sábado, 9 de julho de 2011

Abaporu: estreia nova coluna no Ecos das Lutas


Coluna Abaporu
  Criação coletiva
  


ENFIM, SARNEY FALOU UMA VERDADE
Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, amplamente repercutida na blogosfera maranhense, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB/AP), 81 anos, entoou sua versão para a História recente do Brasil.
Como que inspirado no ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que desfraldou uma campanha de marketing em torno da comemoração de seus 80 anos para repaginar sua imagem pública, Sarney tenta se reapresentar à História sob versões que, seguramente, a análise científica apurada não demorará em apontar a inconsistência de suas afirmações. Bastará ler os jornais da época, verificar os anais do Poder Legislativo.
Mas, dentre tantas mentiras, surge uma verdade: “(...) este será meu último mandato. Não concorrerei a uma eleição”.
Sim, enfim, nessa entrevista cheia de patranhas, Sarney não fez gabolice sobre seu futuro eleitoral. Sarney não concorrerá a nova eleição.
Não porque não queira, mas porque as condições políticas o impedem. Tanto no Amapá quanto no Maranhão.
Aqui, não se elege a nada desde 1978 e, em 2014, só haverá uma vaga ao Senado, certamente reservada para sua filha disputar. No Amapá, o povo cansou de Sarney. Lá, a família Capiberibe (Camilo, o filho, governador; João, o pai, senador; e Janete, a mãe, deputada federal – todos no PSB) e a liderança ascendente Randolfo Rodrigues (PSOL) estrangulam qualquer pretensão do velho morubixaba. As sete vidas de gato (ou seria de camaleão, mesmo?) vão chegando ao fim; seja pela idade, seja pela impossibilidade de se reinventar através dessas lorotas que conta sobre si.
Já vai tarde!

INÁCIO QUARESMA...
O barrica José Inácio redescobriu as letras.
Com a mão à pena, escrevinhou (de escrever mal mesmo, escrever futilidades, produzir obra sem valor ou mérito, como registra o dicionário) um texto que parece mais o pagamento de um pedágio à oligarquia para poder alçar à Superintendência Regional do INCRA no Maranhão.
Roseana Sarney trava a nomeação. Avisou ao governo federal que Zé Inácio é o nome do PT, não é o dela para o órgão.
O sarnopetista tenta se viabilizar da mesma forma que o ex-balaio Nonato Chocolate tentou ao buscar a nomeação para secretário de Estado da Igualdade Racial (SEIR): lambendo as botas da oligarquia. Caiu no ridículo.
Ao cobrar suposta coerência de comunistas e petistas antissarney, Inácio tentar igualar “apocalípticos” e “integrados” da política maranhense no jogo do poder federal, após a nomeação de Flávio Dino para a presidência da Embratur. Triste fim de José “Policarpo” Inácio “Quaresma”...


PARECE MAS NÃO É O SUJO FALANDO DO MAL LAVADO
Ao texto de José Inácio, “Uns podem, outros não”, o presidente municipal do PCdoB em São Luís, Márcio Jerry, rebateu com o artigo “Uns são coerentes, outros não”.
O fato é que no plano federal são todos iguais: barricas, alguns balaios, sarnopetistas e comunistas: o condomínio é o mesmo. Embora no plano estadual demarquem a diferença de uns serem situação, outros oposição – ainda que sua principal liderança não lidere a oposição de fato. Muito menos agora na condição institucional que optou ocupar.
Tal como a mulher de César que não basta ser, tem que parecer ser a mulher de César, ao se aprumar em Brasília, da maneira “meio turva” destacada pelo deputado Domingos Dutra (PT/MA), Flávio Dino deu margem para esses petardos barricas. Afinal, não basta se dizer de oposição, tem que fazer oposição!
Mas, definitivamente, não é o sujo falando do mal lavado, ainda que pareça ser.


NATALINO HOMOLOGADO, MESMO DESLEGITIMADO
Não existia a mínima hipótese do contrário.
O “Colégio Eleitoral Especial” da UFMA ratificou o resultado da consulta à comunidade universitária. Elaborou a lista tríplice de nomes para reitor a ser enviada ao Ministério da Educação (MEC). E de vice-reitor a ser levada ao próximo reitor a ser nomeado pelo MEC.
O “Colégio Eleitoral Especial” homologou o professor Natalino Salgado figurando no topo da lista. Reafirmou a professora Sirleane Paiva em segundo lugar e inventou a professora Flávia Raquel no terceiro lugar da lista tríplice. Contrária a esse mecanismo, a professora Cláudia Durans renunciou à consideração de seu nome pelo tal colégio.
Para vice, o “Colégio Eleitoral Especial” homologou José Oliveira (o primeiro e único candidato na consulta à comunidade), e preencheu as demais vagas com os professores Antonio Jefferson (diretor do campus de Imperatriz) e Lyndon Santos (diretor do Centro de Ciências Humanas).
A regra, resquício da ditadura militar, permite essas artifícios esdrúxulos.
Faz-se uma “eleição” que, depois, o “Colégio Eleitoral Especial” pode mudar por completo. E olha que no voto ponderado, um voto de professor equipara-se a de 70 alunos. Não há chance alguma de mudança nesse sistema que é pior do que o sistema eleitoral dos Estados Unidos para a eleição de presidente.
Natalino não tinha como perder. Mas acabou por “ganhar perdendo”.
O reitor virtualmente reeleito (pela regra o ministro da Educação pode nomear o último da lista, embora desde que é ministro Fernando Hadad nunca tenha feito isso) recebeu um silencioso mas ensurdecedor grito de não da comunidade universitária.
Salgado se proclama legitimado por 76,9% dos votos. Só não divulga que sob qual total de eleitores ele possui esse percentual.
Entre os estudantes, por exemplo, houve abstenção de 75%. Isso mesmo. De cada dez, mais de sete não votaram para reitor. E olha que Natalino tinha o apoio do DCE e de 40 DA´s dirigidos pelo braço do PCdoB no movimento estudantil, a UJS.
Natalino Salgado sai menor do que entrou na “eleição”.


OTHON PARA TODOS
No lugar de Suely Tonial na Secretaria Municipal de Educação, o professor Othon Bastos conseguiu ser:
(1) o nome dos Tavares para retomar o controle do PSB;
(2) uma ponte com o deputado federal Ribamar Alves, ao qual se ligou para obter sustentação para sua gestão à frente da Secretaria de Ciência e Tecnologia (SECTEC) nos governos de José Reinaldo e Jackson Lago com os convênios do Ministério da Ciência e Tecnologia, quando sob controle do PSB;
(3) o ponto de apoio do prefeito João Castelo para manter o PSB em sua coligação rumo a 2012.
Com essa tríplice funcionalidade do professor Othon, Castelo inicia o controle das duas pontas do PSB.


O PROBLEMA É A QUALIDADE DE ENSINO, IDIOTA!
Resultado do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
As três melhores faculdades de Direito no Maranhão:
- primeiro lugar: UFMA, com 39,73% de aprovados;
- segundo lugar: Unibalsas - 26,67%;
- terceiro lugar: UNDB -16% dos aprovados.
As três piores:
- última posição: Faculdade São José com zero de aprovação;
- penúltima: Faculdade do Vale do Itapecuru, com 4,35%;
- antepenúltima – Faculdade Santa Terezinha (CEST), 5,22%.
O Departamento de Direito da UFMA com processo seletivo para vagas ociosas na contramão dos princípios básicos do direito e questionado pelo Ministério Público Federal, parte de seus docentes de “dedicação exclusiva” se “dedicando” ao ensino nas privadas. As faculdades pagas apenas se preocupando em vender diploma, nada de pesquisa ou extensão.
Eis a explicação para a péssima formação de nossos advogados maranhenses: é qualidade de ensino, idiota!


DUTRA CONTRA O TRABALHO ESCRAVO
De Saco das Almas para a presidência da Frente Parlamentar contra o Trabalho Escravo. O deputado Domingos Dutra foi eleito entre senadores e deputados da Frente para presidir a luta parlamentar contra o trabalho escravo.
O Maranhão se destaca como fornecedor de trabalho escravo e de impunidade. Com o deputado quilombola maranhense na presidência da Frente, o governo Roseana tem mais um calo a administrar.
A Secretaria de Direitos Humanos é uma incompetência só. Além de não comparecer às reuniões da COETRAE, a Comissão Estadual pela Erradicação do Trabalho Escravo, sequer consegue publicar o decreto de nomeação de novos integrantes da comissão.

AMANDA GURGEL: DURA, MAS SEM PERDER A TERNURA
No primeiro seminário de Educação da CSP-Conlutas, esteve em São Luís, para palestra de abertura, a professora Amanda Gurgel, elevada pelas redes sociais a ícone da luta à favor da educação.
Dura, mas sem perder a ternura, Amanda metralhou o Plano Nacional de Educação (PNE) a partir dos exemplos cotidianos que o professor enfrenta na sala de aula. Foi aplaudida com entusiasmo pelos educadores presentes. Defendeu 10% do PIB para financiar a educação brasileira. E contextualizou:
“Estou aqui pela novidade que é esse fenômeno moderno da internet. Mas sou de carne e osso, real, e estou nessa luta desde estudante, há mais de 10 anos. Não apareci agora!”
E alertou:
“Por conta da internet, fui até para o Programa do Faustão. Mas como não quero promover a minha imagem pessoal, mas a luta pela educação, acho que não serei chamada mais não!”. Para risos dos presentes.
Coerente, Amanda Gurgel acaba de renunciar a um prêmio oferecido pelo Pensamento das Bases Empresariais (PNBE), como referência na educação. “Não me cabe receber um prêmio que a Fundação Bradesco já recebeu, o McDonald´s, Casas Bahia, Fernando Henrique, Chalita, Editora Abril...”
Embora exista desde 1994, esta é a primeira vez que o prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria.

ATÉ CHIQUINHO ESCÓRCIO QUER DAVIZINHO INVESTIGADO
Depois que o PSOL de Imperatriz enviou solicitação para que a bancada federal do Partido entrasse com pedido de investigação no Conselho de Ética contra o deputado Davi Alves Júnior (PR), até o deputado Chiquinho Escórcio (PMDB) resolver pedir investigação contra Davizinho.
Como diria Martin Luther King, o que preocupa não é o grito dos maus, especialmente do faz-tudo dos Sarneys, é o silêncio dos bons.
Sobre o pedido do PSOL tocantino nada se ouve do PDT do vice-prefeito Jean Carlos, do PCdoB do ex-candidato a senador de 60 mil votos na cidade Professor Adonilson, do PT do ex-prefeito Jomar e da ex-deputada Terezinha Fernandes, do PSB, do PCB tocantinos. Um silêncio nada inocente.


POUCAS E BOAS...
n Do balaio Domingos Dutra: “O Maranhão não tem governo”... pelo pouco, nem oposição!
n Do ex-presidente Lula sobre a queda do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento: “Sempre disse, a única forma de não ser investigado é não errar”. Leia bem, não é a única forma de não ser investigado é NÃO ROUBAR... é não errar! Tem que fazer a coisa direitinho...
n Da professora Cláudia Durans: “Defender o professor Wagner Cabral é defender os pesquisadores do Maranhão”. Contra o Sarneyquistão, uma tropa de “terroristas” se organiza para defender o “professor radical desequilibrado da oposição raivosa”, segundo Sarney na Veja.
n Após a repercussão da denúncia de racismo na UFMA contra o estudante Nahu Ayuba, os sete estudantes nigerianos que estão no Brasil cursando o ensino superior foram chamados pelo Governo da Nigéria para uma conversa reservada. Vai acabar sobrando para o mais fraco. Não será surpresa se os colegas de Nahu tiverem que organizar a campanha Volta Ayuba!


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