sábado, 26 de fevereiro de 2011

(menos dois): Wagner Baldez desfilia-se do PT

Wagner Baldez: 82 anos na luta!
Wagner Baldez: eis um militante social de História, com "H" maiúsculo. Ele é a memória viva das lutas sociais maranhense.

Acompanhou a Greve de 1951. Opinou nas Oposições Coligadas, antecipando em 50 anos o que aconteceria ao se retirar a candidatura de Neiva Moreira para apoiar a candidatura de José Sarney a governador: "Estávamos criando um novo coronel!", lembra dos debates na oposição a Vitorino Freire, nas eleições de 1965.

Resistiu aos tempos da Ditadura Militar (1964-1985), apoiou a Greve de 1979 pela meia-passagem.

 Aluno de Maria Aragão, como costuma se gabar, acompanhou a médica comunista em sua militância pela anistia, pela redemocratização, na Campanha das Diretas Já. Participou do comitê de Defesa da Ilha contrário à implantação da Alcooa em São Luís. Foi militante de primeira hora do movimento Oposição pra Valer (com Haroldo Saboia, Ananias Neto e Aldionor Salgado), que resistia à entrega do MDB a oligarquia Sarney no Maranhão.

Baldez foi às ruas também por Lula em 89 e pelo Fora Collor em 1992. Defendeu a unidade das oposições em torno de Jackson Lago, em 2006, e foi aliado fiel do movimento de resistência da "Balaiada" contra o golpe de judiciário que retirou Jackson Lago do Palácio dos Leões. 

Participou na linha de frente das passeatas da juventude pelo Fora Sarney, quando dos escândalos do Senado Federal.

Nunca engoliu a aliança Lula-Sarney. Por isso, afastou-se de Helena Barros Heluy e Washington Luis - Baldez militava no setor dos aposentados do Sindicato dos Servidores Federais (Sindsep), presidido por Washington - quando eles aderiram à oligarquia. Uma pena ver Helena aliada ao Sarney, lamentava nas plenárias petistas.

Nas últimas eleições internas votou com o campo antissarney no PT. Torceu por Flávio Dino no Encontro Estadual (não era delegado) e participou de sua campanha. Revolta-se com o veto imposto a Dino na composição do governo federal de Dilma, a quem já não votou no segundo turno - anulou o voto.

Também deixa o Partido dos Trabalhadores, saindo junto com  o editor deste blogue. 

Para Wagner Baldez, a luta antioligarquia continua, agora fora do PT maranhense!

Um comentário:

  1. Fico triste em ver pessoas como vcs, tem que sair, digo terem por que sei que não sairiam se não fosse o golpe que o PT do Maranhão sofreu e sofre.
    a luta em prol dos trabalhadores continua meu amado.

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