O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) tinha uma obsessão: elevar o IDH maranhense. Colocou todo o planejamento de seu governo em torno dessa meta mobilizadora. Números posteriores a sua administração, evidenciados pelos estudos do Prof José Lemos (UFC), mostraram a correção política, administrativa e social da meta traçada por Tavares: mesmo timidamente, o Maranhão deixara o primeiro lugar no ranking da miséria, melhorara o Índice de Desenvolvimento Humano e, através da agricultura familiar, elevara minimamente a renda de seus habitantes.
E não foram consequências das ações do governo Lula. À época, ministros e recursos federais sequer podiam aportar no Maranhão.
O governo Jackson Lago (PDT) abandonou essa meta em seu planejamento, mas manteve a preocupação, criando o FUMACOP (Fundo de Maranhense de Combate à Pobreza). Não deixou a peteca cair...
Eis que, de "volta ao trabalho", o governo Roseana já traz suas consequências: retornamos ao topo do ranking da miserabilidade (em todos os sentidos).
Por isso o título do Ricardo Noblat à notícia do UOL está perfeitamente correto: é o Maranhão dos Sarney concentrando mais miseráveis... Leia mais abaixo.
Maranhão dos Sarney concentra mais miseráveis
Brasil tem 16,2 milhões de pessoas em extrema pobreza
O Maranhão é o Estado que tem proporcionalmente a maior concentração de pessoas em condições extremas de pobreza. Da população de 6,5 milhões de habitantes, 1,7 milhão está abaixo da linha de miséria (ganham até R$ 70 por mês). Isso representa 25,7% dos habitantes -mais que o triplo da média do país, que é de 8,5%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo IBGE.
O conceito de miséria foi estabelecido oficialmente na semana passada pelo governo federal, que resolveu considerar em estado de pobreza extrema quem ganha até R$ 70 por mês.
O segundo pior Estado é o Piauí, com 21,3% dos moradores ganhando até R$ 70 mensais. Em terceiro, vem Alagoas, com 20,3%.
Na outra ponta, o Estado com menor nível de miseráveis é Santa Catarina. De seus 6,2 milhões de habitantes, 103 mil estão na linha da pobreza extrema, o que representa 1,6% da população.
Em segundo lugar, vem o Distrito Federal, com 1,8% de miseráveis. São Paulo está em terceiro, com 2,6%. O Rio de Janeiro tem um índice de 3,7% de pessoas vivendo com até R$ 70 por mês.
País tem 16,2 milhões vivendo com menos de R$ 70
O Brasil tem 16,2 milhões de pessoas vivendo em condições extremas de pobreza. Isso representa 8,5% dos 191 milhões de habitantes do país. Na terça-feira da semana passada, o Ministério do Desenvolvimento Social estabeleceu o valor de R$ 70 per capita ao mês como referência para definir quem são os brasileiros mais carentes.
Por essa medida, a região Nordeste é a que conta com mais pessoas em extrema pobreza. São 18,1% da população, em comparação com os 8,5% nacionais. Em seguida aparecem o Norte (16,8), Centro-Oeste (4), Sudeste (3,4) e Sul (2,6).
Os números, baseados em dados do Censo 2010, ajudarão a formular o plano Brasil Sem Miséria, uma das principais bandeiras eleitorais da presidente Dilma Rousseff.
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