Pessoal,
Esta poesia de Mário Quintana é bem conhecida e traz reflexões interessantes sobre a amizade, o amor, os relacionamentos humanos, enfim.
Assisti a uma palestra, recentemente, que falava também sobre isso, que o amor é libertador, não aprisiona, não arde em ciúmes (trecho bíblico, da carta de São Paulo aos Coríntios, capítulos 12 e 13 - para quem quiser conferir).
E aí vem o Quintana, com sua graciosidade e leveza, presenteando-nos com esta bela poesia. Realmente muito bela e profunda, mesmo sendo aparentemente simples.
Ofereço esta poesia a todos meus amigos, próximos e distantes, em especial para a minha amiga-abraço, minha querida e doce Ivone Sampaio Soares.
Por último, fica a dica de filmes, pois estamos com ótimos filmes brasileiros em cartaz. Tropa de elite 2 é excelente, reflexivo, uma obra-prima para quem quer discutir sobre a violência urbana não apenas no Rio, mas no Brasil. Só que tem cenas muito fortes, de violência brutal. Confesso que tive até vontade de sair do cinema, de tão chocantes que eram. E também tenho meus traumas com 11 assaltos nas costas, logo ver aqueles bandidos (traficantes, policiais, políticos), as cenas no presídio e as "desovas" humanas, não me fizeram muito bem. Mas gostei muito do filme, apesar de tudo...
Agora, quem quer lavar a alma, deixar a vida mais leve e bucólica, não deve perder o novo filme do Arnaldo Jabor: A SUPREMA FELICIDADE. Este aí não tem contra-indicação. É lindo, poético, leve, maravilhoso!!!! Não deixem de conferir.
Um grande abraço a todos,
.Deíla
O LAÇO E O ABRAÇO
Mário Quintana
Meu Deus! Como é engraçado!
Eu nunca tinha reparado como é curioso
um laço... uma fita dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola, vira,
revira, circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com
coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no
presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?
Vai escorregando... devagarzinho,
desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto
no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou
nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode
se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo,
laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz:
romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual meus
pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não
apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de
ser um laço!
Mário Quintana
Eu nunca tinha reparado como é curioso
um laço... uma fita dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola, vira,
revira, circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com
coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no
presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?
Vai escorregando... devagarzinho,
desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto
no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou
nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode
se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo,
laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz:
romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual meus
pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não
apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de
ser um laço!
Ei caboclo publica minha poesia não sou Mário Quintana, mas as vezes faço algumas belas.
ResponderExcluirNo cheiro de mato que exala do teu Corpo
e das profundezas das tuas axilas
No aroma forte que flutua das tuas entranhas íntimas
Em períodos de lua cheia
No abraço consolador
Na noite em que a dor foi mais forte pela saudade de uma cabocla
No orgasmo que busca em mim
De noite e de dia
Tudo isto me leva a certeza
Que já conquistei definitivamente, a minha alforria
Noleto