A Marcha da Classe Trabalhadora, realizada hoje em Brasília, dentre outros pontos, levanta como bandeira a aprovação da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. O projeto aguarda votação no Congresso Nacional, tal como a PEC contra o trabalho escravo (também bandeira da marcha).
A redução da jornada de trabalho divide classistamente o Parlamento. Empresários e seus parlamentares, contra; trabalhadores e deputados progressistas, à favor. O governo não se mete nessa bola dividida, muito menos na da PEC contra o trabalho escravo.
Vale, então, a capacidade de mobilização dos movimentos sociais para fazer o Brasil avançar nessa questão. Noutros países da Europa, o movimento sindical já batalha é pela redução da jornada para 36 horas.
O fato é que, no presente estágio do capitalismo, a velha (e atual) mais-valia de Marx mantém-se de pé para a compreensão da economia mundial.
A mais-valia é o conceito pelo qual o autor d´O Capital explica como o empresário se apropria da diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. Divide-se em mais-valia absoluta (maior jornada de trabalho; mesmo salário) e mais-valia relativa (mesma jornada, mesmo salário, contudo maior ritmo do trabalho/intensidade para maior produtividade, sobretudo pela mecanização). Entenda mais aqui.
O que está em jogo, nessa evidente luta de classes, é a luta da classe trabalhadora - em essência - pela redução da mais-valia absoluta, da exploração mais imediata. O que já é algo "atrasado" em relação à revolução tecno-científica e da informática que atravessa o mundo. Ou seja, o empresariado brasileiro mantém o ritmo da barbárie na defesa da jornada de 44h de trabalho, mas eleva o número de desempregados alegando as novas tecnologias, a exemplo de bancários e trabalhadores rurais, ante a mecanização no campo. Um bom texto para refletir é o do filósofo alemão Robert Kurz (leia aqui).
Portanto, a Marcha das centrais sindicais está no rumo certo. Tanto pela geração de empregos que a redução da jornada de trabalho traz consigo, quanto pelo embate de classes que ela coloca na arena pública de debates.
Abaixo, matéria do saite da CUT.
Centrais sindicais levam 50 mil trabalhadores a Brasília e fazem a maior das seis Marchas. CUT encerra mobilização em protesto diante do STFA redução da jornada de trabalho divide classistamente o Parlamento. Empresários e seus parlamentares, contra; trabalhadores e deputados progressistas, à favor. O governo não se mete nessa bola dividida, muito menos na da PEC contra o trabalho escravo.
Vale, então, a capacidade de mobilização dos movimentos sociais para fazer o Brasil avançar nessa questão. Noutros países da Europa, o movimento sindical já batalha é pela redução da jornada para 36 horas.
O fato é que, no presente estágio do capitalismo, a velha (e atual) mais-valia de Marx mantém-se de pé para a compreensão da economia mundial.
A mais-valia é o conceito pelo qual o autor d´O Capital explica como o empresário se apropria da diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. Divide-se em mais-valia absoluta (maior jornada de trabalho; mesmo salário) e mais-valia relativa (mesma jornada, mesmo salário, contudo maior ritmo do trabalho/intensidade para maior produtividade, sobretudo pela mecanização). Entenda mais aqui.
O que está em jogo, nessa evidente luta de classes, é a luta da classe trabalhadora - em essência - pela redução da mais-valia absoluta, da exploração mais imediata. O que já é algo "atrasado" em relação à revolução tecno-científica e da informática que atravessa o mundo. Ou seja, o empresariado brasileiro mantém o ritmo da barbárie na defesa da jornada de 44h de trabalho, mas eleva o número de desempregados alegando as novas tecnologias, a exemplo de bancários e trabalhadores rurais, ante a mecanização no campo. Um bom texto para refletir é o do filósofo alemão Robert Kurz (leia aqui).
Portanto, a Marcha das centrais sindicais está no rumo certo. Tanto pela geração de empregos que a redução da jornada de trabalho traz consigo, quanto pelo embate de classes que ela coloca na arena pública de debates.
Abaixo, matéria do saite da CUT.
A CUT e as demais centrais sindicais do País se uniram na manhã desta quarta-feira (11) para promover a tradicional Marcha Nacional da Classe Trabalhadora.
A sexta edição da manifestação, fundamental para implementar uma política de valorização do salário mínimo no Brasil, contou com 50 mil trabalhadores que deixaram o estacionamento do estádio Mane Garrincha, na região central de Brasília, às 9h30, e caminharam rumo ao Congresso Nacional.
Neste ano, as centrais definiram seis eixos unificados: votação do PL 01/07 que efetiva a política de valorização do salário mínimo; novo marco regulatório para o pré-sal, atualização dos índices de produtividade da terra e aprovação da PEC 438/01 contra o trabalho escravo; ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT; aprovação do PL sobre a regulamentação da terceirização e combate à precarização nas relações de trabalho e, principalmente, redução da jornada sem redução do salário. (leia mais aqui)
A sexta edição da manifestação, fundamental para implementar uma política de valorização do salário mínimo no Brasil, contou com 50 mil trabalhadores que deixaram o estacionamento do estádio Mane Garrincha, na região central de Brasília, às 9h30, e caminharam rumo ao Congresso Nacional.
Neste ano, as centrais definiram seis eixos unificados: votação do PL 01/07 que efetiva a política de valorização do salário mínimo; novo marco regulatório para o pré-sal, atualização dos índices de produtividade da terra e aprovação da PEC 438/01 contra o trabalho escravo; ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT; aprovação do PL sobre a regulamentação da terceirização e combate à precarização nas relações de trabalho e, principalmente, redução da jornada sem redução do salário. (leia mais aqui)
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