Por Deíla Maia
Pessoal,
A Poesia de Quinta de hoje, de número 100 (parece que foi ontem que este projeto teve início!!!), é de um poeta recém-chegado ao grupo, indicado pelo dr. Roberto Lana, do Rio e que já é muito bem vindo.
Adorei esta poesia!!! Fala lembranças de amores passados, já bem resolvidos, sem angústias ou tristezas, sem saudade nem pranto... Só lembranças. Lindo poema. Maduro e lúcido.
Espero que gostem também.
Beijos
Deíla
A chave
Igor Abrantes Júnior
De repente deixou de haver saudade;
Fugiu do peito em brasa a dor cativa
E o som de tua voz tão incisiva,
Nesse instante varou a eternidade!
Hoje não há saudades, mas lembranças,
Angústia, desespero, cicatrizes,
Fugaz felicidade sem matizes,
Dos sonhos coloridos das crianças;
Angústia, desespero, cicatrizes,
Fugaz felicidade sem matizes,
Dos sonhos coloridos das crianças;
Hoje não há saudade e esta poesia
Não é louvor de fé, é desencanto,
É gota de tristeza, é nada, é pranto!
Não é louvor de fé, é desencanto,
É gota de tristeza, é nada, é pranto!
É tudo que restou de antigas fantasias,
Que deixamos largadas, esquecidas,
Um espasmo de morte além da vida!
Que deixamos largadas, esquecidas,
Um espasmo de morte além da vida!
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