sábado, 28 de março de 2009

FETAEMA pela Democracia

Após mais de quatro décadas sob o domínio político de uma oligarquia, em 2006, nós, homens e mulheres do campo e da cidade nos unimos numa “Frente de Libertação” e proclamamos nossa maioridade política, elegendo Jackson Lago Governador do Estado.

A eleição de Jackson Lago, além de possibilitar a consolidação da democracia no Estado, veio contribuir para dignificar a vida no campo através de políticas públicas que historicamente reivindicadas pelos trabalhadores e trabalhadores rurais, contribuindo para implementação do PADRSS – Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário e para tirar o Maranhão da estagnação em que se encontrava há décadas.

Inconformada com a derrota política nas urnas, a oligarquia vencida no pleito questionou a eleição de Jackson na Justiça Eleitoral alegando a prática de diversos crimes eleitorais, a exemplo de abuso do poder político, ocorridos antes de ser oficializada a candidatura a Governador, com o objetivo de impor a manutenção de seu domínio político aos cidadãos e cidadãs maranhenses por via indireta, em clara afronta aos princípios democráticos e a vontade soberana do povo maranhense.

Através de uma decisão complexa e sem unanimidade, tomada por quatro Ministros contra três, dois dentre os quais rejeitaram todas as acusações feitas contra Jackson Lago, o Tribunal Superior Eleitoral cassou o mandado democraticamente conquistado pelo Governador, deixando o povo maranhense indignado.

Diante destes fatos, nós, trezentos e dezenove dirigentes sindicais representantes de 214 municípios maranhenses, participantes do Conselho da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Maranhão – FETAEMA, realizado no período de 25 a 27 de março de 2009, no Sítio Pirapora – São Luís – MA, estamos convictos de que, no Estado Democrático de Direito, o poder se conquista através do voto e não por via judicial, motivo pelo qual manifestamos nossa solidariedade e apoio irrestrito ao governador Jackson Lago.

Temos esperança, confiamos na Justiça e acreditamos que a decisão do TSE será reformada para respeitar a soberania dos nossos votos e devolver o mandato de Jackson Lago, permitindo que o Governador possa continuar implementando as políticas e mudanças que o Maranhão necessita para desenvolver-se com justiça social.


São Luís, 27 de março de 2009.

FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS NA AGRICULTURA DO ESTADO DO MARANHÃO - FETAEMA

Um comentário:

Fátima disse...

Franklin, olha esta materia ai.
Site de Luciana Capeberibe

Sarney usou jornalista paga pelo senado em campanha contra Cristina Almeida
27/03/2009 ⋅ Enviar para amigo ⋅ Comentar
Tá no O Globo
Com salário do Senado e sem se licenciar, jornalista nomeada por Sarney trabalhou para cinco candidatos desde 2003
Maria Lima

BRASÍLIA - Desde 2003, quando foi nomeada pelo então presidente José Sarney (PMDB-AP) para a Diretoria de Modernização Administrativa e Planejamento do Senado, a advogada e jornalista Elga Mara Teixeira Lopes, hoje diretora de Comunicação Social, tem se ausentado da Casa para se dedicar, como analista de pesquisa de opinião, a campanhas eleitorais sem se licenciar, recebendo vencimentos ora só do Senado, ora do Senado e dos contratos com os políticos. Elga afirma que trabalhou nas campanhas quando estava de férias e disse que apresentaria documentos. Mas não o fez, e não quis falar com O GLOBO nos últimos dois dias. (Leia mais: Senado convoca 60 concursados para substituir terceirizados do setor de comunicação)

Na Diretoria de Recursos Humanos não há registro de afastamento ou licença nesse período. Consta que Elga foi contratada no Senado em 28/02/2003 como secretária parlamentar e nunca foi desligada. Em 2004, trabalhou na campanha de João Paulo (PT) à prefeitura de Recife. Em 2006, passou pela campanha do senador Delcídio Amaral (PT) ao governo de Mato Grosso do Sul; pelo Amapá, onde atuou na campanha de Sarney; e ainda no segundo turno da campanha de Roseana Sarney (PMDB) no Maranhão.

” A Elga trabalhou durante uma parte da minha campanha de 2006, mas depois foi chamada pelo Sarney para ir para o Amapá. Ela teve que ir embora porque ele estava apertado lá “

- A Elga trabalhou durante uma parte da minha campanha de 2006, mas depois foi chamada pelo Sarney para ir para o Amapá. Ela teve que ir embora porque ele estava apertado lá - disse Delcídio.

- A Elga foi para a campanha do Sarney no Amapá, e no segundo turno no Maranhão. Esteve lá o tempo inteiro e trabalhou bastante. Dizia que era contratada do Senado, de onde vinha seu pagamento, e que tinha sido levada para lá pelo Sarney - diz Ricardo Soares, coordenador de rádio e TV das campanhas de Sarney e Roseana.

E em 2008, contratada pela equipe do publicitário Kaká Colonesi, ficou dois meses em Manaus, na campanha do candidato a prefeito Omar Aziz (PMN). Pessoas que trabalharam com Elga nessas campanhas atestam que ela passou períodos de até dois meses nos locais. Com mestrado em pesquisa de opinião na França, ela tem fama no mercado nessa área. No Senado, já foi diretora da Secretaria de Pesquisa de Opinião Pública.

Procurada pelo GLOBO desde quarta-feira, Elga não respondeu a perguntas enviadas por e-mail ou recados deixados em seu celular. Por meio do assessor de imprensa do gabinete de Sarney, Chico Mendonça, mandou dizer que nesta quinta apresentaria documentos provando suas férias. Mas não o fez. Mandou dizer ainda que, como celetista (e não concursada), não devia exclusividade à Casa.

- Em 2006, não exerci qualquer função nas campanhas de Roseana e do senador José Sarney. Estive em São Luís por poucos dias, quando dei, literalmente, palpites na análise de pesquisa de opinião da campanha de governadora de Roseana - mandou dizer Elga, confirmando que nesse período só recebeu do Senado.
Procurador estuda pedir devolução dos salários

O procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas (TCU), Marinus Marsico, afirmou que tanto a Constituição quanto o estatuto do servidor público - que vale para os celetistas - diz que uma prestação de serviço fora de sua função só é permitida se não prejudicar a original. Se ficar provado que Elga Mara Teixeira Lopes se ausentou de Brasilia sem uma licença ou afastamento sem vencimentos, o TCU pode entrar com uma ação pedindo que ela devolva os salários pagos pelo Senado nesses períodos.

- Se ela era diretora do Senado não poderia receber de contratos particulares. Não sabia que ela tinha participado dessas campanhas e se não teve um afastamento da função, vamos examinar o caso para ver o que fazer - disse nesta quinta Heráclito Fortes.

O senador José Sarney responde no TSE a processo movido por Joel Cilião, que também foi candidato ao senado, contra ele, acusando-o de usar um funcionário do senado para advogar em sua campanha. Leia mais em:

-Sarney pode ser cassado