sábado, 29 de janeiro de 2011

Poesia de Quinta - Número 116

Por Deíla Maia

Pessoal, 

A última Poesia de Quinta foi sobre um tema bem sério e que sempre merece nossa reflexão, a morte. Então, resolvi fazer a de hoje sobre um tema bem mais leve, curioso e engraçado: o PIROCAUJA. 

Para quem não é daqui de São Luís, trata-se de um fruto de maracujá, que nasceu no município de São José de Ribamar, que fica dentro da ilha de São Luís e que ficou famoso por apresentar uma forma bem peculiar. 

Uma imagem vale mais do que mil palavras (frase que reli ontem e que realmente é verdadeira). 
 
 
 
Bem, e sobre este fato, digamos assim, curioso, o dr. José Cláudio Pavão Santana, que foi meu professor de Direito Constitucional na UFMA, é advogado, Procurador do Estado do Maranhão, com um vasto currículo profissional, fez esta bem humorada poesia, que tenho o prazer de compartilhar com vocês agora.
 
Beijos,
Deíla
O pé de maracujá (Em Ribamar)
José Cláudio Pavão Santana
Parece estória de caça,
ou de pesca, sim senhor.
Mas nesta terra de cá
o fato é desafiador.

Nesta terra das palmeiras
onde a "mandança" a uns cabe.
Dá de tudo e mais um pouco.
Pode crer, isto é verdade!

Há estradas que nada liga,
que dá em lugar nenhum.
Mas há muito inaugurada,
como se desse a lugar algum!

Há central de tratamento,
que não tem cano a ligar.
Se liga na propaganda,
a escoamento não dá.

De todas as obras prometidas
Há 72 esperadas.
Elas virão, isto é certo!
Parecidas com a estrada.

Para que não me rotulem
de descrente, demente ou similar.
Vou relatar o ocorrido,
em São José de Ribamar.

Por absurdo que pareça
acaba de acontecer.
Maracujeiro dá falo.
É verdade! Pode crer!

Estampa o jornal de hoje
com destacada figura.
Um pé de maracujá,
sustentando a "criatura".

Se disserem que é invento
mentira ou coisa igual.
Está na primeira página
do Jornal O Imparcial.

Nesta terra quase tudo
tinha a impressão de ter visto.
Político eleito, sem voto,
voto jogado no lixo.

Mas uma coisa agora sei.
Ninguém desminta o que falo.
Nesta terra de intrigas.
até pé maracujá dá falo.


Obs.: Quando o autor diz “Maracujazeiro dá falo”, o falo nesse caso remete a formas que simbolizam um pênis ereto, como a gravata masculina. (nota do autor).

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