Por Haroldo Saboia
A apertada decisão do TSE, 4x3, contra a diplomação do governador eleito legitimamente por maioria absoluta, o Dr. Jackson, revela antes de tudo que o velho coronel Sarney é um animal ferido.
Sim, Sarney é um tigre sem dentes. Restam-lhe as garras carcomidas pelo tempo cuja única serventia é coçar, açular as vaidades de personalidades e promessas de imortalidade.
A história registra o gesto tresloucado de Erostrade que, aos 19 anos, tocou fogo no TEMPLO DE ÁRTEMIS, em Éfeso.
Qual o objetivo da fúria desse jovem? A imortalidade.
Sim, a imortalidade ao preço da destruição de uma das Sete Mais Belas Maravilhas do Mundo Antigo.
Pois saiba ministro Eros Grau que a democracia, valor universal, - maravilhosa construção dos homens - é um bem indisponível.
Indisponível como a liberdade. Como o voto. Como a liberdade do voto. E, sobretudo - saiba ministro - como o resultado do voto.
A vitória dos maranhenses em 29 de outubro de 2006, com a eleição do Dr. Jackson, foi a retomada gloriosa do direito à alternância do poder, usurpado pela ditadura militar e pelo filha do seu sangue, a oligarquia Sarney.
A vitória da Frente de Libertação do Maranhão é como um templo construído, erguido tijolo por tijolo, pela resistência e pelas lutas de nosso povo, por mais de quarenta anos.
Templo que preservamos e que os maranhenses não permitirão que seja destruído. Nem pelo delírio de uma mediocridade literária em busca de um fardão nem tampouco por um secretário que pensa poder governar sem mandato popular.
Falo do Secretário do Planejamento, bacharel Aziz Santos.
Superlativizado secretário pelos seus áulicos, o Sr. Aziz acumulou tal soma de poderes cuja grandeza só pode ser comparada às dimensões ilimitadas dos erros que cometeu.
Não respeitou os funcionários públicos. Provocou a ira sagrada dos professores e o inconformismo dos policiais.
Desdenhou de todas as iniciativas de participação popular, de democratização e descentralização administrativa do governo Jackson Lago.
Transformou a elaboração orçamentária em trabalho de confecção de mera peça de ficção, peça íntima, pois destinada a ser dirigida e encenada entre amigos.
O Secretário do Planejamento foi mais, muito mais além, em seu ímpeto de tudo controlar.
O Sr. Aziz transformou a execução orçamentária que prevê a transferência aos diferentes órgãos e secretarias, mensalmente, das parcelas correspondentes aos duodécimos, em verdadeiras práticas à maneira do Marquês de Sade.
Nesse cenário demoníaco, como se fora um aprendiz de mago, costumava humilhar prazerosamente aqueles que o procuravam através de métodos tão usuais em épocas de ditaduras. Como por, exemplo:
Não retornar as ligações; marcar e desmarcar audiência a seu bel talante; transformar sua residência em extensão de seu gabinete oficial.
E aí fazer esperar, por longo tempo, diante de toda a sorte de serviçais caseiros, empresários, fornecedores, prefeitos, políticos, e - seu maior deleite - alguns de seus próprios colegas secretários. Enfim, todos aqueles que por dever de ofício, por interesse público ou funcional eram como que obrigados a se submeter a esse rito de cores coloniais.
O desdém constitui a marca do Secretário. Todo e qualquer que tenha estado com Aziz, ou visto alguma foto sua publicada, há de ter guardado na memória seu ar de enfado e de nojo. Como a revelar manifesto desprezo com a função, com a coisa e com a opinião públicas.
Hoje temos um grande desafio. Reconquistar a confiança dos maranhenses na sua própria libertação. Mostrar aos maranhenses que somos capazes de reverter o quadro de apatia inegavelmente presente no sentimento de todos.
Temos força para assegurar o mandato do nosso governo legítimo com a vitória dos recursos que serão apresentados aos Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal.
Os maranhenses repudiam a idéia da volta dos tempos de mando e desmandos da oligarquia Sarney.
Não admitem sequer pensar na truculência de Jorge/Roseana Sarney Murad, da operação tigre de João Alberto, tempo de corrupção e violência.
Sim, nós maranhenses não queremos a volta ao passado. MAS QUEREMOSDE VOLTA A ESPERANÇA NO FUTURO.
E o fato é que a presença do Secretário do Planejamento, Sr. Aziz Santos, frustra nossa crença nesse futuro, castra o ânimo de resistência de nossa juventude, de nossos trabalhadores, de nossos intelectuais.
O Presidente Lula teve a ousadia de afastar dois dos mais influentes e próximos de seus ministros, José Dirceu e Antonio Palocci.
Dois ministros que eram ao mesmo tempo deputados federais eleitos com mais de meio milhão de votos.
Dramático do ponto de vista pessoal, esse gesto de Lula foi uma decisão de homem de Estado, de um homem público, face a face à História.
Generoso e magnânimo, o governador Jackson Lago declarou estar disposto a sacrificar sua própria vida nesta luta. Mas não é isto que o povo deseja.
O que o povo do Maranhão exige de sua Excelência, que já foi bastante condescendente em relação a muitos de seus auxiliares, é que siga o exemplo do Presidente Lula. Que faça de imediato as mudanças tão esperadas por todos.
O Secretário de Planejamento tem que reconhecer que seus erros fragilizaram as relações da sociedade com o governo.
Por isso e muito mais, não tem o Sr. Aziz o direito de abusar da confiança, da generosidade e da amizade do governador eleito.
Mudar o secretário já para o governo continuar mudando o Maranhão!
Muito bom, sou de uma corretente politica que alguns de meus companheiros querem o o Jackson seja cassado, absusrdo, mas é verdade, tudo por causa desse Aziz. Além desse, tem o Zeca que só faz o "bem" para os do outro lado. Acorda jackson.
ResponderExcluirParabéns! até que enfim uma pessoa de Coragem para mostrar a nosso governador que o problema não está nele,mas sim em alguns assessores que o cercam.Muito bem colocado a respeito da decisão do Presidente Lula,se não tivesse tomado tal atitude não estaria como está.
ResponderExcluirGovernador Jackson,mostre atitute sem temer.
Parabéns!
ResponderExcluirSempre tive essa impressão, esse senhor se acha próprio rei.Senhor da CIPP, todo planejamento,das finançasa e também da discordia. Aquele que detem a última palavra sempre. FORA AZIZ!Jackson afasta esse azarão JÁ. SARNEY NUNCA MAIS!
A parte do artigo referente ao Sr. Aziz está perfeita, mas não posso concordar com o parágrafos iniciais. O fato é que a "vitória" do Sr. Jackson nada mais foi/é do que o resultado do abuso descarado do poder político pelo Sr. José Reinaldo. A Vítima de sempre, o povo. Terceira via já!!!
ResponderExcluirFranklin,
ResponderExcluirPena que o Haroldo só divulgou esse artigo agora. Tarde, né? Não sou a favor da Roseana. Nem do Sarney. Votei em Jackson no 2ºturno pois isso significava votar contra a Roseana. Pra muitos de nós, maranhenses, a última eleição foi plebiscitária. Significar escorraçar os Sarney.
E o que aconteceu? Nada. Trocamos seis por meia dúzia. Se há corrupção (há?) e o governador aceitou que os assessores dele pintassem, bordassem, pisassem e debochassem de todos é porque ELE É CONIVENTE. É muito cômodo, agora, colocar o Jackson como o marido traído. O último a saber. Isso não cola. Considero outro deboche com a percepção alheia.
E os deboches do "governo da libertação" com o povo maranhense foram muitos... Jackson perdeu a oportunidade de fazer um excelente governo. Marcar o nome dele na história do Maranhão com alguém que realmente se preocupa com o povo. Isso está acontecendo? Onde? Em caso positivo, me avisa, quero mudar pra esse Maranhão "libertado".
Talvez o mais correto seria conceder ao atual governo um selo "Transparente, pero no mucho". Sei que os tempos futuros também serão difíceis. Mas o momento atual também não trouxe nenhum avanço, isso em minha humilde avaliação.
Ai de nós, povo maranhense. A corrupção reina de um lado e de outro...
Johelton Gomes
O Governo de Jackson foi tão esperado para que o Maranhão pudesse renascer, porém, todo maranhense que apostou nessa "grande mudança" ficou arrasado com a postura do governo em relação aos professores, a polícia e aos demais funcionários. Nos sentimos traídos, mas eu tinha certeza que o grande responsável por tudo isso era esse Aziz Santos, cruel e debochado. Eu quero que ele seja exonerado e que amargue, assim como nós amargamos pela falta de respeito com todos os maranhenses que votaram em Jackson. Se nada disso tivesse acontecido, com certeza todos nós unidos iríamos lutar para que fizesse prevalecer a soberania do nosso voto. Acho que será uma luta muito grande em tentar converter esse sentimento de traição que carregamos na alma.
ResponderExcluirAna Lúcia, Johelton, Francisco, demais: obrigado pelo comentários. Alguns tem me reclamado que não conseguem postar os seus. Oriento que cliquem na opção "anônimo" que fica abaixo de "comentar como" e, no corpo do texto se identifiquem, já que as outras opções tem dado errado.
ResponderExcluirJohelton, é isso: a questão não é mais Jackson versus Sarney, agora Maranhão versus Sarney. O que etá em jogo é: o seu voto (certo ou errado) vale ou não? É você que tem ou não o direito de reparar seu voto errado na próxima eleição ou um conjunto de juízes numa única instância e num único julgamento? a questão agora é do princípio democrática da soberania popular do voto.
É lamentável que essa divisão esteja acontecendo, porém, de certo, o Jackson sabe quem está do seu lado, alguns usurpadores são temporários, veja bem se exite muitos erros do Aziz, me aponte um à altura dele para substitui-lo? Haroldo? comandará lá da Bélgica é? Isso é o resultado frustrante da derrota de 2008?as querer aparecer nesse momento, criticando aliados? Vejo que o maior problema é a fraqueza de caráter das pessoas. Antes do dia 3 ninguém reclamava. O doce amargo gosto do poder... Não percebem que com o outro grupo as coisas são piores, o que ainda me choca são os interesses pessoas sobressairem os coletivos, não era pela libertação que todos estavam juntos? Conformem-se Aziz é braço direito de Jackson pela sua sapiência e fidelidade, de nada adianta as críticas, ora destrutivas. Ambos continuaram na mesma luta, porque companheiros são companheiros. o momento é de degladiarmos contra o inimigo. Ah, faltam forças pra suposta esquerda? É porque desgastam-se brigando uns contra os outros. Que pena, esse Maranhão não tem jeito.
ResponderExcluirBom, muito bom!
ResponderExcluirO artigo do ex-deputado Haroldo Saboia é lúcido e verdadeiro. Quem é professor e funcionário da prefeitura sabe como ele sempre jogou contra. Não queria concurso público para professor e tratou como todo mundo viu a rede Estadual de Ensino.
ResponderExcluirFátima Silva, funcionária do Município.