Ecos publica a nota do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado sobre o momento político que passa o Maranhão. O PSTU faz juz ao seu primeiro slogan de campanha - tome partido - e, ao seu modo, não fecha os olhos para o que está acontecendo no Maranhão.
Se erra na conferência dos votos do julgamento no TSE (5 a 2, quando foi 4 a 3), acerta na avaliação sobre a decisão judicial: "não podemos aceitar que a justiça burguesa entregue novamente o controle do Estado nas mãos corruptas do grupo Sarney". Abaixo, a nota na íntegra:
PSTU CHAMA: NEM JACKSON, NEM SARNEY! POR UM GOVERNO DA CLASSE TRABALHADORA DO CAMPO E DA CIDADE!
Na última semana o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por cinco votos a dois cassar o mandato do governador Jackson Lago (PDT) e seu vice por abuso de poder político durante a campanha de 2006. O TSE definiu também, que a segunda colocada nas eleições, a senadora Roseana Sarney (PMDB), deve assumir o governo do Estado.
Achamos que o TSE agiu corretamente ao cassar o mandato do governador, que usou de forma explícita a máquina administrativa do Estado governado na época por José Reinaldo (PSB), para compra de votos e distribuição de convênios fraudulentos a várias prefeituras do interior do Estado.
Entretanto, não podemos aceitar que a Justiça burguesa entregue novamente o controle do Estado nas mãos corruptas do Grupo Sarney, que assim como em outras eleições também se utilizou das mesmas práticas de corrupção. As provas da corrupção cometida durante a campanha não deixam dúvidas que o processo eleitoral não pode ser considerado válido, tendo vencido quem roubou mais.
A briga entre o Grupo Sarney e o bloco liderado por Lago deve ser comparado a disputa de duas quadrilhas mafiosas para saber quem vai roubar mais o Estado. Os fatos só agora confirmados pelo TSE e os dois anos de Governo Jackson demonstram que todos são corruptos e defendem a mesma política de miséria, arrocho salarial e exploração no campo.
Nós do PSTU, fazemos um chamado às organizações da classe trabalhadora (CUT, CONLUTAS, CTB, MST, CPT e FETAEMA), à juventude e à população em geral para construir grandes mobilizações pela convocação de novas eleições e na defesa de um programa anti-capitalista para o Estado.
Frente à crise econômica e a barbárie social em que já vivemos, chamamos todas estas organizações a defender um programa que reivindique reestatização das empresas privatizadas e liquidadas no Governo Roseana, reforma agrária sob controle dos trabalhadores e a realização de um plano emergencial de obras públicas para combater o desemprego.
É necessário também elaborar um plano de desenvolvimento econômico para o Estado - do ponto de vista do interesse dos trabalhadores e não dos exploradores – para garantir que as riquezas não sejam repartidas apenas entre uma pequena minoria que hoje lucra com o agronegócio e os grandes empreendimentos multinacionais poluidores.
Somente a partir da mobilização independente dos trabalhadores em torno da construção de uma greve geral será possível apontar uma saída para os problemas enfrentados pela população trabalhadora do nosso Estado. Só a luta muda a vida!
São Luís, 12 de março de 2009.
Direção Estadual do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
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