Poesia de Quinta - número 29
Por Deíla Maia
Um dia desses recebi uma sugestão para colocar em pauta uma poesia sobre a frugalidade. Assunto tão simples e, ao mesmo tempo, complexo...
Vários poetas refletem sobre o tema. Manuel de Barros foi o primeiro que me veio à mente, mas resolvi colocar um outro, mais instigante, o qual inclusive já citei anteriomente na Poesia de Quinta: Lao-Tsé, em seu livro "TAO TE CHING: o livro que revela Deus". A poesia anterior dele foi bastante elogiada por vários integrantes deste nosso seleto grupo.
Relembrando, esta obra foi escrita na China no século VI a.C, quando o Autor (Lao-Tsé), que já estava com mais de 80 anos, estava prestes a deixar o seu país, por divergências políticas, e escreveu várias pérolas poéticas (81 ao todo), como forma de condensar sua vasta sabedoria e, assim, presentear o guarda da fronteira, o qual teve a bondade de compartilhar tão preciosa obra com o restante da humanidade.
Espero que reflitam profundamente sobre o tema, que realmente dá muito o que pensar... Em um mundo em que estamos cercados por tantos apelos consumistas, do TER, TER, TER, há uma corrente importante justamente no sentido contrário pregando a valorização da simplicidade, da frugalidade. Enfim...
Adoro as sugestões e comentários que recebo de vocês!!! São muito enriquecedores.
Ronney, espero ter atendido a contento sua sugestão. A Poesia de Quinta de hoje é dedicada especialmente a você!!!
Beijos frugais,
SABEDORIA PELO DESAPEGO
Lao-Tsé
Palavras verdadeiras não são lisonjeiras.
Palavras lisonjeiras não são verdadeiras.
O homem de bem não fala muito.
Quem fala muito não é homem de bem.
Homens sábios não são eruditos,
Homens eruditos não são sábios.
Quem trilha o caminho da perfeição
Não acumula tesouros.
Riqueza é para o sábio
O que ele faz pelos outros.
Tanto mais rico se torna.
Assim como de Tao brota a vida,
Assim age o sábio
Sem ferir ninguém.
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