Poesia de Quinta - número 27
Por Deila Maia
Meu presente de hoje para vocês é uma poesia linda de Fernando Pessoa, sem dúvida, o meu poeta predileto.
Eu me identifico demais com as poesias dele, talvez pela personalidade multifacetada que eu, ele, quiçá todos nós (?) temos. E acho linda a coragem que ele tinha de expor suas fragilidades (como nesta, em "Poema em linha reta" e tantas outras), que são iguais às minhas e às de tantas outras pessoas.
Ver isto refletido em um belo poema é algo que me encanta e emociona.
Espero que gostem.
O amor, quando se revela...
Fernando Pessoa
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
Não conhecia você, a luta, os ecos da luta revelaram ao mundo muitos talentos escondidos, hoje estou confiante na justiça e emocionada com Fernando Pessoa , mais uma vez. TUDO VALE A PENA SE A ALMA NÃO É PEQUENA.
ResponderExcluirum braço
Márcia Matos
Ahê!!! Franklin Douglas!!!!
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