetismo, doença e fome, que justifiquem a luta por uma sociedade libertária e fraterna, sonho que acompanha a humanidade desde seus primórdios e viverá conosco até o instante final de nossa civilização." Para a militante comunista, "Quem faz a revolução não são os líderes, é o povo."

Maria Aragão foi o tema de livro e documentário produzido pela Editora Expressão Popular e  Escola Nacional Florestan Fernandes. Eles serão lançados no dia 13 de fevereiro, em Brasília, como títulos da série Realidade Brasileira, fazendo parte da programação do VI Congresso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e comemoração dos 30 anos de vida do movimento. Além de Maria, o intelectual Ruy Mauro Marini também terá sua trajetória retratada em vídeo e livro.
Maria Aragão e a organização popular e Ruy Mauro Marini e a dialética da dependência, dois títulos da Série Realidade Brasileira, produção e realização da Escola Nacional Florestan Fernandes, da Editora Expressão Popular e da produtora Aicó Culturas, com patrocínio da Caixa Econômica Federal.
            Cada título da série é composto por um documentário de 52 minutos e por um livro voltado para a introdução da juventude no debate sobre os problemas e alternativas da realidade brasileira. Dando continuidade à série inaugurada em 2012, são lançados, no início de 2014, Maria Aragão e Ruy Mauro Marini, importantes  brasileiros ainda desconhecidos da juventude brasileira, com novos elementos para a reinterpretação da história do Brasil do ponto de vista crítico, desde o seu passado recente do século XX, lançando luzes sobre a atualidade. (Com assessoria da Expressão Popular)

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