Poesia de Quinta - Número 37
Por Deíla Maia
Este processo de escolha das poesias tem um quê de inconsciente... Do momento em que estou vivendo também, enfim...
Escolhi hoje esta poesia de Mário Quintana. Ela é linda e profunda... Como o mar.
É uma poesia que pode provocar profundas e diletantes reflexões... Esperem que gostem.
A poesia de hoje vai especialmente dedicada a minha amiga Babi, que não gosta de ser chamada de Bárbara!!!
Beijos
DEIXA-ME SEGUIR PARA O MAR
Mário Quintana
Tenta esquecer-me... Ser lembrado é como
evocar-se um fantasma... Deixa-me ser
o que sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo...
Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
me recamarei de estrelas como um manto real,
me bordarei de nuvens e de asas,
às vezes virão em mim as crianças banhar-se...
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar.
as imagens perdendo ao caminho...
Deixa-me fluir, passar, cantar...
toda a tristeza dos rios
é não poderem parar!
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