terça-feira, 16 de junho de 2009

Colunista de O Estado do Maranhão também critica Sarney...



Calma, gente. Não se trata de nenhum colunista maranhense d´O Estado do Maranhão (EMA)!

Ecos refere-se a Mírian Leitão, mais conhecida na esquerda por Mirian "Porcão", por seus comentários sempre neoliberais e conservadores. Não é por outras que ela é uma das principais colunistas do EMA. Ou era... depois desta deve tomar o mesmo rumo que o Elio Gaspari. Domingo passado o colunista foi expurgado das páginas do EMA, que o censurou por conta do texto "Fernando Sarney desafia Charles Darwin".



Já para Mirian, comentarista da Rede Globo e do jornal O Globo, Sarney é um homem rico; ele tem uma casa em Brasília; é dono de uma ilha, a de Curupu; é dono de um sítio valiosíssimo em Brasília, Pericumã, que é tão grande que ele quer vender para explorar imobiliariamente; tem mansão de frente para o mar em São Luís, dentre outras coisas... aí ele recebe auxílio-moradia! Pra que isso? pergunta-se Mirian Leitão.


Ela mesma responde: isso é patrimonialismo! E arremata que, com Sarney, só acontece de corrigir erros quando a imprensa descobre.


Depois desse comentário, Mirian Leitão deve ser a próxima colunista a ser retirada do EMA. Daqui a pouco o jornal do esquema Sarney não terá mais colunas nacionais!


Assista ao vídeo aqui.



Abaixo, artigo de Hélio Fernandes, do Tribuna da Imprensa (Rio).






Helio Fernandes - Tribuna da Imprensa
Sarney é inocente há 44 anos

Sarney é inocente há 44 anos: como governador, senador e presidente sem voto. Jamais pensou (?) em ser presidente da República. Começou na Frente Parlamentar Nacionalista, foi diplomado na ditadura (também concorda que foi “ditabranda”), reapareceu como grande líder enriquecido, perdão, encanecido, está no limiar dos 80 anos.


Não respondeu às denúncias documentadas de compra de propriedades pagas com dinheiro desviado de paraísos fiscais, por que contestaria a nomeação do neto?

Em Sarney, nada é secreto, nem a paixão como avô.


Condenam o Senado por este fato: “Fizeram 300 atos administrativos secretos, com decisões estapafúrdias e iconoclastas”, que palavras. Se eram secretas, como podiam ser publicadas no Diário Oficial?


Outro absurdo é a exigência de devolverem o dinheiro. Ora, se recebiam secretamente, como devolver publicamente? “Parece” perseguição?


Sarney foi sempre desprendido, destemido, jamais deprimido. Desinteressado de bens materiais, chegou a ser obrigado a manter 4 (quatro, isso mesmo) residências.


No Rio, onde morava desde 1952. Em Brasília, a capital mudou, era lá que exercia o mandato de deputado (Inicialmente). Tinha também uma bela casa em São Paulo, era sócio de Abreu Sodré, depois “governador” entre aspas e paetês. Bom amigo, logo que foi presidente (que surpresa) fez de Abreu Sodré chanceler. E casa no Maranhão, a residência modesta teve que se transformar num palacete, com direito a “ilha paradisíaca”, que expressão, como fugir a ela?


Ia esquecendo: a exigência constitucional de ter que se candidatar a senador por outro domicílio que não no Maranhão (a filha era governadora) fê-lo (ah, Jânio Quadros, muito amigo enquanto estava no Poder) ter uma outra residência. Pois a prova do domicílio “é o fato de morar”. Escolhido o Amapá, cumpriu integralmente “a obrigação a que estava obrigado”.Redundância? Tudo na vida de Sarney “redunda” em benefício.


PS - A existência de Sarney é uma permanente demonstração de heroísmo, lançou-se na vida pública para acabar a “dinastia” Vitorino, que durava 40 anos.


PS2 - Acreditando que o povo não pode viver com “dinastia” (naturalmente opressora) fundou a sua. Em nome do povo, pelo povo, para o povo. Mesmo que a morte os separe.

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