Por Deíla Maia
Com toda esta triste polêmica acerca do preconceito contra os nordestinos (e algumas respostas também preconceituosas contra paulistas/sulistas), escolhi uma poetisa cearense, nascida no mesmo dia do meu irmão Clé, 17 de novembro, só que de 1910, e, infelizmente, já falecida (em 2003), a nossa querida e forte Rachel de Queiroz.
Ela foi a primeira mulher a fazer parte da Academia Brasileira de Letras, que teve de modificar seu estatuto para permitir o ingresso de alguém do sexo feminino. Isto nos idos de 1977. E já foi tarde...
A Poesia de Quinta de hoje vai especialmente dedicada a dois queridos primos meus, que moram no Ceará (Fortaleza) e são excelente exemplo de um povo forte e bravo, como os nordestinos, os nortistas, os sulistas, enfim, os brasileiros!!!!!
Natan e Dênis, a Poesia de Quinta de hoje é especialmente dedicada a vocês. Parabéns, Natan, por mais esta grande vitória sua. Como o Dênis disse, este foi só o primeiro de muitos!!!! Estou muito feliz e orgulhosa de você. Aliás, como sempre!!!!
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Deíla
Geometria dos ventos
Rachel de Queiroz
Eis que temos aqui a Poesia,
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica, não respeita
sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio.
como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação.
Onde se conta uma história,
onde se vive um delírio; onde a condição humana exacerba,
até à fronteira da loucura,
junto com Vincent e os seus girassóis de fogo,
à sombra de Eva Braun, envolta no mistério ao
mesmo tempo.
Rachel de Queiroz
Eis que temos aqui a Poesia,
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica, não respeita
sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio.
como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação.
Onde se conta uma história,
onde se vive um delírio; onde a condição humana exacerba,
até à fronteira da loucura,
junto com Vincent e os seus girassóis de fogo,
à sombra de Eva Braun, envolta no mistério ao
mesmo tempo.
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica, não respeita
sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio.
como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação.
Onde se conta uma história,
onde se vive um delírio; onde a condição humana exacerba,
até à fronteira da loucura,
junto com Vincent e os seus girassóis de fogo,
à sombra de Eva Braun, envolta no mistério ao
mesmo tempo.
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