Por Deíla Maia
Pessoal,
Apesar de todos os seres humanos (ou a imensa maioria) saber que a morte é algo certo e inevitável, grande parte de nós dificilmente não reflete muito sobre ela, não se prepara... E quando ela chega para nós, ou para alguém muito querido, a dor é imensurável...
Ontem assisti ao último filme do Clint Eastwood, "Além da vida", que faz uma discussão acerca das experiências de quase morte e também das comunicações com os espíritos de pessoas que já partiram desta vida. Muito bem feito o filme. Delicado e arrebatador, em vários momentos.
Aí acordei com este tema na cabeça e me lembrei do meu poeta predileto, Fernando Pessoa, que tem um breve poema sobre este tema, o qual resolvi compartilhar com vcs.
Beijos
Deíla
Nota do editor do Ecos das Lutas:
Com a publicação destas três Poesias de Quinta (113, 114 e 115), corrigimos nossa falha de não ter postado nas duas últimas quintas-feiras este espaço apreciado por nossos leitores e leitoras. Obrigado à Deíla pela continuidade na colaboração.
A morte chega cedo
Fernando Pessoa
A morte chega cedo,
Pois breve é toda vida
O instante é o arremedo
De uma coisa perdida.
O amor foi começado,
O ideal não acabou,
E quem tenha alcançado
Não sabe o que alcançou.
E tudo isto a morte
Risca por não estar certo
No caderno da sorte
Que Deus deixou aberto.
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