Deíla Maia
Pessoal,
Não sei se sou eu que estou ficando meio "doidinha", mas, recentemente, ganhei um outro livro da minha poetisa predileta, Florbela Espanca (obrigada, dr. Pedro Leonel!!!!), e passei a noite toda lendo-o... Parecia criança em loja de doce. Enquanto isso, tocava um CD da Amy Winehouse na minha sala... Fiquei comparando essas duas artistas, tão talentosas e tristes... Tão deslocadas do seu tempo, tão incompreendidas até. Achei-as bem parecidas... Tão corajosas em expor suas dores, seus desacertos e desatinos em seus versos tristes...
Há uma certa beleza fúlgida na tristeza, vcs não acham?
Não sou uma pessoa deprimida, muito pelo contrário, mas confesso que tenho certa atração por estes artistas estilo "Mal do Século". Acho que elas duas são boas representantes desta categoria, apesar dos séculos que separam uma da outra.
Domingo passado eu vi o filme "Biautiful" (escreve-se errado propositadamente), com Xavier Bardem, no cine Praia Grande. Bem triste também. E corajoso, ao mostrar coisas "feias e tristes" da tão rica Europa (imigrantes ilegais, pirataria, corrupção policial, exploração financeira da mediunidade). Ainda está passando até esta sexta-feira, eu acho. Vale a pena conferir!!! Mas preparem os lenços... kkkk
Beijos
Deíla
A Vida
Florbela Espanca
É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!
Todos somos no mundo" Pedro Sem",
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!
A mais nobre ilusão morre... desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...
Amar-te a vida inteira eu não podia.
A gente esquece sempre o bem de um dia.
Que queres, meu Amor, se é isto a vida!
AMY WINEHOUSE
Nenhum comentário:
Postar um comentário