segunda-feira, 30 de junho de 2014

MP no PH. Movimentos de defesa dos direitos das crianças, dos adolescentes e das mulheres não podem calar!

logo mp


"Em virtude da repercussão em blogs e redes sociais de nota publicada pelo colunista social Pergentino Holanda, do jornal O Estado do Maranhão, que supostamente estaria fazendo apologia ao turismo sexual infantil durante a Copa do Mundo, e em respeito à opinião pública, o Ministério Público do Maranhão vem esclarecer o que se segue:

- Os crimes de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes são das mais graves violações aos direitos humanos e que vêm sendo duramente combatidos pelo Ministério Público em todo o país;

- Quanto à denúncia sobre a prática de apologia ao turismo sexual infantil e à exploração sexual de mulheres, a procuradora-geral de justiça encaminhará o caso para a 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e Juventude e Promotoria de Defesa da Mulher, para análise e adoção de providências legais, caso sejam necessárias;

- O Ministério Público do Maranhão repudia, ainda, a tentativa descabida de insinuar uma suposta conivência da procuradora-geral de justiça, Regina Lúcia de Almeida Rocha, com o colunista Pergentino Holanda, em nota publicada pelo blogueiro Yuri Almeida, contra o qual a instituição adotará as medidas cíveis e penais cabíveis."


domingo, 29 de junho de 2014

"É TEMPO DE MURICI: CADA UM CUIDE DE SI!"



Franklin Douglas (*) 

Encerra no dia 30 de junho, o prazo oficial para realização de convenções eleitorais dos partidos políticos para a escolha de seus candidatos às eleições de outubro.
Tempo de cada um cuidar de seu quintal, de início de traições, pula-pula e troca-troca de apoio a candidato, aliando-se àquele com maior perspectiva de poder.
E no salve-se que puder, três emblemáticos exemplos: Sarney no Amapá, Ricardo Murad em Coroatá e o reitor Natalino Salgado na UFMA.
Começando pelo último, foi estarrecedor à comunidade universitária ver o reitor ceder ao PMDB as instalações da Universidade para a realização da convenção dos partidos em apoio a Lobão Filho.
Logo o reitor que mal acabou de fundar um sindicato estadual de professores e de contribuir para tomar de assalto o DCE/UFMA, sob o argumento de que essas entidades, ao invés de representar os docentes e os estudantes, estariam, vejam bem, sob interesses de partidos!!
Depois de “inaugurar” o Centro de Convenções da UFMA e o Centro Pedagógico Paulo Freire ao lado do Ministro da Educação do Governo Dilma (em 5/5/2014), e o Núcleo de Esportes, ladeado pelo deputado Domingos Dutra (do Partido Solidariedade, que deliberou apoio ao tucano Aécio Neves) e por Flávio Dino - PCdoB (em 3/6/2014), Natalino Salgado iniciou seu “tempo de murici” aproximando-se da oligarquia, cedendo a UFMA (em 27/6/2014) ao grupo que há 50 anos em nada desenvolveu a educação maranhense, o combate ao analfabetismo ou contribuiu para o desenvolvimento científico do estado.
Para cuidar de si, Natalino Salgado fez algo nunca antes visto na história daquela universidade: abriu as portas da UFMA à oligarquia Sarney!
Ricardo Murad é outro que também tratou de cuidar de seus interesses, posto que, qualquer que seja o resultado das eleições de outubro, estará sem poder de fogo no próximo governo.
Via CAEMA, o Governo da família Sarney-Murad liberou nada mais, nada menos, de que R$ 30.000.000,00 (TRINTA MILHÕES DE REAIS) para a esposa de Ricardo Murad – a prefeita de Coroatá, Teresa Murad – “executar melhorias e ampliação do sistema de abastecimento de água da cidade” (Contrato nº 30/2014, de 30/4/2014).
Logo ele que, como bem lembrou Wagner Baldez, em seu artigo “DR. RICARDO MURAD, ASSINE SUA RENÚNCIA!”, prometeu, no dia 29 de dezembro de 2013, que RENUNCIARIA DO CARGO DE SECRETÁRIO DE SAÚDE SE, ATÉ ABRIL DE 2014, NÃO RESOLVESSE O PROBLEMA DE ÁGUA DE SÃO LUÍS (Jornal Pequeno, 29/12/2013 - capa).
Ricardo Murad não só não resolveu o problema de água de São Luís, como não renunciou e ainda mandou para seu feudo político o dinheiro que poderia amenizar a situação da falta d´água na capital maranhense. Pinóquio maior não há!
No seu “tempo de murici”, Murad trata é de eleger a filha deputada estadual. No Maranhão é assim: renova-se sem mudar nada, elegendo-se filhos, filhas, juniores e netos!
Se no “tempo de murici” por aqui é assim, imagina no Amapá. Devolvido pelo povo de lá a seu estado de origem (para tristeza dos maranhenses!), Sarney, mal nas pesquisas, sem apoio no próprio grupo político e abandonado aos leões pelo PT amapaense, anuncia a desistência de uma candidatura ao Senado pelo estado que criou, na Constituinte de 1988, só para isto: manter-se no poder, qualquer que fosse o governo (do PMDB ao PT, passando pelo PSDB).
Sai da política deixando o legado do atraso, do mandonismo, do clientelismo, do patrimonialismo, do nepotismo. Uma herança que viciou tanto a cultura política maranhense que podemos dizer que VAI-SE UM OLIGARCA, FICA A OLIGARQUIA E SEU LAMENTÁVEL JEITO DE FAZER POLÍTICA!
Se no “tempo de murici é cada um cuide de si” - como registrou Euclides da Cunha, em "Os Sertões", a frase com a qual o Coronel Tamarindo justificou o seu abandonou a sua tropa na Guerra de Canudos (1896-1897) -, cuide-se cara (e)leitora, caro (e)leitor, nada de seis por meia dúzia e trate de inaugurar de verdade outro ciclo na política maranhense, pois está aberta a temporada de caça ao seu voto!


(*) Franklin Douglas -  jornalista e professor, doutorando em Políticas Públicas (UFMA), escreve ao Jornal Pequeno aos domingos, quinzenalmente. Publicado na edição de 29/6/2014, opinião - p. 03

Aplausos ao turismo sexual via Pergentino Holanda (PH), no jornal da oligarquia... REPUGNANTE!


Via facebook de Haroldo Saboia


"REPUGNANTE, ASQUEROSO: JORNAL DE SARNEY, PELO COLUNISTA PH (PERGENTINO HOLANDA), APLAUDE O TURISMO SEXUAL .

É ASSIM QUE A OLIGARQUIA, QUE APOIA LOBÃO FILHO E GASTÃO VIEIRA , TRATA OS FILHOS E AS FILHAS DO POVO.

ESTA NOTA DE PERGENTINO HOLANDA É CRIMINOSA.

TODOS EXIGIMOS QUE O MINISTÉRIO PÚBLICO ENTRE COM UMA REPRESENTAÇÃO CONTRA O AUTOR.

Eis o texto integral da nota de PH:

GAROTAS DE PROGRAMA
"Um grupo de mulheres maranhenses, ainda cheirando a leite, encontra-se em Fortaleza desde o começo da Copa do Mundo.

As jovens só voltarão a São Luis após o encerramento dos jogos e o retorno dos turistas aos lugares de origem.

Notícias que chegam de Fortaleza dizem que elas estão super felizes com os dólares e euros amealhados em função da Copa"



domingo, 22 de junho de 2014

ABRAÇO DE NÁUFRAGOS

Capturar

Ao Blog Marrapá,


Informo aos leitores deste blog que não passa de um significativo “abraço de náufragos” a troca de tweets entre o ex-presidente da Embratur, Flávio Dino, e o Senador do PSOL do Amapá, Randolfe Rodrigues.

Na realidade, esse factoide revela:

1 - O péssimo momento que vive o senador Randolfe Rodrigues após a sua mal explicada renúncia à pré-candidatura à Presidência da República, pelo PSOL;

2 - A manifesta preocupação do pré-candidato Flávio Dino com o crescimento da candidatura a governador de Luis Antônio Pedrosa, do PSOL, que exprime cada vez mais o sentimento e as esperanças da oposição de esquerda maranhense;

3 - Quanto à candidatura de Haroldo Saboia ao Senado, isso é assunto do PSOL e dos movimentos sociais. O PCdoB e aliados, dissidentes e satélites da Oligarquia, devem se preocupar é em alavancar a candidatura, atolada em contradições, do empresário do Agronegócio e das Comunicações, Roberto Rocha, vice-prefeito de Edivaldo Holanda Júnior.

A crítica do Marrapá (“com um cansado discurso que não é usado mais nem pelo PSTU de Marcos Silva” - leia aqui) ao candidato a governador do PSOL, advogado Luis Antônio Pedrosa, seguida de elogios ao dirigente do PSTU, demonstra que eu estava correta ao conclamar, respeitosamente, o Marcos Silva, pelo Facebook, a abandonar seu discurso dúbio e genérico, para informar e educar os trabalhadores e a população com a análise concreta da natureza de classe das candidaturas de Lobão Filho, Flávio Dino, Gastão Vieira e Roberto Rocha.

Atenciosamente,

Fernanda Nina Saboia
Jornalista, Secretária de Comunicação do PSOL/MA

Rose Marie Muraro, presente!

Rose Marie Muraro (1930-2014)
Ícone do feminismo, intelectual e escritora:

"Educar um homem é educar um indivíduo,
mas educar uma mulher é educar uma sociedade” 

Rose Marie Muraro: a saga de uma mulher impossível

Por Leonardo Boff* - aqui

No dia 21 de junho concluiu sua peregrinação terrestre no Rio de Janeiro uma das mulheres brasileiras mais significativas do século XX: Rose Marie Muraro (1930-2014).

Nasceu quase cega. Mas fez desta deficiência o grande desafio de sua vida. Cedo intiuíu que só o impossível abre o novo; só o impossível cria. É o que diz no seu livro Memórias de uma mulher impossível (1999,35). Com parquíssima visão formou-se em física e economia. Mas logo descobriu sua vocação intelectual: de ser uma pensadora da condição humana especialmente da condição feminina. Foi ela que no final dos anos 60 do século passado, suscitou a polêmica questão de gênero. Não se limitou à questão das relações desiguais de poder entre homens e mulheres mas denunciou relações de opressão na cultura, nas ciências, nas correntes filosóficas, nas instituições, no Estado e no sistema econômico. Enfim deu-se conta de que no patriarcado de séculos reside a raíz principal deste sistema que desumaniza mulheres e também homens.

Realizou em si mesma um impressionante processo de libertação, narrado no livro Os seis meses em que fui homem (1990,6ª edição). Mas a obra quiçá mais importante de Rose Marie Muraro tenha sido Sexualidade da Mulher Brasileira: corpo e classe social no Brasil (1996). Trata-se de uma pesquisa de campo em vários Estados da federação, analisando como é vivenciada a sexualidade, tomando em conta a situação de classe das mulheres, coisa ausente nos pais fundadores do discurso psicanalítico. Neste campo Rose inovou, criando uma grelha teórica que nos faz entender a vivência da sexualidade e do corpo consoante as classes sociais. Que tipo de processo de individuação pode realizar uma mulher famélica que para não deixar o filhinho morrer, dá o sangue de seu próprio seio? Trabalhei com Rose por 17 anos como editores da Editora Vozes: ela responsável pela parte científica e eu pela parte religiosa. Mesmo sob severo controle dos órgãos de repressão militar, Rose tinha a coragem de publicar os então autores malditos como Darcy Ribeiro, Fernando Henrique Cardoso, Paulo Freire os cadernos do CEBRAP e outros. Depois de anos de longa discussão e estudo em conjunto reunimos nossas convergências num livro que considero seminal Feminino & Masculino: uma nova consciência para o encontro das diferenças (Record 2010). Destaco apenas uma frase dela: "educar um homem é educar um indivíduo, mas educar uma mulher é educar uma sociedade”.

Sem deixar nunca de lado a questão do feminino (no homem e na mulher) voltou-se cedo aos desafios da ciência e da técnica moderna. Já em 1969 lançava Autonomação e o futuro do homem e previa a precarização do mundo do trabalho.

A crise econômico-financeira de 2008 levou-a colocar a questão do capital/dinheiro com o livro Reinventando o capital/dinheiro (Idéias e Letras 2012), onde enfatiza a relevância das moedas sociais e complementares e as redes de trocas solidárias que permitem aos mais pobres garantirem sua subsistência à revelia da economia capitalista dominante.

Outra obra importante, realmente rica em conhecimentos, dados e reflexões culturais se intitula Os avanços tecnológicos e o futuro da humanidade: querendo ser Deus? (Vozes 2009). Neste texto ela se confronta com a ponta da ciência, com a nanotecnologia, a robótica, a engenharia genética e a biologia sintética. Vê vantagens nessas frentes, pois não é obscurantista. Mas pelo fato de vivermos dentro de uma sociedade que de tudo faz mercadoria, inclusive a vida, percebia o grave risco de os cientistas presumirem poderes divinos e usarem os conhecimentos para redesenharem a espécie humana. Daí o sub-título: Querendo ser Deus? Essa é a ingênua ilusão dos cientistas. O que nos salvará não é essa nova Revolução Tecnológica mas, como diz Rose, é a “Revolução da Sustentabilidade, a única que poderá salvar a espécie humana da destruição…pois a continuarmos como está, não estaremos em um jogo ganha-perde e sim no terrrivel jogo perde-perde que significará a destruição de nossa espécie, na qual todos perderemos”(Reinventando o Capital/dinheiro, 238).


Rose possuía um sentimento do mundo agudíssimo: sofria com os dramas globais e celebrava os poucos avanços. Nos últimos tempos Rose via nuvens sombrias sobre todo o planeta, pondo em risco o nosso futuro. Morreu preocupada com as buscas de alternativas salvadoras. Mulher de profunda fé e espiritualidade, sonhava com as capacidades humanas de transformar a tragédia anunciada numa crise purificadora rumo a uma sociedade que se reconcilie com a natureza e a Mãe Terra. Conclui seu livro Os avanços tecnológicos com esta sábia frase:”quando desistirmos de ser deuses poderemos ser plenamente humanos, o que ainda não sabemos o que é, mas que intuímos desde sempre”(p. 354).

Proclamada a 30 de dezembro de 2005 oficialmente pelo Presidente, Patrona do Feminismo Brasileiro e com a criação da Fundação Cultural Rose Marie Muraro em 2009 deixará um legado de fecundo humanismo para as futuras gerações. Rose Marie Muraro mostrou em sua saga pessoal que o impossível não é um limite mas um desafio. Ela se inscreve na linhagem das grandes mulheres arquetípicas que ajudam a humanidade a preservar viva a lamparina sagrada do cuidado por tudo o que existe e vive. Nesse afã ela se tornou imorredoura.


*Leonardo Boff trabalhou na Editora Vozes por 17 anos junto com Rose Marie Muraro

sábado, 21 de junho de 2014

Diga-me a quem censuras e te direi quem és!


Gilberto Lima foi condenado a pagar R$ 7 mil de multa

Gilberto de Flávio é censurado por Edinho...


"Pelo menos seis profissionais de imprensa já foram notificados pela Justiça Eleitoral, somente esta semana, a pedido do peemedebista [Lobão Filho]. São eles: Gilberto Lima, JM Cunha Santos, Raimundo Garrone, John Cutrim, Leandro Miranda e Ivison Lima.

A tentativa de censura contra a imprensa tem sido uma constante no grupo político de Edinho Lobão", denuncia a blogosfera dinista (confira o texto do Maranhão da Gente reproduzido no Blog do Gilberto Lima).

decisão

Gilberto Leda foi condenado a retirar texto do blogue


Gilberto de Edinho é censurado por Flávio...

"O Blog [do Gilberto Leda] foi obrigado pela Justiça Eleitoral a retirar do ar duas postagens com referência ao pré-candidato do PCdoB ao Governo do Estado. [...] Veja aqui e aqui as postagens já censuradas"denuncia a blogosfera "lobista" (o duplo sentido caiu bem!) - (leia no Blog do Gilberto Leda).

Só faltou Leda denunciar ipsis litteris  que a tentativa de censura contra a imprensa tem sido uma constante no grupo político de... Flávio Dino.


E, no meio do caminho, fica o (e)leitor mal informado...

Como oligarquia e oposição dissidente/consentida//conservadora usam as mesmas armas, inclusive na concepção meramente instrumental  do jornalismo e da imprensa, no meio do caminho fica o (e)leitor e a (e)leitora mal informados, a quem só resta ler a blogosfera de sinal trocado!

Na denúncia da censura à imprensa, é a velha política do seis por meia dúzia, onde prevalece o sujo falando do mal lavado!


175 anos do nascimento de Machado de Assis

Machado de Assis (1839-1908)
Maior nome da literatura brasileira

Ele nasceu em 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro. Neto de escravo alforriado, filho de um mulato que pintava paredes e uma portuguesa lavadeira portuguesa dos Açoures, Machado de Assis foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, criada por ele,  Medeiros e AlbuquerqueLúcio de Mendonça e o grupo de intelectuais da Revista Brasileira, em 28 de janeiro de 1897, inspirados na Academia Francesacom o objetivo de cultuar a cultura brasileira e, principalmente, a literatura nacional.

De pé: Rodolfo AmoedoArtur AzevedoInglês de Sousa, Olavo BilacVeríssimoBandeira
Filinto de AlmeidaPassosMagalhães
BernardelliRodrigo Octavio e 
Peixoto;
sentados: João Ribeiro, Machado de Assis ,Lúcio de Mendonça e Silva Ramos.

Sem dúvida, pela obra de Machado de Assis, também conhecemos em profundidade as bases da  formação social brasileira. Indispensável, portanto. 

Saiba mais sobre Machado de Assis aqui.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Pedrosa garante que sua candidatura representará a novidade nas eleições


Foto: Fabrício Cunha
Odívio Neto, vice na chapa encabeçada
por Luís Antônio Pedrosa




Em visita ao jornal O Estado do Maranhão, pré-candidato do PSOL diz que eleitorado quer mudanças reais

Por Karla Lima, com edição
Da Editoria de Política - aqui, só para assinantes.

O pré-candidato do PSOL ao Governo do Estado, Luís Antônio Pedrosa, garante que será uma via alternativa nas eleições deste ano, com uma proposta de mudança. Em visita a O Estado, Pedrosa falou ainda da aplicação da Lei da Ficha Limpa e fez críticas ao que classificou de política tradicional relacionada ao modelo de financiamento privado de campanha.
Advogado e militante na área dos Direitos Humanos, Luís Antônio Pedrosa se classifica como um político diferente dos demais apresentados até o momento por ele não ser um político profissional. Pré-candidato, oficializado pelo seu partido, o PSOL, em convenção do último fim de semana, Pedrosa diz ser uma novidade no cenário político.
Essa novidade, segundo Pedrosa, difere do que foi anunciado em 2012 (exemplo usado pelo pré-candidato) com a candidatura de Edivaldo Júnior, eleito prefeito de São Luís com o discurso da mudança.
Nós vamos apresentar para a população algo novo. Mas não o novo e a mudança como maquiaram o prefeito Edivaldo Holanda  Júnior. A população está sem referencial para esse paradigma, e a candidatura do PSOL poderá mudar isso”, disse Pedrosa.
Entre os posicionamentos para que seja incluído na ideia de uma opção entre os candidatos que signifique mudança, Antônio Pedrosa disse que é contra o financiamento privado de campanha. De acordo com ele, esse modelo de financiamento atrapalha os gestores a trabalhar em prol da sociedade.
O pré-candidato do PSOL falou ainda da aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições deste ano. Sua atuação, segundo ele, será de fazer denúncias durante todo o processo eleitoral dos postulantes a mandatos eletivos que tenham fatos em sua vida pública que não condizem com o que prevê a Ficha Limpa.
Vamos denunciar e expor a trajetória de cada candidato que tenha fato que possa ter prejudicado a sociedade”, afirmou.
Tempo – Uma das marcas das campanhas políticas de partidos como PSOL, PSTU e PCB é o tempo reduzido no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão devido à diminuta ou inexistente bancada na Câmara Federal.
Sobre essa questão, Antônio Pedrosa se diz preparado para contornar a desvantagem, já que, segundo ele, o que o partido tem a apresentar para a sociedade não precisa de tempo extenso de propaganda.
Sou advogado, acostumado ao tempo reduzido para defender teses na tribuna. Vamos usar a criatividade e mostrar que na política do Brasil os grandes tempos de televisão são resultado de uma coalização fisiológica com partidos que existem para negociar o tempo de televisão que tem”, declarou o pré-candidato. E quem tem muito tempo de TV acaba usando para inventar várias promessas falsas, que não serão cumpridas se eleitos, como vimos aqui na capital maranhense, arremata o candidato do PSOL.

Frente de esquerda não sai do papel novamente

Como em todas as eleições, os partidos considerados de extrema esquerda no Maranhão não conseguem se alinhar para formar uma coligação em torno de uma candidatura com maior expressão nas urnas.
O PSOL, PSTU e PCB, este ano, mais uma vez não caminharão juntos. Segundo o pré-candidato Antônio Pedrosa, o motivo é a necessidade de sobrevivência das legendas que conseguem ainda se manter no cenário político quando lançam candidatos próprios nas eleições majoritárias.
Para que a frente de esquerda saísse do papel, seria necessária a figura de uma liderança que unificasse as três siglas, como ocorre em outros estados do Brasil e como já ocorreu nacionalmente para a candidatura a Presidente da República.
Aqui no Maranhão, ainda não temos uma liderança que possa unificar esses partidos e projetar todos conjuntamente em um embate eleitoral. Por isso, nós tivemos a dificuldade de fechar essa coalização de esquerda no Maranhão, até mesmo porque cada um dos partidos quer ter candidatura própria para afirmar suas legendas, para que elas não desapareçam do cenário político. O que é legítimo”, disse Pedrosa.


Conselhos dos profissionais de Serviço Social e de Psicologia repudiam Prefeitura de Araioses


O Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) – 2ª região/MA e o Conselho Regional de Psicologia (CRP) – 22 ª região/MA externam seu repúdio à administração municipal de Araioses  MA por seu completo descaso e desconsideração com o trabalho do Assistente Social e do Psicólogo.
Em concurso público convocado pela Prefeitura de Araioses, pelo edital 01/2014, de 06 de junho de 2014, aquele município disponibiliza vagas para 06 categorias com cursos de nível superior, dentre as quais a de Assistente Social e de Psicólogo. No entanto, em tratamento diferenciado e desvalorizado, os profissionais de Serviço Social e os de Psicologia figuram como aqueles que não merecem o devido reconhecimento salarial frente aos demais profissionais de curso superior. Ao Assistente Social e ao Psicólogo estipula-se um salário mínimo de remuneração, nivelando-os com os de Ensino Médio.
Uma cidade como Araioses, que figura entre as mais pobres do País, a principal política no município tem sido a da Assistência Social, que requer desde o dificílimo trabalho de organização do Cadastro Único para os programas sociais do Governo Federal até as constantes elaborações de projetos e motivação de processos participativos na gestão, afora as políticas específicas de combate ao trabalho infantil e das políticas voltadas à criança e ao adolescente, ao idoso, as pessoas com deficiências, a organização dos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social), dentre outros. Diante de todas essas responsabilidades, o profissional de Serviço Social e de Psicologia mantem-se com apenas UM SALÁRIO MÍNIMO?
REPUDIAMOS ESSA DESVALORIZAÇÃO DO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL E DO PSICÓLOGO POR PARTE DA PREFEITURA DE ARAIOSES!
REPUDIAMOS O CONVITE AO CLIENTELISMO, AO PATRIMONIALISMO, À GESTÃO PRIVADA DA COISA PÚBLICA, pois com um salário tão baixo, o que sobra é buscar compensar com benesses, por fora da legislação trabalhista e de uma remuneração digna, para que o assistente social e o psicólogo se mantenham na Prefeitura.
O Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) – 2ª região/MA e o Conselho Regional de Psicologia (CRP) – 22 ª região/MA tomarão as medidas cabíveis para reverter esse lamentável quadro no concurso de Araioses.
PELA VALORIZAÇÃO DO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL E DO PSICÓLOGO!
 São Luís (MA), 16 de junho de 2014.
 CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL – 2ª REGIÃO/MA
Gestão “Tocando em frente”

CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA – 22ª REGIÃO/MA
Gestão “Diálogo, União e Crescimento”

Fonte: CRESS/MA

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Chico Buarque - 70 anos

Chico Buarque se apresenta no palco do Vivo Rio, no Rio de Janeiro, na noite desta quinta-feira (5) (Foto: Alexandre Durão/G1)


Do G1

"Um dos mais importantes nomes da música popular brasileira, Chico Buarque completa 70 anos nesta quinta (19). Quarto dos sete filhos do historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda e da pianista amadora Maria Amélia Cesário Alvim, ele nasceu no Rio de Janeiro, em 19 de junho de 1944, e desde muito cedo demonstrou interesse pela música.
Aos nove anos, quando morava com a família na Itália, compôs suas primeiras marchinhas de carnaval, e por volta dos 12 já escrevia operetas que eram cantadas pelas irmãs, segundo uma delas, Ana de Hollanda. Na adolescência, descobriu na literatura mais uma paixão, além da música e do futebol. A carreira, porém, só começou para valer nos anos 60, quando abandonou a faculdade de Arquitetura e passou a se dedicar a shows e, pouco depois, festivais. Seu primeiro disco, um compacto com “Pedro pedreiro” e “Sonho de um carnaval”, foi lançado em 1965. No mesmo ano conheceu Gilberto Gil e Caetano Veloso.
Em 1966, foi um dos vencedores do II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record (em empate com “Disparada”, de Théo de Barros e Geraldo Vandré), e, além de ver sua música traduzida para vários idiomas, gravou seu primeiro LP, conheceu a futura mulher, Marieta Severo, e teve seus primeiros atritos com a censura do governo militar, que se agravariam no ano seguinte, quando ele escreveu a peça “Roda Viva”.  Depois de ser preso, em dezembro de 1968, mudou-se para a Itália no que chamou de “autoexílio”. Já de volta ao Brasil, teve mais problemas em 1970, quando “Apesar de você” foi censurada, e em 1973, quando sua própria gravadora o impediu de cantar “Cálice”. Cansado das perseguições, criou um personagem, Julinho da Adelaide, e com esse pseudônimo conseguiu lançar músicas sem problemas.
Seu primeiro livro, “Fazenda Modelo”, foi lançado em 1974. Cinco anos depois ele publicou um livro infantil, “Chapeuzinho amarelo”, e em 1981 finalmente editou “A bordo do Rui Barbosa”, um poema da década de 60. Chico é autor ainda de quatro romances: “Estorvo” (1991), “Benjamim” (1995), “Budapeste” (2003) e “Leite derramado” (2009), e cinco peças de teatro: “Roda viva” (1967), “Calabar” (1973), “Gota D’água” (1975), “Ópera do Malandro” (1978) e “O grande circo místico” (1983).
Nos anos 80, o cantor voltou aos palcos, após nove anos de afastamento, e se tornou um dos rostos da campanha pelas Diretas Já, com a música “Vai passar” sendo uma das mais usadas pelo movimento. Em 1986, retornou também à TV, apresentando durante sete meses o programa “Chico e Caetano”, com Caetano Veloso, na TV Globo.
Já na década de 90, se tornou avô, encerrou um casamento de 33 anos e ajudou a Mangueira a conquistar um título de campeã do carnaval carioca ao se tornar enredo da escola, à qual é ligado há muitos anos e pela qual sempre desfilou. Nos anos seguintes, foi tema de dois documentários, “Chico ou o país da delicadeza perdida”, dirigido por Walter Salles e Nelson Motta e lançado em 2003, e “Dia voa”, de Chico Natal, em 2012."

Das preferidas do editor do Ecos, fica abaixo "Geni e o Zepelin" aos leitores/as.

Pedrosa quer ser terceira via na polarização para o governo, destaca O Imparcial

Pedrosa em visita ao jornal O Imparcial
Pedrosa quer ser a terceira via na polarização para o governo


Por Mariana Salgado

"O candidato a Governo do Maranhão pelo PSOL, Luis Antonio Pedrosa, realizou ontem uma visita de cortesia a O Imparcial. No encontro com dirigentes e repórteres do jornal, Pedrosa defendeu ser a terceira via, contrapondo-se a bipolaridade eleitoral entre o comunista Flávio Dino e o peemedebista Lobão Filho.

Escolhido em convenção realizada no sábado (14), quando também foi indicado Haroldo Saboia para concorrer a vaga de senador pelo partido, Pedrosa critica o modelo político posto e as estratégias de financiamento de campanha. Garantindo que não receberá recurso privado para sua candidatura, ele ainda informa que o PSOL possivelmente não coligará com PSTU e PCB, mas que firmam um acordo de não agressão durante o período eleitoral.

O IMPARCIAL - O grande eleitorado vê uma eleição plebiscitária, de um lado o Lobão Filho (PMDB) e do outro o Flávio Dino (PCdoB). Você acredita que é possível quebrar esse caráter plebiscitário?

Luis Antonio Pedrosa - Esses indicadores de pesquisa que estão disponíveis hoje trabalham com um público que está limitado, porque, quando você vê a totalidade do eleitorado maranhense, constata que a grande maioria não definiu por qualquer uma dessas duas candidaturas que estão postas há muito tempo e sofrem um desgaste. Digo que são antigas e desgastadas porque há primeiro a candidatura do grupo Sarney, que é uma candidatura tradicional, que a população já sabe que o grupo sempre tem um candidato que disputará em condições de muita força política, e há, em segundo, a candidatura do Flávio Dino, que foi posta pela última eleição para prefeito e em inúmeras viagens que tem feito pelo Maranhão, que inclusive antecedem o período eleitoral. São as candidaturas velhas que estão postas para a população e mesmo assim não conseguem empolgar a maioria do eleitorado, são as próprias estatísticas das pesquisas que informam isso. Portanto, acho que é hora de aparecer uma candidatura alternativa a esses dois discursos que estão sendo construídos, que são parecidos do ponto de vista programático.

O IMPARCIAL - Em que esses dois discursos se parecem?
Luis Antonio Pedrosa - O primeiro eixo que une esses discursos é a sustentação política do governo Dilma. Os dois integram essa coalizão que dá sustentação política ao governo Dilma, que une não só o PMDB e o PT, mas o PCdoB e outros satélites. Então, não há como dizer que os candidatos Edinho Lobão e Flávio Dino possam articular um discurso sobre as mazelas do governo do PT. E nós temos muitas críticas a esse Governo construído ao longo de 12 anos de gestão: uma delas é o completo abandono das bandeiras de esquerda como, por exemplo, ter uma gestão voltada prioritariamente para as demandas dos movimentos sociais e populares, em detrimento de uma aliança com a bancada ruralista e fundamentalista. Em segundo, é uma coalizão que prioriza o crescimento a partir do desenvolvimento das grandes obras que impactam severamente a população já excluída das políticas públicas. Eles representam essa política de desenvolvimento que prioriza a grande elite e esquece de políticas básicas como educação, saúde e segurança.

O IMPARCIAL - E o que difere a proposta do PSOL para a proposta dos outros candidatos?
Luis Antonio Pedrosa - Primeiro demarcar essa alternativa, apresentar um discurso programático à esquerda dessa coalizão, que possa unir as demandas de movimentos sociais e populares com as expectativas de bom Governo do cidadão. Hoje, o eleitor comum quer segurança, saúde e educação, mas não sabe a partir de onde pode vir esse tipo de gestão. Nós sabemos que isso só vai acontecer se houver um rompimento estratégico com o financiamento privado de campanha, porque libertará a gestão política dos interesses hegemônicos do mercado para poder atender os anseios da maioria da população. E em segundo é preciso quebrar a relação institucional do governo brasileiro com FMI que sequestra mais de 40% do dinheiro da união para pagar juros e a amortização da dívida externa.

O IMPARCIAL - Você fala sobre o rompimento com o financiamento privado de campanha. E qual a alternativa? Como o PSOL pretende viabilizar essa candidatura sem o financiamento do grande empresário?
Luis Antonio Pedrosa - Em primeiro lugar somando forças. Um conjunto de entidades da sociedade civil, hoje, já prega esse rompimento e acredita que haverá em breve uma reordenação do sistema jurídico brasileiro que vai proibir definitivamente a participação do mercado e dos grandes interesses econômicos no financiamento de campanhas.
E, em segundo lugar, tentando passar a informação para população de que é possível fazer a política fora do modelo tradicional, que está fundamentado nesse modelo de financiamento privado, que consegue financiar até duas candidaturas ao mesmo tempo.

O IMPARCIAL - Você fala de uma união forças, no entanto, não conseguiu coligar com os partidos de ultra esquerda, PSTU e PCB. O que está dificultando a construção dessa aliança?
Luis Antonio Pedrosa - Primeiro, no Maranhão estamos passando por um período em que os partido da esquerda, que estão fora da coalizão PT-PMDB estão formando lideranças. Então, o momento eleitoral é importante para que cada uma dessas siglas possa viabilizar a imagem de lideranças que vão, de alguma forma, dar unidade a essa construção política. É compressível que esses partidos disputem com um candidato próprio a governador, para dar visibilidade ao seu programa específico. Mas há uma unidade política que é incontornável. Então, haverá um consenso de tratamento de aliados entre todos esses partidos que estão fora da coalizão PT-PMDB.

O IMPARCIAL - Um dos líderes do PSTU, Marcos Silva, chegou a dizer que o PSOL é uma das dissidências do PT de Lula e Dilma. Como desconstruir isso?
Luis Antonio Pedrosa - Nós somos uma dissidência do PT, saímos do PT e para constituir um programa de esquerda socialista que hoje se contrapõe ao programa do PT. Nós temos diferenças programáticas com o PSTU que são mínimas com relação às diferenças programáticas que temos com o Governo Dilma. Uma deles é aliança que o Governo Dilma fez com os setores conservadores da sociedade que impedem que esse governo apresente um desempenho que a população necessita.

O IMPARCIAL - Na última eleição, o PSOL reuniu cerca de 1% dos votos. Hoje o partido já tem um discurso mais assimilado pelo eleitor?
Luis Antonio Pedrosa - Nas eleições passadas, nós éramos um bebê, e já estamos atravessando a fase da adolescência. Somos um partido muito novo que era desconhecido pela população. E na eleição passada a população tinha uma avaliação diferente do Governo Federal, um conjunto significativo da população já faz uma crítica contundente aos limites da política e do desempenho do Governo Federal. Então, temos uma conjuntura de insatisfação popular envolvendo as mobilizações de junho, que foi o grande estopim para o povo repensar esse modelo político.
Hoje, se fala muito em horizontalidade, nova política, exatamente porque a população se cansou e quer outro paradigma de modelo político. Acreditamos também a que a eleição plebiscitária tem muita dificuldade de empolgar amplos setores. Então, esse contexto de insatisfação pode projetar em muito o PSOL.

O IMPARCIAL - Você e o candidato que lidera as pesquisa, o Flávio Dino, são da área jurídica. O que difere vocês dois no campo ideológico e político?
Luís Pedrosa - O Flávio tem uma trajetória de movimento estudantil e de advocacia num primeiro momento de sua vida profissional. Eu também tenho. Mas permaneci na advocacia em outro modelo, um pouco diferente do que o Flávio escolheu para si no início da sua trajetória. A minha advocacia é de cunho popular, desenvolvida principalmente com entidades do movimento social, de ONGs, dando assessoria aos movimentos rurais, sem-terras, posseiros, quilombolas, indígenas, e militando nos Direitos Humanos. A advocacia do Flávio era mais voltada para a corporação na justiça do trabalho especialmente, e foi muito restrita a esse tipo de segmento.
Então, há uma diferença de formulação e de discurso entre nós. E também há uma diferença muito grande no que se refere à concepção de Governo, porque de alguma forma ele protege um paradigma de mudança que nós não concordamos, porque acreditamos que ele não rompe com os velhos métodos políticos que são aplicados no Maranhão há muito tempo."

Fonte: O Imparcial, em 18/6/2014, com edição.