A política é engenho e arte. Engenho e arte que se misturam em estranha alquimia determinada pelos caprichos da história, pelo acaso e pelas circunstâncias; jamais por fórmulas matemáticas. Tem suas regras e seus mistérios. E seu calendário, evidentemente.
Este ano o Carnaval não esperou as águas de março. Já no dia 20 de fevereiro tivemos o lava pratos de fim de festas. E outros fatos de importância.
O PT, partido do presidente Lula, por exemplo, realizou, no período de 18 a 20, em Brasília, o seu Congresso Nacional, o quarto em 30 anos de existência. Definiu sua política de alianças - que na prática prioriza as relações com o PMDB de Temer, Sarney, Jader Barbalho e outros - além de lançar oficialmente a pré-candidatura presidencial da ministra Dilma Roussef.
O Congresso petista centralizou em torno de sua direção nacional as políticas de aliança nos Estados:
"Compete ao Diretório Nacional conduzir a política de alianças nacional e atuar em conjunto com as Direções Estaduais na definição das alianças estaduais. AO DIRETÓRIO NACIONAL COMPETE DECIDIR, EM ÚLTIMA INSTÂNCIA, AS QUESTÕES DE TÁTICA E ALIANÇAS NECESSÁRIAS À CONDUÇÃO VITORIOSA DA CAMPANHA NACIONAL" (grifos da coluna).
Assim, as direções estaduais poderão: optar entre adotar, festivamente, as determinações da Direção Nacional no final de março, em seus congressos estaduais; ou esperar, cabisbaixos, que dias depois seja pronta e duramente desautorizada qualquer divergência.
Que os petistas maranhenses contrários à oligarquia Sarney, continuem, com coragem, engenho e arte, a travar a luta política pela libertação do Maranhão.
O presidente Luis Inácio Lula da Silva não tem o direito de abusar da grande popularidade que desfruta em todo o país.
Os maranhenses não esquecem que o Presidente da República esperou sete anos para visitar São Luis, nossa Capital. E, quando veio, teve a audácia de declarar cruamente - sob sorrisos e aplausos de Roseana Sarney - que grande parte de nossa população vive na merda.
Esquece Sua Excelência que o orgulho, a dignidade humana subsistem às condições as mais abjetas, as mais desumanas.
As masmorras, os campos de concentração nazistas e as galeras abomináveis do tráfico de escravos ceifaram milhões e milhões de vidas humanas.
Mataram é verdade. Mas não conseguiram jamais arrancar de cada um, enquanto sobrevivente, o sentido da vida, a dignidade humana.
Mesmos nas piores situações em que o gênero humano esteve condenado nunca ele deixou de criar, de fazer arte, desenhando ou cantando gemidos ou lamentos que fossem.
O presidente Lula e a direção de seu Partido poderão apoiar e apoiarão os sarneys.
Lula e os seus fortalecerão ainda mais Sarney e sua filha, Roseana e seu pai, déspotas oligarcas, investigados e indiciados, mas sempre impunes. Impunidade que lhes asseguraram a censura da ditadura, a censura dos monopólios de comunicação e, agora, a censura judicial.
Lula deve saber que cada vez que vai a televisão, às rádios e aos jornais em defesa de Sarney está agredindo com desmedida violência o Maranhão e os maranhenses.
Só nos resta um caminho contra a violência, o caminho da resistência!
Sarney e o medo das vaias
O presidente do Senado Federal, o cada vez mais "honorável" José Sarney não compareceu ao IV Congresso Nacional do PT que lançou oficialmente, na noite de sábado, a ministra Dilma Roussef pré-candidata à presidência da República.
Sarney corre das vaias como o diabo da cruz.
Sagacidade
Ao declarar que sua candidata Dilma, se vitoriosa, disputará a reeleição em busca de um segundo mandato, o presidente Luis Inácio Lula da Silva demonstrou sua enorme sagacidade.
Vencedor na quarta tentativa, Lula conhece, como poucos, a força imperial do presidencialismo brasileiro.
Balcão de negócio
Palavras do dirigente nacional, Marcus Sokol, pronunciadas da tribuna do IV Congresso Nacional do PT:
"Aliança para quê? Para continuar o balcão de negócios no Congresso Nacional ? Aquilo que nos levou ao mensalão?
Alta tecnologia I
"Alta tecnologia, e não agricultura ou recursos naturais. Essa é a sugestão para o desenvolvimento econômico no Brasil apresentada em uma nova iniciativa do prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, e alguns dos maiores economistas do mundo" é o alerta que faz pesquisa realizada por importantes universidades do mundo que será lançado hoje, em Genebra.
Segundo Jamil Chade, o correspondente de O Estado de S. Paulo na Suíça, o estudo cita a Embraer, industria aeronáutica brasileira como exemplo de uma política correta de promoção de setores de alta tecnologia.
Alta tecnologia II
Joseph Stiglitz foi presidente do Banco Mundial. Renunciou ao cargo e transformou-se em um dos maiores críticos do Consenso de Washington e demais políticas dos organismos financeiros internacionais em relação aos países periféricos.
"O que queremos mostrar é que o Consenso de Washington é um cavalo morto, embora alguns governos ainda insistam em montá-lo" - afirma Stiglitz.
Alta tecnologia III
Segundo ainda o estudo coordenado por Stiglitz "o Brasil precisará contar com uma estratégia de Estado nos próximos anos para permitir que setores possam ganhar competitividade internacional" (que o setor agrícola é incapaz de assegurar).
Sobre o post acima - O maranhense tem senso crítico e ninguém tem arma apontada na cabeça pra votar em Roseana. Passamos por um período que, sinceramente, sucateou a classe de professores, as nossas ruas, as nossas manifestações culturais (que amamos tanto) e também a nossa dignidade. Quem não se sentiu um tremendo tolo ao ter votado em Jackson? Escutei e ainda escuto arrependimento de amigos meus que trabalham em setores públicos. Roseana, contudo, é a melhor opção. Não confio em comunistas.
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