Por Deíla Maia
O Poesia de Quinta traz, hoje, uma poesia de Arthur Rimbaud, um dos mais famosos poetas franceses de todos os tempos.
Esta poesia, "Sensação", foi escrita em 1870. Notem a leveza, a singeleza e a harmonia dos versos... Tão leves quanto uma brisa do mar. E o curioso é que ele escreveu tais poemas quando era bastante jovem (menos de 20 anos). Pena que só se consagrou enquanto poeta depois de morto. Coloquei em negrito os versos deste poema que me tocam mais fundo. Espero que gostem também.
O Poesia de Quinta de hoje é especialmente dedicado à minha inesquecível professora de francês, Eva, a melhor de todas!!!! Além de ser uma professora inteligente, dedicada e que gosta muito do que faz, ainda é poetisa também, já tendo sido inclusive premiada por isso. Eva, pour toi, avec affection!!!
Beijos
Deíla
SENSATION
Arthur Rimbaud
Pas les beaux soirs d’été, j’irai dans les sentiers
Picoté par les blés, fouler l’herbe menue:
Rêveur, j’en sentirai la fraîcheur à mes pieds:
Je laisserai le vent baigner ma tête nue.
Je ne parlerai pas, je ne penserai rien…
Mais un amour immense entrera dans mon âme,
Et, j’irai loin, bien loin; comme un bohémien
Par la Nature, — heureux comme avec une femme.
SENSAÇÃO
Arthur Rimbaud
Nas belas tardes de verão, pelas estradas irei,
Roçando os trigais, pisando a relva miúda:
Sonhador, a meus pés seu frescor sentirei:
E o vento banhando-me a cabeça desnuda.
Nada falarei, não pensarei em nada:
Mas um amor imenso invadirá minha alma,
E irei longe, bem longe, a alma despreocupada,
Pela Natureza — feliz como com uma mulher.
Arthur Rimbaud
Pas les beaux soirs d’été, j’irai dans les sentiers
Picoté par les blés, fouler l’herbe menue:
Rêveur, j’en sentirai la fraîcheur à mes pieds:
Je laisserai le vent baigner ma tête nue.
Je ne parlerai pas, je ne penserai rien…
Mais un amour immense entrera dans mon âme,
Et, j’irai loin, bien loin; comme un bohémien
Par la Nature, — heureux comme avec une femme.
SENSAÇÃO
Arthur Rimbaud
Nas belas tardes de verão, pelas estradas irei,
Roçando os trigais, pisando a relva miúda:
Sonhador, a meus pés seu frescor sentirei:
E o vento banhando-me a cabeça desnuda.
Nada falarei, não pensarei em nada:
Mas um amor imenso invadirá minha alma,
E irei longe, bem longe, a alma despreocupada,
Pela Natureza — feliz como com uma mulher.
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