quarta-feira, 11 de maio de 2011

A manchete direto ao assunto: MARANHÃO DOS SARNEY CONCENTRA MAIS MISERÁVEIS


O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) tinha uma obsessão: elevar o IDH maranhense. Colocou todo o planejamento de seu governo em torno dessa meta mobilizadora. Números posteriores a sua administração, evidenciados pelos estudos do Prof José Lemos (UFC), mostraram a correção política, administrativa e social da meta traçada por Tavares: mesmo timidamente, o Maranhão deixara o primeiro lugar no ranking da miséria, melhorara o Índice de Desenvolvimento Humano e, através da agricultura familiar, elevara minimamente a renda de seus habitantes.

E não foram consequências das ações do governo Lula. À época, ministros e recursos federais sequer podiam aportar no Maranhão.

O governo Jackson Lago (PDT) abandonou essa meta em seu planejamento, mas manteve a preocupação, criando o FUMACOP (Fundo de Maranhense de Combate à Pobreza). Não deixou a peteca cair...

Eis que, de "volta ao trabalho", o governo Roseana já traz suas consequências: retornamos ao topo do ranking da miserabilidade (em todos os sentidos).

Por isso o título do Ricardo Noblat à notícia do UOL está perfeitamente correto: é o Maranhão dos Sarney concentrando mais miseráveis... Leia mais abaixo.



Maranhão dos Sarney concentra mais miseráveis

Brasil tem 16,2 milhões de pessoas em extrema pobreza
O Maranhão é o Estado que tem proporcionalmente a maior concentração de pessoas em condições extremas de pobreza. Da população de 6,5 milhões de habitantes, 1,7 milhão está abaixo da linha de miséria (ganham até R$ 70 por mês). Isso representa 25,7% dos habitantes -mais que o triplo da média do país, que é de 8,5%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo IBGE.
O conceito de miséria foi estabelecido oficialmente na semana passada pelo governo federal, que resolveu considerar em estado de pobreza extrema quem ganha até R$ 70 por mês
LOCALGANHAM ATÉ R$ 70/MÊS% DA POPULAÇÃO TOTAL
Maranhão1.691.18325,7
Piauí665.73221,3
Alagoas633.65020,3
Pará1.432.18818,9
Amazonas648.69418,6
Acre133.41018,2
Ceará1.502.92417,8
Bahia2.407.99017,2
Roraima76.35817,0
Paraíba613.78116,3
Pernambuco1.377.56915,7
Sergipe311.16215,0
Rio Grande do Norte405.81212,8
Amapá82.92412,4
Tocantins163.58811,8
Rondônia121.2907,8
Mato Grosso174.7835,8
Mato Grosso do Sul120.1034,9
Minas Gerais909.6604,6
Espírito Santo144.8854,1
Rio de Janeiro586.5853,7
Goiás215.9753,6
Paraná306.6382,9
Rio Grande do Sul306.6512,9
São Paulo1.084.4022,6
Distrito Federal46.5881,8
Santa Catarina102.6721,6
Brasil16.267.1978,5


O segundo pior Estado é o Piauí, com 21,3% dos moradores ganhando até R$ 70 mensais. Em terceiro, vem Alagoas, com 20,3%.


Na outra ponta, o Estado com menor nível de miseráveis é Santa Catarina. De seus 6,2 milhões de habitantes, 103 mil estão na linha da pobreza extrema, o que representa 1,6% da população.

Em segundo lugar, vem o Distrito Federal, com 1,8% de miseráveis. São Paulo está em terceiro, com 2,6%. O Rio de Janeiro tem um índice de 3,7% de pessoas vivendo com até R$ 70 por mês.

País tem 16,2 milhões vivendo com menos de R$ 70

Brasil tem 16,2 milhões de pessoas vivendo em condições extremas de pobreza. Isso representa 8,5% dos 191 milhões de habitantes do país. Na terça-feira da semana passada, o Ministério do Desenvolvimento Social estabeleceu o valor de R$ 70 per capita ao mês como referência para definir quem são os brasileiros mais carentes.


Por essa medida, a região Nordeste é a que conta com mais pessoas em extrema pobreza. São 18,1% da população, em comparação com os 8,5% nacionais. Em seguida aparecem o Norte (16,8), Centro-Oeste (4), Sudeste (3,4) e Sul (2,6).



Os números, baseados em dados do Censo 2010, ajudarão a formular o plano Brasil Sem Miséria, uma das principais bandeiras eleitorais da presidente Dilma Rousseff.

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