quarta-feira, 1 de julho de 2009

Presidência do Senado coloca Sarney no olho do furacão (XIII)




Sarney a um passo da renúncia. Infelizmente, só Lula o tem salvado. PSol, PDT, DEM, PSDB, metade da bancada do PT (Eduardo Suplicy enviou email sugerindo que Sarney licencie-se) e senadores do próprio PMDB (Pedro Simon, Garibaldi Alves) o querem fora da presidência do Senado.

Manter a pressão popular é fundamental para não deixar que Lula reflua o sentimento nacional de acabar com este último coronel da política brasileira. Não há projeto nacional ou governabilidade que sustente o conjunto de escândalos em que se transformou o Senado. Isso não é Res-pública!

Erra Lula nessa avaliação.

Erra José Dirceu ao querer encontrar contradições entre os denunciantes de Sarney. Erra o PT que se coloca ao lado dessa posição (felizmente não é o caso de metada da bancada de senadores, não é caso do PT do Maranhão).

Erram os deputados Flavio Dino (PCdoB), Washington Luiz (PT) e Helena Heluy (PT) ao silenciarem. Se de Washington e Helena não se podia esperar posição divergente, afinal um ganhou um mandato por defender o "Lula + Sarney" e o filho da outra ganhou uma secretraria no governo Roseana - e ela nada disse, como nada tem dito sobre o nepotismo, improbilidade administrativa e atos secretos de Sarney -, o que espanta é o cala-boca em Flávio Dino.

Flavio escreve toda semana no Jornal Pequeno, produz jornal do mandato, tem programa de rádio na São Luís AM, mas parece que vive em outro mundo, em outra "República". Não vê, não ouve, não fala!

Como quer ser alternativa/terceira via sem combater politicamente a primeiríssima via, que é o sarneismo? Como se credenciar a liderar uma terceira via de esquerda se o único sentimento anti-oligarquia lhe vem de quem lhe possibilitou o mandato, o ex-governador José Reinaldo?

O silêncio dos três lhes custarão caro, senão em votos em 2010, mas desde já em biografia para a História.

Ao contrário dos que silenciam por aqui, Brasil afora cada vez mais se pronunciam os cidadãos e cidadãs, a exemplo de artistas, no twitter. Na mídia nacional, o cerco continua.

Sarney está a um passo da renúncia. Como diz o (não tão) mais camuflado dos blogueiros do esquema oligárquico, "Se Sarney renuncia, acaba".

É, é isso mesmo o que todos brasileiros e brasileiras que lutam por uma política e um país mais decentes, queremos!


O Globo: Celebridades transformam 'Fora Sarney' em febre no Twitter

A indignação contra os constantes escândalos do Senado, que envolveram até mesmo o presidente da Casa, José Sarney , chegou ao Twitter. Na noite desta segunda-feira, depois de alguns dias de tentativas, a expressão " #forasarney " se tornou uma das mais comentadas no site, graças à intervenção de um grupo de celebridades auto-denominado " Piratas do Twitter ". Muitos 'twiteiros' mais antigos criticaram o grupo por tentar ganhar espaço na mídia com o uso da ferramenta. Além disso, eles também foram questionados por assumirem a iniciativa do "#forasarney" como se fosse sua.
Formado pelo ator
Bruno Gagliasso , o músico Júnior Lima , os humoristas Rodrigo Scarpa e Marco Luque e o VJ da MTV Felipe Solari , o grupo se apropriou da iniciativa criada no final da semana passada e, com muita irreverência e alguma ingenuidade política, conseguiu movimentar a rede social. (leia mais aqui)

Bom Dia Brasil: Aumenta pressão para renúncia de Sarney

Três partidos pediram formalmente afastamento de Sarney da presidência do Senado. Isolado, ele conta agora apenas com apoio do PT. O presidente Lula pede calma.

É enorme a pressão pelo afastamento de José Sarney da presidência do Senado. O partido Democratas, o PSDB, o PDT e o PSOL querem. O presidente Lula pede calma. Apoio, agora, só do PT. O clima é de muita tensão nos corredores e no plenário do Senado.

É enorme a pressão pelo afastamento de José Sarney da presidência do Senado. O partido Democratas, o PSDB, o PDT e o PSOL querem. O presidente Lula pede calma. Apoio, agora, só do PT. O clima é de muita tensão nos corredores e no plenário do Senado. (assista aqui)
Um neto escolado
Suspeito de usar a influência do avô para operar créditos consignados no Senado, José Adriano Cordeiro Sarney (ex-José Sarney Neto), diz que tem qualificação suficiente para não precisar de costas quentes. Ele afirma ter se formado em administração na Sorbonne e feito pós-graduação em Harvard. Não é bem assim. A página dos ex-alunos de Harvard na internet, de acesso restrito, informa que José Adriano fez um curso de extensão, que é equivalente a um curso de graduação, e não uma pós, como disse o neto de Sarney. É um dos poucos cursos de Harvard em que não há processo seletivo. (leia mais aqui)

CBN: Não tinha outro lugar para o neto de Sarney trabalhar?

(ouça aqui)


O Estado de São Paulo: DEM retira apoio e Sarney fica mais isolado no Senado. Nem em seu partido, o PMDB, senador conta com solidariedade integral

Foi uma terça-feira infernal para o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). No final da manhã, o PSOL protocolou na Mesa Diretora uma representação contra ele e o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL). Logo depois, os 14 senadores do DEM fecharam posição em favor do afastamento de Sarney até que todas as denúncias contra ele sejam apuradas. Ao final da tarde, com as manifestações do PDT, do PSDB e de três peemedebistas, Sarney contabilizou 36 senadores (44% do total) contra a sua permanência no comando do Senado. (leia mais aqui)


DEM pede afastamento de Sarney e PT busca solução intermediária
PSOL formaliza pedido de investigação
Sugestão do PSDB para Mesa vira saia-justa
Sarney e neto vão depor à PF sobre crédito consignado

Blogue do Noblat: Mais da metade do Senado quer que Sarney se licencie

Com que cara José Sarney (PMDB-AP) presidirá o Senado de hoje por diante depois que o PSDB (13 senadores), o DEM (14), o PDT (5) e o PSOL (1) lhe pediram publicamente para se afastar do cargo?

Dos 19 senadores do PMDB, três pediram a mesma coisa (Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos e Garibaldi Alves, ex-presidente do Senado).

Dos 12 senadores do PT, um (Eduardo Suplicy) foi à casa de Sarney aconselhá-lo a deixar o cargo. Tião Viana só não foi porque perdeu a eleição para Sarney em fevereiro último. Pegaria mal para ele.

E mais cinco senadores do PT são favoráveis a que Sarney peça para sair, segundo eles mesmos disseram em reunião de bancada realizada ontem à noite.

Aos números: excluído Sarney, são 43 senadores de um total de 80 que querem ver o atual presidente do Senado pelas costas - temporariamente ou em definitivo. É mais da metade do Senado.

O dilema de Sarney é o seguinte: sabe que serão remotas as chances de cumprir o mandato de dois anos como presidente do Senado se concordar em se afastar do cargo. É o que a História ensina.

Foi assim no passado recente com os presidentes do Senado que pediram licença em meio a fortes turbulências - Jader Barbalho, Antonio Carlos Magalhães e Renan Calheiros.
Jader e Antonio Carlos foram depois obrigados a renunciar ao mandato de senador para escapar de serem cassados.

De resto, a essa altura da vida (quase 80 anos de idade e 50 de política), tendo sido presidente da República, largar o cargo sob pressão e nas atuais circunstâncias seria um vexame para Sarney.

Por outro lado, insistir em ficar grudado na cadeira de presidente poderá representar para Sarney vexame de igual tamanho ou até maior.

E se surgirem novos e embaraçosos fatos que possam enfraquecê-lo ainda mais?
Sarney prefere se arriscar a só desocupar a cadeira sob severo e insuportável constrangimento? Quem pode garantir que isso não ocorrerá?
(leia mais aqui)


UOL: PT não define posição sobre permanência de Sarney no Senado; três partidos pedem afastamento

O PT foi o último partido a reunir sua bancada nesta terça-feira (30) para discutir a crise do Senado e definir sua posição em relação à permanência ou não de José Sarney (PMDB-AP) na presidência da Casa. Mas o partido não chegou a uma decisão sobre este último ponto e limitou-se a antecipar que pedirá a criação de uma comissão para promover uma reforma "profunda" no Senado.
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse apenas que haverá uma reunião com Sarney, provavelmente na manhã desta quarta. Apenas depois da conversa com o presidente do Senado a bancada volta a se reunir para decidir sobre a manutenção do apoio ao peemedebista. "Iremos procura-lo amanhã para termos um diálogo sobre a crise, expressarmos todas as nossas preocupações e recomendações e a partir desse diálogo voltaremos a nos reunir e expressaremos nossa posição", disse Mercadante. (leia mais aqui)

PSDB também decide apoiar afastamento de Sarney
Em reunião, DEM decide pedir afastamento
PSOL representa contra Sarney e Renan

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