sábado, 26 de junho de 2010

Fidel alerta...


Artigo do líder cubano Fidel Castro, no Granma de ontem (sexta-feira - 25/6), chama-nos a atenção para uma possível nova guerra imperialista patrocinada pelos Estados Unidos, desta vez contra o Irã. Abre-nos os olhos Castro:

"Entre jogo e jogo da Copa Mundial de Futebol, as notícias diabólicas vão deslizando aos poucos, de forma tal que ninguém se ocupe delas".

E nos pergunta:

"(...) quantos, no entanto, conhecem que desde 20 de junho navios militares norte-americanos, inclusive o porta-aviões Harry S. Truman, escoltado por um ou mais submarinos nucleares e outros navios de guerra com mísseis e canhões mais potentes que o dos velhos navios de guerra utilizados na última guerra mundial entre 1939 e 1945, navegavam rumo as costas iranianas através do canal de Suez"?

E, torcendo não para a seleção A ou B na Copa do Mundo de Futebol, mas para estar errado em sua análise, Fidel Castro alerta:

"
Pensava inicialmente, ao analisar a atual situação, que a contenda começaria pela península da Coreia, e ali estaria o detonador da segunda guerra coreana que, a sua vez, daria lugar de imediato à segunda guerra que os Estados Unidos lhe imporiam ao Irã.

Agora, a realidade muda as coisas no avesso: a do Irã desatará de imediato a da Coreia".

Leia aqui o artigo de Fidel Castro - "Como desejaria estar errado".


sexta-feira, 25 de junho de 2010

RENATO ARCHER E AS ELEIÇÕES DE 1965

Por Haroldo Saboia

Tivemos oito eleições diretas para governador após o golpe militar de 1964.

A primeira delas, em 1965, constitui um marco na dominação oligárquica no Maranhão: representou o fim da era vitorinista, iniciada em 46, e o início do domínio de José Sarney com sua eleição ao governo.

O mais provável é que o ciclo Sarney tivesse terminado em 86 não fosse a morte de Tancredo Neves, antes de assumir o presidência em 1985.

Mesmo a condição de vice-presidente não asseguraria a Sarney mais 25 anos de absoluta hegemonia na política maranhense.

O PMDB maranhense, liderado por Renato Archer, Cafeteira e Cid Carvalho com apoio de Ulisses Guimarães, seria indiscutivelmente vitorioso contra Sarney nas eleições ao governo do Estado, em 1986.

A força nacional do PMDB era tal que obrigou Sarney, no exercício da Presidência, a compor com os peemedebistas maranhenses. Sarney aliou-se a Cafeteira que liderava a corrente do PMDB contrária à Renato Archer.

É que Renato, mesmo em seu ministério por escolha do próprio Tancredo, representava uma ameaça política à Sarney, pela sua longa trajetória nas lutas pela retomada democrática.

Renato Archer tinha dimensão nacional. Fora o número 2 do chanceler San Tiago Dantas, ministro das Relações Exteriores no governo democrático de João Goulart. Após o golpe, como deputado federal do Movimento Democrático Brasileiro, o antigo MDB, foi Renato o articulador da primeira grande tentativa de unificação das lideranças civis proscritas pelos militares: a denominada Frente Ampla.

Lembremos que a Frente Ampla foi lançada oficialmente por um manifesto, divulgado em 27 de outubro de l966, assinado por João Goulart, o Jango, Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda.

Jango, Juscelino e Lacerda eram as principais lideranças dos maiores partidos anteriores a 1964: o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o Partido Social Democrata (PSD) e a União Democrática Nacional (UDN). Os partidos comunistas (PCB e PCdoB) haviam sido postos na ilegalidade desde 1947.

O manifesto da Frente Ampla, pacientemente discutido e negociado por Renato Archer junto a cada um dos seus três signatários, proclamava:

" É necessário convocar, a curto prazo,eleições livres pelo voto secreto e direto.Exigimos respeito às garantias jurídicas e aos diretos individuais. Sobretudo, proteção à pessoa humana, livre de toda a coação senão a da lei livremente elaborada e sancionada por representantes por representantes livremente eleitos pelo povo."

Longo, o manifesto de Jango, Juscelino e Lacerda, elaborado e articulado pelo maranhense Renato Archer, finaliza com um forte apelo à mobilização, organização e união do povo brasileiro:

" Se para a recomendação e adoção de tais diretrizes o simples amor ao Brasil é capaz de inspirar este entendimento entre adversários,de prodígios bem maiores será capaz o povo mobilizado e organizado,uma vez recuperada a esperança que perdeu.

Com esse entendimento procuramos dar exemplos de grandeza. Possa o sentimento de dever com a pátria inspirar todos os brasileiros para que juntos consigamos o que separados mão poderíamos fazíamos fazer.

Pela união popular para libertar, democratizar e desenvolver o Brasil".

Dois anos depois, com a edição do AI-5 (Ato Institucional que revelou sem disfarces o caráter ditatorial do regime militar: além de colocar em recesso por prazo indeterminado o Congresso Nacional, suspendeu o instituto do habeas corpus e instituiu a censura prévia entre outras violências),o deputado federal pelo MDB maranhense Renato Archer Baima da Silva.oficial da Marinha brasileira, tem seu mandato cassado e seus direitos políticos suspensos.

A partir desse momento, Renato foi preso várias vezes. Em uma delas ficou incomunicável por vários dias. Colegas de Renato da Escola Militar resgataram-no desta prisão. Não fora este gesto talvez tivesse tido o mesmo destino do ex-deputado federal Rubem Paiva, assassinado nos porões da ditadura.

Renato enfrentou com coragem todos esses percalços. Com a mesma galhardia com que enfrentou o Marechal-ditador Humberto Alencar Castelo Branco em 1965 quando disputou e perdeu para José Sarney as eleições para o governo do Maranhão.

Candidato dos ditatores militares, adotado pelos generais que tanto bajulava, Sarney obrou de tal sorte que conseguiu que o ditador Castelo Branco despachasse o seu general chefe da Casa Militar para Belém do Pará. De lá convocou o então governador maranhense Newton de Barros Bello.

A ordem era clara: o PSD do governador não poderia apoiar a candidatura de Renato Archer. A ameaça cristalina: se desobedecesse, Newton seria cassado. (Mesmo tendo obedecido, acabou perdendo seus direitos políticos após deixar o governo)

Newton Belo e o PSD lançaram o médico e ex-prefeito de São Luis, Antonio Eusébio Costa Rodrigues. Archer resistiu e foi candidato pelo PTB. Divididos, perderam a eleição de turno único.

José Sarney ganhou o governo graças a descarada intervenção dos militares ditadores. Desde então não parou de obrar fraudes e intervenções de toda sorte para, sem votos e sem apoio popular, manter seu poder oligárquico.

Haroldo Saboia, economista, advogado, Constituinte de 1988, escreve para o Jornal Pequeno todas as sextas-feiras. E-mail: haroldosaboia@hotmail.com

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Poesia de Quinta - Número 87

Por Deíla Maia




Pessoal,

Dei uma sumidinha nestas duas últimas quintas... Estava um pouco cansada. E poesia tem que ser por prazer, não por obrigação. Hoje me deu vontade de novo de voltar a escrever.

Semana passada, como todos já sabem, a literatura mundial perdeu um dos seus grandes nomes, que era o do escritor português Saramago.

Ele é bem mais conhecido pela sua prosa audaz, mas também fez poesias.

Esta poesia de quinta de hoje ele fez sobre um dos meus livros prediletos, que é o Dom Quixote, de Miguel Cervantes, cuja protagonista feminina é a doce Dulcineia del Toboso.

Estou em Campina Grande, curtindo o maior São João do mundo!!!! Maravilhoso mesmo. E, aproveitando a coincidência de que
o nome da minha doce mãe também é Dulcinea (so que sem o i), esta poesia vai especialmente dedicada a ela.

Beijos com sabor de mel de engenho,

Deíla
DULCINEIA
José Saramago

Quem tu és não importa, nem conheces
O sonho em que nasceu a tua face:
Cristal vazio e mudo.
Do sangue de Quixote te alimentas,
Da alma que nele morre é que recebes
A força de seres tudo.

sábado, 19 de junho de 2010

DOM VILSON EM CAXIAS

Assume hoje a Diocese de Caxias o bispo Dom Vilson. Será uma solenidade de muita importância, sobretudo para os oriundos das bases católicas do movimento de juventude.

Abaixo, publico aqui no Ecos artigo que escrevi (em 19/03/2010) quando da notícia de que o Padre Vilson seria bispo. Boas vindas ao Dom Vilson!


AGORA É DOM VILSON!
Franklin Douglas (*)

Os registros da infância e adolescência são os que definitivamente marcam nossas vidas. Sobretudo porque, geralmente, são acompanhados de boas lembranças.

Eles expressam também as mudanças comportamentais e do mundo em torno de nós a cada geração. Alguns exemplos:

Qual a leitura que marcou sua juventude? Os livros de Machado de Assis? “O Pequeno Príncipe”? “Poliana”? “Cristiane F”? A revista “Mundo Jovem”?

Qual o cinema que costumava ir com a turma? Cine Éden? Cine Monte Castelo? Passeio? Cine Alpha? Colossal?

Vez por outra circula na internet mensagens que tornam cômicas essas lembranças. Se você é do tempo do “ploc”, “motoca”, “conga”, “kichute”, “atari”...
Uma das poucas referências que se tornou comum às diversas gerações de jovens maranhenses talvez tenha sido o Colégio “Irmãos Maristas”. Variavam os irmãos diretores, mas ficava para os que nele estudaram a educação de qualidade sob a referência de Champagnat, o grêmio estudantil Coelho Neto, as olimpíadas Maristas e sua sede ampla, arborizada e estruturada. Que, por sinal, definha no centro da cidade...
Para os que não estudaram no Marista, mas estavam no Divina Pastora, Santa Teresa, Santa Terezinha, Dom Bosco ou grupos de juventude (da Pastoral da Juventude-PJ, do movimento Focolari, da JUAC/Pré-JUAC etc), o ginásio do Marista também foi palco das grandes celebrações do Dia Nacional de Juventude. Reuniam-se, nesses tempos de religião católica sob forte influência junto à juventude, cerca de 5 mil jovens no Marista.
Da mesma maneira, há padres de São Luís que marcaram gerações. Lembro dois deles que tiveram muita força junto aos movimentos juvenis: Pe. Marcos Passerine e Pe. João Mohana. Por ambos passaram gerações de jovens líderes estudantis e das bases da Igreja católica.
No ciclo dos anos 1990, um terceiro padre marcaria significativamente a geração PJ dessa época. Trata-se de Padre Vilson.
Gaúcho, ligado à Congregação do Sagrado Coração de Jesus, com estudos em Teologia e Filosofia realizados no Sul e Sudeste do País, ele fez sua opção pelo Maranhão, onde foi pároco em Viana, Santa Inês, Alto Alegre, Santa Luzia do Tide e em São Luís, na paróquia de Nossa Senhora da Conceição.
Nesse período, aproximou-se e assessorou junto à Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) a Pastoral da Juventude. Com Pe. Vilson, vêm as lembranças das grandes romarias da juventude, mobilizando 30 mil jovens, a exemplo das que ocorreram nas cidades de Bacabal (1996) e Caxias (1998).
Desde 2007, Pe. Vilson se encontrava nas Filipinas, como formador da congregação que faz parte. Retornará a partir deste ano ao Maranhão.
As marcas que Vilson deixou como padre, com certeza prolongar-se-ão a partir deste momento através de sua condição de bispo. Nomeado pelo Papa Bento XVI para a Arquidiocese de Caxias, padre Vilson agora é Dom Vilson!
Junta-se a Dom Xavier e outras referências de uma Igreja católica a serviço dos pobres. É uma gota de esperança no mar de conservadorismo que toma conta do catolicismo. Quem sabe também momento de renovar os registros que podem ficar de uma geração de jovens a serem engajados na luta por um Maranhão sem desigualdades, de oportunidades para todos os seus filhos, não apenas os afortunados.
Parabéns padre, digo, Bispo Vilson!
(*) Franklin Douglas – jornalista e professor, 36 anos.
Artigo publicado no Jornal Pequeno, edição de 20/06/2010, p. 06.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

CAMINHADA E PLENÁRIA POPULAR EM SÃO LUÍS


PASSEATA HOJE À TARDE, concentração a partir das 15 horas, COM SAÍDA DO PT, e em CAMINHADA pela praça JOÃO LISBOA, Rua Grande, praça DEODORO e PLENÁRIA POPULAR, na Fonte do Ribeirão, onde serão discutidos os encaminhamentos da greve de fome e da resistência no PT.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O MARANHÃO NÃO SE ENGANA. O PT NÃO É DE ROSEANA

Discurso forte, contudente, veemente e coerente de Dutra na Tribuna da Câmara, na tarde de ontem, chama a atenção do Brasil para o escândalo que a Direção Nacional do PT promove no Maranhão. Assista e divulgue a sua lista de contatos.

O bloqueio à mídia aos poucos vem sendo furado, e a opinião pública brasileira toma conhecimento da questão. A grande preocupação é com a saúde de Manoel da Conceição. Ao contrário do que ameaçam os barricas da oligarquia, qualquer coisa que aconteça com Manoel, Dutra e Terezinha é RESPONSABILIDADE do Sarney e da Direção Nacional do PT, pois a violência da greve de fome vem na mesma proporção da violência da chantagem do Sarney sobre Lula, e da pressão deste sobre o PT.

O MARANHÃO NÃO SE ENGANA. O PT NÃO É DE ROSEANA!!

Assista abaixo o discurso de Dutra:

terça-feira, 15 de junho de 2010

Solidariedade a Mané e Dutra: JOSÉ REINALDO TAVARES

O que aconteceu última sexta-feira passada foi, sem dúvidas, uma das maiores violências políticas na história deste país. Manuel da Conceição, um homem admirado por todos os maranhenses, uma lenda viva da história do Maranhão, companheiro de Lula na fundação do PT, que sempre lhe tratou com deferência e carinho, foi barrado e não pode entrar na reunião. Não o respeitaram e nem sua história e tampouco a fragilidade decorrente do seu precário estado de saúde.Ali, Manuel da Conceição foi tratado como adversário político, porque, em carta a Lula, procurou evitar a lambança cruel perpetrada com tantos petistas históricos, como Domingos Dutra, Terezinha e Jomar Fernandes, Bira do Pindaré, Augusto Lobato e tantos outros. Conceição resolveu então entrar em greve de fome e se juntou a Dutra em um ato de coragem, pois a saúde precária não lhe permite o gesto. E quem é o responsável por isso? O responsável é Sarney e sua filha Roseana, que nada respeitam e ultrapassam todos os limites pelo poder. (leia o artigo "O adversário não é Lula, é Roseana" aqui)

Solidariedade a Mané e Dutra: HAROLDO SABOIA

Coluna Haroldo Saboia (JP - 14.06.2010)

DUTRA E MANOEL DA CONCEIÇÃO REAGEM A SARNEY


A greve de fome foi a forma de luta encontrada pelo deputado federal Domingos Dutra e pelo líder camponês maranhense Manoel da Conceição, de 75 anos, para protestar contra a decisão da direção nacional do PT em reproduzir no Maranhão a coligação PT-PMDB e, assim, impor o apoio a candidatura de Roseana Sarney Murad ao governo do Estado.

Manoel da Conceição é o filiado número 2 do Partido dos Trabalhadores logo após Luis Inácio Lula da Silva, o primeiro a assinar a ata de fundação petista. Domingos Francisco Dutra Filho, advogado, filho de lavradores de Saco das Almas, município do Brejo dos Anapurus, é fundador do Partido dos Trabalhadores no Maranhão. Foi deputado estadual e vice-prefeito de São Luis. Exerce seu segundo mandato na Câmara Federal.

Todos sabemos que uma greve de fome é um recurso extremo. Dutra e Manoel da Conceição pela experiência que acumularam ao longo de grandes lutas por esse imenso Maranhão e, no caso do Manoel, pelo mundo afora, têm plena consciência da dimensão do gesto que encetaram.

Em poucas palavras, Manoel e Dutra clamam por respeito não apenas a uma decisão soberana tomada pelo PT maranhense favorável à uma coligação com o PCdoB em torno da candidatura do deputado federal Flávio Dino ao governo do Estado, tendo como vice militante petista e ex-deputada federal Terezinha Fernandes.

Exigem um pouco mais: exigem que a Direção Nacional do PT respeite a história de lutas dos maranhenses que lutaram contra o regime militar e sua cria regional a oligarquia dos sarneys.

Indiferentes e insensíveis aos clamores e às lutas de resistência dos balaios maranhenses, Lula e seu escudeiro José Dirceu empobrecem suas biografias ao se curvarem, mais uma vez, às chantagens, ameaças e choramingas do barrica oligarca José Sarney.


A DIGNIDADE COMO LIMITE

Os principais membros maranhenses da corrente CONSTRUINDO UMA NOVA BRASIL (CNB), majoritária no PT nacional, enviaram longa carta aos dirigentes do partido.

A Carta é assinada por lideranças importantes do movimento sindical e popular do Maranhão. Entre eles o presidente da FETAEMA, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Maranhão, Francisco Salles de Oliveira, o presidente da CUT-MA, Central Única dos Trabalhadores do Maranhão, Nivaldo Araujo, o presidente do poderoso Sindicato dos Ferroviários, Eduardo Pinto, além de membros da OAB-MA, vários dirigentes sindicais e membros de diretórios estadual e municipais do PT, vereadores, prefeitos ex-prefeitos petistas.

Ao final declararam:
- Só temos um pedido a fazer à Direção Nacional do PT: considerem o resultado do Encontro de Tática Eleitoral e deixem valer o resultado construído no debate e no voto, que assegurou a coligação dos petistas com os comunistas. Pois, os princípios democráticos e o respeito aos fóruns do PT marcam a nossa história de construção de um partido socialista e de massas, que busca a transformação social e a consolidação de uma forma diferente de fazer política.

Não foram atendidos. Como não foi ouvido o legendário líder camponês maranhense Manoel da Conceição que em Carta a Lula, Dilma Roussef e à Direção Nacional do PT afirmou:
- Tudo precisa ter algum limite e tal limite é a nossa dignidade. O que está sendo imposto a nós petistas do Maranhão extrapola todos os limites da tolerância e fere de morte a nossa honra e a nossa história.


RUY, UM HERÓI MARANHENSE I

Ruy Soares Frazão, maranhenses de São Luis, nascido em São Luis em 1941, cursou engenharia até o quinto ano sendo obrigado a deixar a Universidade Federal de Pernambuco para assumir o cargo de auditor fiscal da Receita Federal, conquistado por concurso público. Em 1966, Ruy optou por retornar à sua terra natal: foi trabalhar na Receita, na cidade de Viana.

Militante da JUC, Juventude Universitária Católica, depois da AP, Ação Popular, e posteriormente do PCdoB, Partido Comunista do Brasil, Ruy Soares Frazão teve papel importante na organização dos trabalhadores rurais do Vale do Pindaré, liderados por Manoel da Conceição. Manoel acabou preso e baleado pela polícia militar do então governador José Sarney, da ARENA, partido de apoio à ditadura militar.

Ruy teve que se afastar do Maranhão e, condenado a dois anos de prisão pela Justiça Militar de Pernambuco, passou a viver na clandestinidade.


RUY, UM HERÓI MARANHENSE II

Em 24 de maio de 1974, Ruy Soares Frazão foi preso em Petrolina, Pernambuco. Com sua esposa Felícia, mãe de seu único filho Henrique Ruy hoje com 37 anos, Ruy confeccionava peças de artesanato que eram comercializadas na feira de Petrolina, local em que foi preso.
Suas últimas palavras, dirigidas aos colegas feirantes: “Avisa Licinha” (Felícia, sua esposa). Ruy, morto nas masmorras da ditadura militar , está entre os desaparecidos políticos brasileiros.

RUY, UM HERÓI MARANHENSE III

A Secretaria Nacional dos Direitos Humanos promoveu esta semana sessão solene, no Liceu Maranhense, com a presença do ministro Paulo Vannuchi, em homenagem a Ruy Frazão, Manoel da Conceição e outros maranhenses. Roseana Sarney Murad tentou por todos os meios cancelar a solenidade. Sem sucesso. Esbarrou na determinação e na dignidade de Paulo Vannuchi, fiel aos seus compromissos históricos.

DÍVIDA IMPAGÁVEL

Do deputado Domingos Dutra:
- O presidente Lula já conseguiu pagar a dívida externa brasileira, mas não consegue quitar a fatura que o coronel José Sarney lhe apresenta desde a sua primeira eleição em 2002.


ECOS DAS LUTAS

O jornalista e professor Franklin Douglas anuncia a volta do blogue ECO DAS LUTAS. Franklin, dirigente petista, informa ter concluído as sessões de quimioterapia e diz: “vamos aos últimos exames para confirmar nossa vitória contra o Linfoma. O combate agora é ao outro câncer, aquele oligárquico que vitima o povo maranhense”.

82 horas sem comer: Mané e Dutra resistem

De Conexão BrasíliaMaranhão, blogue do jornalista Rogério Tomaz Jr, nova mensagem do Deputado Domingos Dutra. Confira abaixo:


Leia também a Carta de Manoel da Conceição e Domingos Dutra ao povo maranhense. E, ainda, confira a repercussão da greve de fome de Dutra e Mané.

CARTA AO POVO MARANHENSE!
Estamos em greve de fome desde o dia 11 no Plenário da Câmara Federal. Fomos empurrados para a este sacrifício. Estupraram o Código de Ética do Partido para doar o PT para uma oligarquia corrupta. Violentaram a democracia interna para eternizar o poder de uma família.
Somos fundadores do PT. Nestes 30 anos nunca envergonhamos o Partido. Jamais nos envolvemos em escândalos. Ajudamos eleger o Presidente LULA na esperança de livrar os maranhenses dos desmandos dos Sarneys.
Não conseguimos. Com chantagens, dissimulação e bajulação, Sarney ampliou o poder que exerceu na ditadura às custas de delações, exílios, prisões, torturas e mortes de muitos brasileiros.
A fome de poder desse bruxo não tem limites. Este homem tem a barriga do fim do mundo: ele agora quer se apossar do PT do Maranhão e privatizar a popularidade do Presidente Lula na tentativa de reeleger a filha Roseana.
Sem piedade, trocaram a nossa alma pela promessa de 3 milhões de votos.
Que dívida impagável é esta que Sarney não pára de cobrar do nosso Presidente e do PT? Quem será a próxima vítima dessa dívida? Quanto mais Sarney humilha o PT mais a dívida cresce!
Quem entregou o PT para Fernando Sarney (que de uma lapada desviou 14 milhões de dólares para exterior) ainda tem coragem de falar em honestidade?
Quem doou o PT para a rainha da Lunus, depois de tantos escândalos com recursos públicos, não pode mais falar de ética e transparência.
Quem se torna refém de um oligarca sem caráter e dissimulado, após os escândalos do Senado, não pode mais falar em decência.
Quem destrói lideranças e desrespeita aliados históricos para eternizar uma oligarquia brutal não pode mais falar em democracia.
Quem esquece o passado e tripudia sobre velhos companheiros não pode mais falar em solidariedade, fraternidade, socialismo.
Quem doa o PT em troca da promessa de votos não pode mais falar em reforma política.
Que projeto nacional é este em que o Partido do Presidente da República e da futura presidente se transforma em sublegenda do Partido do vice-presidente?
Porque tanta brutalidade com o PT se o PMDB tenta livremente derrotar o PT na Bahia, Pará, Rio Grande do Sul, São Paulo e outros estados?
Entregar o PT para oligarquia Sarney significa jogar no lixo a legalidade partidária. É a negação da ética e da decência na política. É sepultar as esperanças de libertação do povo maranhense após 46 anos de escravidão. É agredir os movimentos sociais, desrespeitar aliados históricos e destruir o Partido no Estado.
Estamos cansados de derrotar Sarney no Maranhão e ele ser vitorioso no tapetão de Brasília.
Por isto estamos em GREVE DE FOME, em defesa da coerência, da decência e da legalidade partidária.
O direito vai prevalecer, pois acreditamos nos petistas que têm consciência e na JUSTIÇA BRASILEIRA.
Plenário Ulysses Guimarães, em 14 de junho de 2010. MANOEL DA CONCEIÇÃO – PRIMEIRO FUNDADOR NACIONAL VIVO DO PTDOMINGOS DUTRA – DEPUTADO FEDERAL E FUNDADOR DO PT NO MARANHÃO

IG:
PETISTA HISTÓRICO ADERE A GREVE DE FOME E PREOCUPA TIME DE DILMA
Com saúde frágil, fundador do partido tem histórico de militância contra família Sarney e contesta intervenção em favor de Roseana
Ricardo Galhardo, iG São Paulo

Quando o deputado Domingos Dutra (PT-MA) anunciou que entraria em greve de fome contra a decisão da cúpula nacional do PT, que obrigou o artido a apoiar a reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB) no Maranhão, pouca gente na direção do PT deu importância. “Se depender do PT ele vai morrer de fome”, disse um dirigente. A situação mudou de figura no último domingo, durante a convenção que oficializou a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência, quando chegou ao conhecimento da direção partidária que Manoel da Conceição havia aderido à greve de fome de Dutra. “Isso é sério”, disse o secretário nacional do PT, José Eduardo Cardozo, quando soube da notícia.
Manoel da Conceição é descrito pela revista Teoria e Debate, da Fundação Perseu Abramo, braço intelectual do PT, como “sem dúvida uma das mais importantes lideranças camponesas do Brasil em todos os tempos”. Mais velho entre os fundadores do PT ainda vivos, Mané, como é conhecido, está com 75 anos, tem diabetes, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) em 2002 que quase o matou e até hoje causa dificuldade na fala, mas não abalou sua disposição de enfrentar a imposição da direção partidária ao PT maranhense.
“Vou até o final, até ver o resultado. Ou eles tiram a intervenção no Maranhão ou me expulsam do partido. Senão, eles vão me ver morto. A última vez que comi foi na quinta-feira”, disse Conceição, por telefone, ao iG.
Nascido em um pequeno vilarejo no sertão do Maranhão, expulso das terras da família por um latifundiário corrupto, Conceição já passou por situações muito piores do que a greve de fome iniciada quinta-feira.À Teoria e Debate, ele relatou da seguinte forma um massacre de jagunços contra camponeses que presenciou em 1958 e escapou com vida por milagre: “A casa era um salão grande de um morador, da família Mesquita. Eles eram evangélicos da Igreja Batista. Aí entrou um dos jagunços e matou, sem troca de conversa, cinco pessoas, a bala e punhaladas nos rapazes e em uma senhora de mais ou menos 75 anos, que gritava na sala: ‘Não mate meus filhos!!’ Só que já tinha três rapazes mortos no chão. Deram um tapão na cabeça dela, jogaram a mulher no chão e cravaram nas costas o punhalão.Ela ficou rodando no chão, esvaindo em sangue. Uma criança de 3 anos, vendo os mortos no chão, corria gritando: ‘Papai, papai...’ Um dos jagunços pegou essa criança e deu uma estucada numa parede de taipa que a cabeça lascou, os miolos se espatifaram no salão”.
Enfrentamento
O histórico de enfrentamentos contra a família Sarney remonta à década de 60. Em 1965, seduzido pelas promessas de reforma agrária do então jovem líder progressista José Sarney, Conceição mobilizou os camponeses do interior maranhense e ajudou a garantir a Sarney a maior votação até então para o governo do estado. Três anos depois ele foi baleado pela polícia comandada por Sarney durante uma reunião de líderes camponeses. Passou mais de uma semana largado em uma cela sem médico nem remédios.
A perna baleada gangrenou e foi amputada em um hospital de São Luís. “Depois o Sarney me visitou no hospital e tentou me comprar oferecendo emprego para mim e para minha mulher, uma casa e uma perna mecânica. Em troca queria que eu trabalhasse para ele. Recusei e fui preso outras nove vezes a mando do Sarney. É por isso que nunca, em hipótese alguma, aceitarei apoiar a oligarquia representada pelos Sarney no Maranhão”, disse Conceição, que no 4º Congresso Nacional do PT, em fevereiro, foi citado nominalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu discurso.
A direção petista até agora não procurou Conceição e Dutra para conversar. O único interlocutor até agora foi o líder do partido na Câmara, Fernando Ferro (PT-PE). Dutra é visto internamente como opositor já há algum tempo. “Esta greve de fome é uma violência contra o PT”, disse um parlamentar de alta patente.A dupla de grevistas conta com assistência médica da Câmara. “Hoje (segunda-feira) o médico veio me ver três vezes”, disse Conceição. Apesar disso o temor na direção petista é grande quanto aos estragos que uma possível imagem de Conceição deixando o plenário da Câmara em uma maca possam causar à candidatura de Dilma e à imagem do partido.
Veja OnLine:
O presidente da Câmara e candidato a vice-presidente na chapa encabeçada do PT, Michel Temer, ameaçou convocar a Polícia Legislativa para acabar com a greve de fome do deputado Domingos Dutra, do PT do Maranhão. Um quilo e meio mais magro, o parlamentar está sem se alimentar há 72 horas, sentando em uma cadeira nos fundos do plenário da Câmara. Ele protesta contra a aliança entre o seu partido e a governadora Roseana Sarney.

“Eles querem me tirar daqui de qualquer jeito, mas eu não saio. Se for preciso, me acorrento”, promete o petista, que está acompanhado de Manoel da Conceição, 75 anos de idade, militante e fundador do PT. Manoel perdeu uma perna em confronto com a polícia do Maranhão e culpa a família Sarney pela agressão. Temer quer tirar os manifestantes do plenário. (Sofia Krause)
Blog do Noblat
Revoltado com a decisão da Executiva Nacional do PT, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) entra no terceiro dia de greve de fome.
Desde a última sexta-feira (11), o parlamentar está no plenário da Câmara, em Brasília, à base de água e água de coco. Ele está acompanhado do presidente de honra do PT/MA, Manoel dos Santos.
Dutra protesta contra a cúpula nacional do PT que impôs ao diretório do Maranhão o apoio à candidatura de Roseana Sarney (PMDB) na disputa pelo governo local.
O parlamentar, assim como a maioria do diretório maranhense, é a favor da candidatura de Flávio Dino (PCdoB).
“Apoiar o Sarney é apoiar a bandidagem. Se o Sarney não tivesse mandato, estaria com o Fernandinho Beira Mar: preso. A Executiva Nacional resolveu transformar o PT numa sublegenda do PMDB”, disparou Dutra para em seguida emendar: “Que dívida é essa que o Lula tem com o Sarney?”.
Magoado com Lula, Dutra diz que o presidente abandonou os “companheiros” que o ajudaram a chegar à presidência.
“Ele não nos atende. Durante três anos e meio de mandato, o presidente Lula nos recebeu apenas uma vez na casa do Arlindo [Chinaglia, ex-presidente da Câmara]. E ainda foi para nos dar carão. Não temos importância para o Lula: somos lixo, descartáveis”, queixou-se.
A greve de fome, de acordo com o deputado, deve durar até o final do mês, data limite para a composição das coligações que disputarão a eleição de outubro.
Nesse meio tempo, o parlamentar estuda recorrer à Justiça comum e/ou Eleitoral contra a decisão da Executiva Nacional do PT.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Abaixo-assinado mobiliza solidariedade a Dutra e Manoel da Conceição

Já está na internet o abaixo-assinado em Solidariedade à greve de fome de Manoel da Conceição e Dutra contra a entrega do PT-Maranhão à oligarquia Sarney.

Os destinatários são Luís Inácio Lula da Silva - presidente da República, José Eduardo Dutra - presidente do PT e Dilma Roussef - candidata à presidência.

Contribua para essa corrente e assine neste endereço: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6321

Solidariedade a Mané e Dutra: JOÃOZINHO RIBEIRO

11 DE JUNHO, A TRAGÉDIA ANUNCIADA

"Se fosse setembro, o dia 11 simbolizaria a data da tragédia americana, daquele atentado terrorista que ceifou centenas de vidas e explodiu o coração financeiro edificado de Wall Stret. Desta feita, em pleno mês da copa e dos festejos juninos, a tragédia tem cara brasileira e maranhense. Altos dirigentes do Partido dos Trabalhadores se reúnem em Brasília para decidir sobre o rumo das alianças do partido no Maranhão, e sobre a validação ou não do Encontro Estadual do partido, que decidiu pela coligação com o PSB/PC do B, e pelo nome do deputado federal Flávio Dino como pré-candidato ao Governo do estado.

Conforme o testemunho oral de quem esteve presente ao ato, o processo foi sumário e, logo, logo, tudo estava consumado. As disposições em contrário não precisaram ser revogadas; pelo contrário, sequer foram levadas em conta. A ordem era votar o quanto antes e transformar a vontade e a força bruta da cúpula da Direção Nacional do partido em resolução de uma página apenas, determinando que toda a história de homens e mulheres que construíram o PT no Maranhão fosse desconsiderada e a vontade dos Zés prevalecesse: Zé Dirceu, Zé Genoíno, Zé Dutra e do Zé Coronel – o Zé Sarney.

E assim foi escrita no livro de ata das resoluções partidárias esta página encardida e fétida, ferindo fundo a honra e a ética de muitos companheiros e companheiras que ainda sonhavam com alguma possibilidade da esperança não se curvar ao medo. Homens sem alma e sem escrúpulos nem precisaram tapar o nariz para ungir o nome da filha do oligarca – Roseana Sarney Murad – como candidata única da base aliada, de uma coligação reprovada pelo Encontro Estadual do partido, realizado nos dias 26 e 27 de março último.

Palavras duras do presidente nacional da sigla, o Zé Dutra, que ninguém estava ali reunido para discutir aspectos legais ou legítimos do Encontro Estadual do PT do Maranhão; que a questão era política, simplesmente, e assim deveria ser decidida; que os interesses nacionais estavam acima de qualquer outra questão; que a resolução deveria ser votada, e obedecida por todo o conjunto do partido.

Para bom entendedor: às favas com essa tal democracia interna e tudo que esta poderia representar para nós outros que continuamos acreditando piamente que ela existe.

Comentários de históricos militantes davam conta de que tudo havia sido previamente acertado entre o último coronel político brasileiro e o presidente de honra do PT; que o coronel havia implorado aos prantos que o seu último pedido fosse satisfeito: o PT apoiando o nome de sua filhinha mimada para o governo do Estado do Maranhão; estado que, nas palavras do outro Zé, o Dirceu, só precisava garantir os dois milhões de votos para a candidata a presidente da coligação PT/PMDB. O resto seria apenas um detalhe.

De tal lógica, só podemos deduzir que o resto somos nós, incluindo nesta contabilidade todo o povo maranhense, único e legítimo detentor destes dois milhões de votos, computados pela fria e calculista aritmética do Zé Dirceu.
A primeira sensação que tive quando soube do placar – 43 a 30 – foi a de quem acabou de levar um soco no estômago e ainda não conseguiu identificar o adversário. Ou seja, de onde partira o inesperado golpe, sem querer acreditar nos protagonistas do mesmo. Esta mesma sensação, mais tarde seria compartilhada pelo lendário companheiro Manoel da Conceição, fundador e 2º presidente da primeira Comissão Executiva do partido, no início dos anos 80 do século passado. Companheiro impedido de entrar na sala onde foi realizada a reunião da Direção Nacional do PT, e muito menos de ter assegurado o seu direito a voz.

Encontramo-nos no meio da tarde da última sexta-feira no Plenário Ulysses Guimarães, da Câmara dos Deputados, onde o deputado Domingos Dutra, em greve de fome, tal qual Stalingrado na 2ª Guerra Mundial, resistia ao cerco e ao bombardeio impiedoso das tropas nazistas de Hitler. Manoel da Conceição, Terezinha Fernandes, Moçota, Sílvio Bembém, Bira do Pindaré, Augusto Lobato, Ananias Neto, Colaço, Dutra de Caxias, Márcio Jerry e tantos outros – bravos e íntegros companheiros - todos atordoados pelo resultado da decisão tomada pelo Diretório Nacional, porém dispostos a não deixar que o pior dos mundos desabasse sobre o espírito coletivo de justiça e luta, que sempre serviu de cimento para a nossa coexistência fraterna.

Após a chegada do deputado Flávio Dino ao plenário, de muitas e seguidas entrevistas dele e do seu colega Domingos Dutra a vários veículos de comunicação nacional, denunciando o autoritarismo da Direção Nacional do PT, o clima de revolta e tristeza deu lugar a ponderações mais equilibradas e propostas de superação do quadro negativo e dos seus respectivos desdobramentos.

De concreto: 1) a manutenção inegociável da pré-candidatura Flávio Dino ao Governo do Maranhão; 2) a adesão do companheiro Manoel da Conceição à greve de fome do deputado Domingos Dutra, como símbolo de resistência ao desmonte da democracia interna do partido e afronta ao Estado Democrático de Direito; 3) a utilização da via judicial para obtenção de liminar visando o reconhecimento da legitimidade do Encontro Estadual; e 4) manutenção e ampliação de vários atos políticos no estado no final de semana, ratificando o apoio à pré-candidatura do deputado Flávio Dino ao Governo do Maranhão.

O resto será fruto da história escrita pelo próprio povo maranhense, e não somente um detalhe, “que os fortes, os bravos só pode exaltar
”.

domingo, 13 de junho de 2010

Solidariedade a Mané e Dutra: EMÍLIO AZEVEDO

"Dutra, eu falei agora a pouco com o Cesar Teixeira para ver de que forma nos podemos colaborar com o Manoel, com você e com toda esta luta que também é nossa. Nós não estamos indiferentes ao gesto de vocês dois. (...) Segure firme! Vamos trabalhar para quebrar a indiferença da sociedade e revelar mais esta violência contra o processo democrático do nosso Maranhão.

Mande um grande abraço nosso para o Manoel, além de mais força, coragem e persistênvia.

O momento é grave. Com um pouco de paciência o gesto de vocês terá consequências. Vocês estão fazendo história. Não desanimem e mantenham um médico aí por perto.
"

Emilio Azevedo

Nova mensagem de Dutra e Manoel da Conceição

Solidariedade a Mané e Dutra: nota de JACKSON LAGO


"O PDT rende pública homenagem aos bravos maranhenses Domingos Dutra e Manoel da Conceição, que neste momento encarnam a altivez e coerência de todos os democratas maranhenses. O seu gesto, seguido por tantos companhheiros do Partido dos Trabalhadores, demonstra que o Maranhão não se curvou à rotina de golpes que vem conspurcando nossa história recente.

A luta pela democratização do nosso Estado fica engrandecida pela nobreza do sacrifício pessoal e político de quem entende que a biografia e a história não são artigos negociáveis no mercado da política menor.

O povo, mais uma vez, será o juiz destinado a virar mais essa página infeliz da nossa história.

Jackson Lago
Dirigente Regional"

sábado, 12 de junho de 2010

Manoel da Conceição e Dutra iniciam greve de fome

Maranhenses no plenário da Câmara em solidariedade a Dutra e Manoel da Conceição, na foto do Blog Conexão BrasíliaMaranhão

No blog Conexão Brasília Maranhão, editado pelo jornalista Rogério Tomaz Jr, as mensagens de Dutra e Manoel da Conceição, em greve de fome no plenário da Câmara dos Deputados. Clique aqui e confira.

Envie seu apoio a Dutra e Manoel da Conceição pelo email depdutra@hotmail.com e registre seu protesto à decisão do PT federal de entregar o PT maranhense à oligarquia Sarney.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Começa a VIGÍLIA CÍVICA EM DEFESA DO PT

Um prato vazio - por cima de uma faixa preta: luto pelos petistas que se curvaram ao sarneismo, solidariedade à greve de fome do deputado Domingos Dutra

Do lado esquerdo, velas amarelas: ALERTA à reunião do Diretório Nacional do PT

Do lado direito, velas verdes: ESPERANÇA de que o Diretório Nacional não estrupará o PT maranhense em pleno dia dos namorados


Acima da bandeira do PT, velas Brancas: PAZ, que só o respeito respeito à legalidade do partido garante.


quarta-feira, 9 de junho de 2010

VIGÍLIA CÍVICA EM DEFESA DO PT

Em São Luís, a partir das 8h desta quinta-feira (10/6), na sede do PT regional (Rua do Ribeirão - Centro)

** vigílias também em Bacabal, Caxias e Imperatriz **

A partir desta quinta-feira (10 de junho), petistas, militantes dos movimentos sociais, juventude e aliados da luta em defesa da legalidade do PT e da construção de um Maranhão livre da mais velha oligarquia do país entram em vigília!

Na vigília, serão hasteadas bandeiras do PT em cor preta, em sinal de luto pelos "companheiros e companheiras" que se curvaram ao sarneísmo.

Serão acesas velas, muitas velas em toda a sede do partido! Velas amarelas em sinal de alerta à decisão que o Diretório Nacional do partido poderá tomar no dia 11/6 (em Brasília) sobre respeitar ou não a decisão legal, legítima e representativa da maioria dos delegados do Encontro Estadual do partido em unir o PT ao PCdoB e ao PSB, num palanque forte e ético para Dilma - presidente e Flávio Dino - governador. Velas brancas, simbolizando que queremos a paz, que somente o respeito à legalidade do estatuto e do regimento do PT pode garantir. Velas verdes, simbolizando que nossa esperança jamais será vencida pelo ódio e pelo medo do velho oligarca José Sarney.

Por fim, um prato vazio será colocado sobre a mesa vermelha do PT. Com ele, a corrente em solidariedade à greve de fome do deputado Domingos Dutra, em Brasília. Aqui, a cada horário das refeições (café, almoço e jantar), militantes assumem a corrente de solidariedade à greve de fome em defesa do PT. Será o início da corrente maranhense pela legalidade petista.


Vigília cívica em defesa do PT.
Traga sua vela, acenda mais essa chama de luta pelo Maranhão!!


VIGÍLIA CÍVICA EM DEFESA DO PT
São Luís, 8h, na sede do PT

Programação:

Quinta-feira (10/6)
Ato político de instalação da vigília cívica

Pronunciamento* de lideranças partidárias, militantes dos movimentos e juventude. Ao final de cada fala, acende-se uma vela pela vigília.

* Estão previstos pronunciamentos dos ex-presidentes estaduais do PT Francisco Gonçalves e Salvador Fernandes; dos ex-presidentes municipais do PT-São Luís Joãozinho Ribeiro e Joiseane Gamba; do deputado estadual Valdinar Barros; dos membros da Direção Estadual do PT (Augusto Lobato, Bira do Pindaré, Genilson Alves, Janete Amorim, Silvio Bembem, Marcio Jardim, Franklin Douglas, dentre outras lideranças do PT nos municípios); membros da Executiva Municipal do PT-São Luís (Paulo Serra, Carlito Reis, Almir Bruno, Thayzya Ramalho); do ex-vereador Ananias Neto; dos militantes sociais Wagner Baldez (aposentados federais), Zequinha e Creusamar de Pinho (moradia), Francisco Sales (Fetaema), Nivaldo Silva (CUT), Raimundo Nonato (Fetraf), Jonas Borges (MST), Maria Adelina "Dada" (quebradeiras de coco), Mary Ferreira (movimento de mulheres), Neuton César (rádios comunitárias), Pedro Marinho (CPT), Emílio Azevedo (jornal Vias de Fato), Edwilson Araújo (diretor do Sindsep), Eduardo Pinto (Sindicato dos Ferroviários), Arnaldo Colaço (Sinpol), Luís Pedrosa (direitos humanos), Moacir e Luis (Sindicato dos Comerciários), Marcio Santos (Mov Todos contra Sarney), Robert Lobato e Eri Castro (rede de blogueiros do MA), Bruno Rogens (movimento software livre), Elias e Vicente Mesquita (Central de Mov Pop), Irilene (setorial de segurança alimentar do PT), Coqueiro (setorial de pesca do PT), Pedro Tavares e Balbina Rodrigues (setorial de economia solidária), Nonato "Chocolate" (combate ao racismo), pré-candidatos a deputado pelo PT, parlamentares e lideranças partidárias do PCdoB e do PSB, e representantes dos coletivos das tendências internas do PT: CNB contrária à aliança com Sarney, Democracia Radical e Democracia Socialista (Mensagem ao Partido), PT de Aço, Movimento PT, Articulação de Esquerda, Tendência Marxista, Militância Socialista, Rebuliço, Vanguarda e dos delegados do Encontro Estadual que decidirampelo apoio a Flávio Dino-governador.

Início da corrente maranhense pela legalidade petista.

ECOS NÃO FOGE À LUTA: estamos aqui, PRO QUE DER E VIER!


Na guerra de informações, mais do que nunca emerge a necessidade de voltarmos com o Ecos das Lutas: informação engajada na luta pela liberdade do Maranhão, do avanço das teses populares no Brasil, na América Latina e no mundo todo.

Aos amigos e amigas, a todos que nos enviaram mensagens, apoios e orações, meus agradecimentos. Concluímos as sessões de quimioterapia, vamos aos últimos exames para confirmar nossa vitória contra o Linfoma. Obrigado. O combate agora é ao outro câncer, aquele oligárquico que vitima o povo maranhense.


Estamos de novo aqui, para o que der e vier!