Por Deíla Maia
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer imensamente os elogios e os incentivos à minha nova vida de "atleta" da Poesia de Quinta anterior, sobre a corrida. Obrigada mesmo!!!!!
E aí hoje escolhi esta poesia de Fernando Pessoa, que como já disse várias vezes, é o meu poeta predileto, que reflete um pouco esta multiplicidade que eu, vocês, todos nós temos. Espero que gostem.
E já adiantando, na próxima 5ª feira, dia 21/05/2009, fui convidada a participar de um projeto muito legal, que se chama "Advogar é uma arte". Lá vai ter um pouco de tudo: música, fotografias, bom papo e... poesias!!!!! E eu fui escolhida para expor 20 poemas. Estou super feliz!!!! Coincidentemete, vai ser justamente em uma quinta-feira. Convido a todos os que gostarem, em especial os advogados que moram aqui em São Luís (o grupo tem muita gente de fora, que vão estar aqui de coração!!!) a prestigiar o evento, que ocorrerá no restaurante Porto Maracangalha, às 19 horas, no próximo dia 21/05/2009.
E a Poesia de Quinta de hoje vai em homenagem a uma querida amiga de infância, que também é múltipla, e agora está descobrindo o seu lado poeta. Ritinha, esta é para você!!!!
NÃO SEI QUANTAS ALMAS TENHO
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei.
Continuamente me estranho. Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê, quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo, torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo é do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem; Assisto à minha passagem, diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li o que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?" Deus sabe, porque o escreveu
Nenhum comentário:
Postar um comentário