domingo, 18 de dezembro de 2022

PERDEU A SÉRIE MARANHÃO NA COPA? Confira os cinco episódios aqui

 


Nesta postagem, estão reunidos os cinco episódios da série MARANHÃO NA COPA. Uma produção da disciplina "Produção para a mídia sonora", do curso de Comunicação da UFMA - Rádio e TV, sob responsabilidade dos professores Franklin Douglas e Sarah Fontinele.

A série teve na equipe de roteiro, locução, produção e edição os estudantes Cris Sousa, Marcos Grativol, Matheus Sousa, Sophia Lustosa, Sylmara Durans e Victor Sá.

Confira abaixo:


1958: o primeiro título



1962: o bicampeonato



1970: o tricampeonato



1994: o tetracampeonato



2002: o pentacampeonato



quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

DESMONTE DA ASSISTÊNCIA LEVA BRAIDE AO BANCO DOS REUS

 

A Prefeitura de São Luís foi convocada para audiência na Vara de Interesses Difusos e Coletivos.
O Poder Judiciário atende a ações
propostas pela Defensoria Pública e pelo Conselho Regional de Serviço Social 



O prefeito Eduardo Braide terá que se explicar no banco dos réus da justiça.

Ações da Defensoria Pública e do Conselho Regional de Serviço Social cobram a Prefeitura de São Luís em relação à manutenção dos serviços de assistência social na cidade e as demissões ocorridas na SEMCAS, cuja titular indicada por Braide sofre denúncias de corrupção.

Em uma só canetada, Braide desmontou o sistema de assistência social, exonerando 98 servidores. Com isso, políticas sociais voltadas à população de rua, idosos, crianças e adolescentes, cadastro e a atualização dos dados do SUAS estão sem rumo na cidade!


domingo, 11 de dezembro de 2022

A perversidade que brada na prefeitura: Nem assistência, nem livro aos pobres

 


O prefeito Eduardo Braide demonstrou toda a insensibilidade dele aos mais pobres, esta semana.

Desmontou o sistema de assistência social, exonerando 98 servidores, colocando todos no mesmo saco da secretária indicada por ele e acusada de corrupção à frente da SEMCAS.

Com isso, as políticas sociais voltadas à população de rua, idosos, crianças e adolescentes, estão prejudicadas e a atualização do cadastro do SUAS e do Bolsa Família estão sem estrutura nos CRAS, CREAS e Conselhos tutelares.

FEIRA SEM LEITORES. Já a Feira do Livro deste ano foi um lamento só. Distante (na UFMA, onde os ônibusnão dão conta nem da demanda dos univer-sitários), a Feira atraiu poucos leitores, ainda mais numa data bastante difícil.

Não foi pior, uma vez mais, graças a livreiros e estudiosos que carregaram a Feira nas costas...


Há males que vêm para o bem...

O HEXA NÃO VEIO, MAS JÁ PENSOU BOLSONARO REPETINDO MÉDICI, NO TRI DE 1970? AO MENOS ESCAPAMOS DESSA...

No tricampeonato de 1970, o general Médici fazia festa para a seleção, decretando dois dias de feriado nacional e escondendo a realidade do país, como a tortura a presos políticos. Que só vem a público, como na foto com 40 presos liberados em troca da liberdade do embaixador alemão, sequestrado em ação das organizações ALN e VPR. A foto nas capas dos jornais do país (como no jornal O Imparcial, de 23/06/1970) foi uma das exigências dos sequestradores, para mostrar que não havia democracia no país.


Boletim Mudar é Bom - nº 39
https://linktr.ee/franklin.ma

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

NÃO ESTAVA PRONTO: CORRUPÇÃO E DESMONTE DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NA GESTÃO BRAIDE

 


 

NÃO ESTAVA PRONTO:

CORRUPÇÃO E DESMONTE DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NA GESTÃO BRAIDE

 

Acuado em meio a denúncias de corrupção de sua indicada, Ana Furtado, para Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (SEMCAS), o prefeito de São Luís Eduardo Braide combate o fogo com gasolina: exonerou secretária e cerca de 100 comissionados da SEMCAS, nivelando todo mundo como corruptos, inclusive servidores de longos serviços prestados à Prefeitura que nada têm a ver com os desmandos da, agora, ex-secretária de Braide.

E O QUE É PIOR: COM UMA SÓ CANETADA, BRAIDE DESMONTOU TODA A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA DO MUNICÍPIO.

A população mais pobre é quem paga o pato dos desmandos dos mais ricos na gestão Braide. Estão completamente sem direção os serviços do Cadastro Único (CadÚnico), que atualiza os dados de benefícios como BPC e Bolsa Família e atualiza as informações do Censo Anual do SUAS, as 05 unidades de atendimento (Casas Abrigo), os 20 CRAS e 05 CREAS (Centro de Referência da Assistência Social), 02 Centros POP e o apoio aos 10 Conselhos Tutelares da cidade, prejudicando a população mais vulnerável como moradores de rua, em situação de violência, idosos, crianças e adolescentes.

Todo esse desmonte da política de assistência social exatamente no Dia da Assistência Social, quando a lei que instituiu o SUAS (Sistema Único de Assistência Social) completa 29 anos (LOAS, de 7/12/1993). Exoneração de servidores às vésperas do Natal. BRAIDE NÃO TEM DÓ!

APURAR TODA A CORRUPÇÃO EXISTENTE NA SEMCAS!

CPI DA SEMCAS JÁ!!

NÃO AO DESMONTE DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL!!!

Toda solidariedade a assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e demais servidores que nada têm a ver com esses desvios e foram atingidos por uma decisão injusta do prefeito Braide!

 

São Luís (MA), 8 de dezembro de 2022.

 

 

PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE

Diretório Municipal de São Luís


domingo, 13 de novembro de 2022

Todo apoio para Lula ter a educação como prioridade

 

Boletim Mudar é Bom - nº 37


A vitória de Lula nas urnas deve ser confirmada com o cumprimento de suas promessas de campanha.

Uma das mais relevantes: A PRIORIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO!

O desfinanciamento da educação pública, do ensino fundamental e médio ao universitário, durante o governo Bolsonaro, prejudicou uma geração de jovens, que desistiu de continuar seus estudos após sair da escola.

Chamar a sociedade, docentes e estudantes a participar e apontar metas e prioridades para o PPA (Plano Plurianual) do governo é o primeiro passo. Retomar o financiamento, pensando ele como investimento, e não gasto social, é outro ponto importante.

Enterrar iniciativas reacionárias como o "Escola sem Partido" é, também, essencial. Com isso, gerar um ciclo de esperança e uma repactuação social que eleve a educação ao patamar de objetivo estratégico para o desenvolvimento do país.

sábado, 29 de outubro de 2022

A ELEIÇÃO DE NOSSAS VIDAS

 


Artigo publicado no Jornal Pequeno, 29/10/2022 - p.11

          

         Franklin Douglas (*)

Há uma propensão a comparar esta eleição de 2022 com a de 1989. As imensas mobilizações deste segundo turno pela campanha petista e o clipe dos artistas cantando a versão atual do histórico jingle “Lula lá”, então, são aproximações quase irresistíveis entre os dois momentos.

Igualmente, equiparar 2022 a 2002 é outra predisposição que emerge. A votação de 52 milhões de votos no primeiro turno e a liderança, em todas as pesquisas, com vantagem acima da margem de erro, contribui muito para essa analogia.

Mas não é nem uma coisa, nem outra!

E muito menos 2022 é uma mescla de 1989 com 2002.

Não estamos em uma eleição que resulta do acúmulo de forças das teses progressistas e mobilizações que juntaram tão amplos contingentes e gerações, embora eleitoralmente derrotados por Collor de Mello.

Também não estamos sob um pleito com vitória assegurada por uma aliança operário-patrão (Lula-José Alencar), com as garantias de uma “Carta ao Povo brasileiro”, em que a vertente socialdemocrata desenvolvimentista derrotaria a outra, subjugada ao neoliberalismo.

A rigor, para 14% dos mais de 156 milhões de eleitores e eleitoras, essas referências inexistem em suas memórias. São 35 milhões de jovens eleitores, com até 24 anos de idade, que nem eram nascidos em 1989 e, em 2002, mal engatinhavam.

ESTA É UMA ELEIÇÃO INIGUALÁVEL!

De um lado, um campo democrata da centro-direita à extrema-esquerda, reunindo os ícones da disputa dos últimos 28 anos, Lula e Alckmin, com o apoio de Fernando Henrique Cardoso e José Serra, até MST e PSTU – para ficarmos nos símbolos mais marcantes. Do outro lado, uma extrema-direita conservadora e reacionária, que quer girar a roda da história para trás.

Mais do que uma eleição sob a preponderância das redes sociais, trata-se de uma disputa cujas armas possibilitaram os ratos saírem dos esgotos. O que Sebastião Jorge, em sua pesquisa sobre os pasquins dos anos 1800 no Maranhão, identificava como impropérios e difamações entre um agrupamento político e outro, em panfletos distribuídos à noite e madrugada pelas casas de São Luís, saltaram, agora, para a propaganda eleitoral na televisão e no rádio, em plena luz do dia.

Estamos frente à eleição que decidirá a formatação mais do que de nosso Estado Democrático de Direito. Definirá as condições de vida e liberdade das próximas gerações, dos atuais jovens de 24 anos aos seus filhos.

Estamos diante de uma terceira onda conservadora no Brasil, como alerta o historiador Sidney Chalhoub: a primeira, no século 19, quando da abolição da escravidão (1888). A reação foi o golpe militar na monarquia, um ano depois, 1889; na segunda metade do século 20, a segunda onda, o golpe militar de 1964 ante a possibilidade de ampliação dos direitos dos trabalhadores urbanos aos rurais e as Reformas de Base de João Goulart. A terceira onda materializa-se na repulsa aos direitos conquistados na Constituição de 1988 e na inserção de setores da classe trabalhadora no campo das políticas públicas que possibilitem vida digna e de oportunidades. Essa onda se iniciou com o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, e dela emergiu um campo antidemocrático, neofascista, autoritário, anticientífico e ideologicamente doentio.

Barrar essa onda é o nosso maior desafio nesta eleição de 2022. E, ainda, não basta vencer o pleito, tem que ocupar as ruas para garantir o resultado e a posse. E não somente a posse, mobilizar para enfrentar o campo da extrema-direita que não cessará no dia 30 de outubro. Mais do que nunca, esta é uma luta que continua.

Vencer com Lula é a condição sine qua non para assegurar a Democracia brasileira. Com amor e esperança, derrotar o ódio e a barbárie, este é o nosso dever nesta que é a eleição de nossas vidas!

 

 (*) Prof Franklin Douglas – jornalista e advogado, doutor em Políticas Públicas. E-mail: franklin.artigos@gmail.com



Artigo publicado no jornal O Imparcial, edição de 29 e 30/10/2022 - opinião, p. 4 

domingo, 29 de maio de 2022

NEM UM PASSO ATRÁS!

    Artigo publicano no Jornal Pequeno, 29/05/2022
          

         Franklin Douglas (*)

Proposta de Emenda Constitucional nº 206/2019 (PEC 206) quer instituir a cobrança de mensalidades nas universidades públicas. Mais um projeto de maldade com os setores populares, patrocinado pelos conservadores-reacionários que não admitem pobres no ensino superior. De autoria do deputado bolsonarista General Peternelli (SP), tem relatório favorável de outro deputado, Kim Kataguiri (SP), do MBL, o movimento da juventude destruidora dos direitos sociais no Brasil.

Argumentar a favor da PEC para que haja mais recursos para o custeio da universidade é balela!

Igualmente falso que a cobrança seria somente aos que teriam condições de pagar.

Mais cínico ainda é o argumento de que o pagamento de mensalidades contribuiria para superar a crise de financiamento do ensino superior.

Mero ilusionismo retórico para ocultar a essência da proposta: iniciar a liquidação da universidade gratuita e pública no país.

Darcy Ribeiro já denunciou há tempos: “A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto!”. Querem substituir o ensino superior público pelo pago, privatizado, aligeirado e à distância.

Tentar cobrar mensalidades nas universidades públicas não é novidade. Almejaram no governo Collor de Mello (1990-1992). Empenharam-se novamente sob o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Em ambos os momentos, fomos às urnas, estudantes e professores, e barramos esse ataque à universidade pública!

No atual cenário, na ofensiva de sua agenda ideológica, neoliberais e conservadores buscam novamente alavancar a ideia. Querem fazer a roda da história girar para trás. Pretendem que a universidade seja lugar somente das elites dominantes e formadora apenas de seus “doutores”. Aos demais jovens, restando o trabalho de menor remuneração, pouca reflexão e mera força de trabalho de reserva ao exército da mão de obra a ser utilizada pelo capital.

Um completo absurdo! Do Maranhão, apoiam a cobrança de mensalidades nas universidades públicas deputados como Aluísio Mendes (PSC), Cleber Verde (Republicanos), Edilázio Junior (PSD), Gastão Vieira (PT), Hildon Rocha (PMDB), João Marcelo (PMDB), Pastor Gil (PL) e Pedro Lucas Fernandes (União).

A iniciativa precisa de 171 deputados apoiando para que siga na tramitação. Tinha 177 subscrevendo-a. Oito deputados retiraram suas assinaturas: 02 do PT, 02 do PDT, 01 do PCdoB e 01 do PSB (inacreditável que tenham assinado...); 01 do PP e 01 do Patriotas. O que levaria à inadmissibilidade da PEC, visto não ter o número mínimo de apoio. Mas a proposta segue viva. E recolher assinaturas para substituir as desistências é algo fácil aos mercadores da educação.

Por isso, não dá para relaxar. É preciso mobilizar as universidades públicas e os defensores da educação para ir às ruas contra essa proposta. Mostrar à população as reais intenções dessa cobrança: retirar negros, indígenas, estudantes das escolas públicas e pobres das universidades. O então ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro, Milton Ribeiro, já deixou claro essa real intenção: “Universidade deve ser para poucos” (TV Brasil, 09/08/2021).

Cabe a nós mobilizarmos muitos contra esse retrocesso. Eis a posição que todos, docentes, discentes, técnicos-administrativos e suas organizações (DCE´s, DA´s/C.A´s, sindicatos, associações, etc), reitores e gestores das instituições de ensino superior públicas (como UFMA, IFMA´s, UEMA, etc.) devemos tomar.

NEM UM PASSO ATRÁS NA DEFESA DA UNIVERSIDADE GRATUITA, PÚBLICA E DE QUALIDADE!

 

 (*) Prof Franklin Douglas – jornalista e advogado, doutor em Políticas Públicas. E-mail: franklin.artigos@gmail.com


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Artigo publicado no jornal O Imparcial, edição de 28 e 29/05/2022, opinião, p. 4 





sábado, 30 de abril de 2022

LULA SEM MEDO

Com Lula, há espaço para travarmos essas lutas,
trazendo o povo sem medo para o centro do palco dessa disputa por políticas públicas a favor da classe trabalhadora


          Franklin Douglas (*)

O mais recente ataque do presidente Jair Bolsonaro à urna eletrônica e ao sistema eleitoral no país explicita que temos, nestas eleições presidenciais de 2022, três grandes desafios:

1. Ganhar as eleições do campo que representa a barbárie e a restauração do conservadorismo reacionário de viés neofascista;

2. Garantir que o resultado das urnas dando a vitória às forças democráticas seja respeitado;

3. Assegurar a posse do eleito pelo campo democrático-progressista, em janeiro de 2023.

Como diria Nelson Rodrigues, é o óbvio ululante! Está tão gritante, tão na cara, que ainda há quem não enxergue essa realidade.

Tal como Donald Trump nos Estados Unidos, país cujo sistema eleitoral é muito mais consolidado e antigo que o brasileiro, não resta dúvida que o bolsonarismo, derrotado nas urnas, não aceitará o resultado. Incitará sua base orgânica a uma tentativa de golpe no processo eleitoral. Gritará que houve fraude.

Não basta ganhar – seja no primeiro, seja no segundo turno. Tem que ganhar e estar pronto para mobilizar a população para que defenda o resultado e a posse do eleito. Após as urnas, será preciso estarmos prontos para irmos às ruas em defesa da eleição e da posse daquele que vier a vencer o neofascismo. Será uma das mais importantes lutas das classes em movimento no Brasil contemporâneo.

Como nos ensinou um dos mais importantes sociólogos brasileiros, Francisco de Oliveira, o que temos de democracia no Brasil foi arrancado e conquistado pelas classes populares. Numa sociedade cuja República nasce de um golpe conduzido por militares e que passou por 21 anos de ditadura civil-empresário-militar (1964-1985), o ano de 2022 será a nova batalha pela consolidação da democracia neste país.

Frente a esse cenário, não há o que titubear. Hesitar em identificar quem tem força, base eleitoral e capacidade de articulação para liderar a retomada do mínimo Estado Democrático de Direito, com respeito a suas instituições e poderes constituídos, significa cometer o mesmo erro dos que subestimaram o lavajatismo e o golpe parlamentar-judiciário-midiático de 2016.

Para buscar retomar os direitos que foram desmontados e tirados do povo brasileiro com a reforma trabalhista e demais ataques aos direitos sociais, não há que ter dúvida: é preciso primeiro superar esses três obstáculos (ganhar a eleição, garantir a vitória e a assegurar a posse). E, sem dúvida, só Lula reúne as condições objetivas e subjetivas para buscarmos reconstruir o estado social no Brasil.

O apoio a Lula não é cheque em branco.

O voto em Lula, mesmo com Alckmin, não significa alinhamento aos setores conservadores que se reaproximam dele.

Ir com Lula já é para garantir as mínimas condições de combate democrático por outra agenda para o país: de retomada do emprego, de valorização dos salários, de combate à carestia e aos preços altos, de enfrentamento à fome, de respeito aos direitos dos povos originários, meio ambiente e luta pelos direitos da juventudes, de mulheres, negros, LGBT´s, agricultores familiares, os sem-terra e sem-teto.

Sem Lula na Presidência da República, estaremos diante do aprofundamento da agenda neoliberal, conservadora e reacionária. Com Lula, há espaço para travarmos essas lutas, trazendo o povo sem medo para o centro do palco dessa disputa por políticas públicas a favor da classe trabalhadora.

Estão certos aqueles e aquelas que entendem que são enormes esses desafios. Maior, contudo, tem que ser nossa disposição para a luta, com movimentações coerentes e inteligentes.

É Lula sem medo!

 

 (*) Prof Franklin Douglas – jornalista e advogado, doutor em Políticas Públicas. E-mail: franklin.artigos@gmail.com


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Artigo publicado no jornal O Imparcial, edição de 30/4 e 1º/05.2022, opinião, p. 5


sexta-feira, 22 de abril de 2022

BRAIDE, VALORIZE OS PROFESSORES!

 


Nota do PSOL/São Luís:

BRAIDE, VALORIZE OS PROFESSORES!

 

O Diretório Municipal do PSOL em São Luís manifesta seu apoio irrestrito à greve dos professores e professoras de São Luís e repudia o tratamento dado pela administração Braide aos professores e professoras de São Luís.

Em greve pela valorização da educação, Braide, ao invés de fazer uma negociação transparente e honesta com a categoria, utiliza dos recursos públicos para comprar espaços de publicidade nos meios de comunicação e mentir para a população, buscando deslegitimar e intimidar o movimento docente.

Como bom mentiroso, BRAIDE CONTA SETE MENTIRAS À POPULAÇÃO DA CIDADE. Ao contrário do que diz na propaganda da Prefeitura:

1. Ele não entregou chips e tablets para os alunos;

2. Ele não reformou todas as escolas – passou uma tinta em algumas delas;

3. Ele não retornou com o ensino 100% presencial;

4. Ele não respeita a Lei do Piso, nem o Plano de Cargos e Carreiras – professores seguem sem suas promoções homologadas;

5. A categoria aderiu à greve, diferente do que ele diz;

6. Ele é obrigado a dar o reajuste, sim, pois ele não cumpre a Lei do Piso;

7. A Prefeitura pode, sim, dar o aumento pleiteado!


Por todas essas mentiras, fica claro: BRAIDE NÃO VALORIZA A EDUCAÇÃO!

ELE NÃO ESTAVA PRONTO PARA ADMINISTRAR A CIDADE PARA SUA MAIORIA!

Sua orientação é sempre governar aos grupos privilegiados da cidade.

POR TUDO ISSO, MANIFESTAMOS NOSSO APOIO À GREVE DOS PROFESSORES E PROFESSORAS. ELES LUTAM POR UMA MELHOR EDUCAÇÃO PARA NOSSAS CRIANÇAS!

BRAIDE, RESPEITE OS PROFESSORES E PROFESSORAS DE SÃO LUÍS!

 

São Luís (MA), 22 de abril de 2022.

 

 

PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE
Diretório Municipal de São Luís


quarta-feira, 30 de março de 2022

NãoEstavaPronto

 


Sem ônibus.

Sem diálogo com rodoviários.

Sem reajuste de 33,24% para professores/as da rede municipal.

Sem reajuste dos servidores públicos municipais.

Sem pagamento justo e tratamento digno aos trabalhadores e trabalhadoras da limpeza pública.

Como avisamos (PSOL-PCB-UP), Braide não estava pronto

para administrar para a maioria da cidade! 


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

A ATUALIDADE DA LUTA DE MARIA ARAGÃO

 

Artigo publicado no Jornal Pequeno, 10 fev. 2022, p. 11

Franklin Douglas (*)

 

Há 112 anos nascia Maria Aragão. Às novíssimas gerações que vivem sob a lógica do imediatismo segundo o qual “A melhor banda de todos os tempos [é a banda] da última semana” (Titãs, 2001), lembrar do nascimento de Maria é um exercício pedagógico a ser continuamente repetido, porque Maria foi uma mulher de seu tempo e para além dele!

Maria afirmou sua condição feminina e negra, sem abstrair que o patriarcado e a subalternidade imposta pela cor da pele emergiram a partir de um modo de produção que se nutria da exploração do homem sobre outro homem, em detrimento à igualdade entre os seres humanos.

Filha de Rosa Camargo Aragão, descendente de índio e português, analfabeta, e Emílio Aragão, guarda-fios (à época, como se denominava o encarregado de consertar os fios do telégrafo), negro – cuja mãe era uma africana advinda de Cabinda–, Maria nasceu em Engenho Central (onde hoje é o município de Pindaré-Mirim). Mas logo na infância viria para São Luís, por determinação da mãe em tornar seus sete filhos “doutores”, formados. Enfrentou dificuldades muitas: fome, pobreza, preconceitos...

Certa vez, registrou ela: “[...] Vivi desde os primeiros anos de minha vida, este sinal, o sinal da fome” (HOLANDA, 2005, p. 24).  Maria quase deixou, em 1939, o segundo ano do curso de Medicina, porque estava doente por passar fome... Mas sabia que, em definitivo, a fome só se vence pelas condições dignas trazidas pelo trabalho.

Destinada, mesmo com muita luta, a ser o máximo que uma maranhense do início do século XX poderia alcançar, uma professora normalista, Maria almejou ir além disso. Ela ousou sonhar em ser, também, médica. Num estado cuja primeira Faculdade de Medicina só seria fundada em 1957, isso significava ir estudar no Rio de Janeiro. Não era um sonho para uma mulher... Não era um sonho para uma pobre... Mas assim fez: seguiu seu sonho, partindo para o Rio, em 1935.

Com muito sacrifício – enfrentou a desnutrição, a pobreza, a falta de recursos –, Maria foi uma poucas médicas na turma graduada em 12 de novembro de 1942.

Já formada – após alguns trabalhos no Rio –, Maria volta a São Luís, em 1945. Vive de suas consultas aos setores populares da cidade. Vinculada a Luís Carlos Prestes e dirigente do PCB, não seria nada fácil arranjar emprego àquela que, comunista, receberia a alcunha de “besta-fera” (e prostituta), por parte de um padre de Pedreiras, quando visitava o município para fazer uma reportagem sobre o conflito de terra na região, em 1946. Às vezes, o que recebia, gastava tudo em remédios que dava a seus pacientes. Só conseguiu seu primeiro emprego em 1970, na Liga Maranhense de Combate ao Câncer, atual Hospital Aldenora Belo. Em seguida, no Centro de Saúde do Bairro do Anil. Aqui, sua plena convicção de que somente um estruturado serviço público e gratuito poderia ser útil à saúde do povo. (ARAÚJO, 2014).

NO MARCO DE SEUS 112 ANOS DE NASCIMENTO, A LUTA DE MARIA ARAGÃO CONTINUA ATUALÍSSIMA!!!

É atual a luta da Maria Aragão, mulher, negra, no país no qual o racismo estrutural persiste, o feminicídio alastra-se e a mulher é menosprezada em seu protagonismo na sociedade!

É atual a luta da Maria Aragão contra a fome, num país que voltou ao mapa mundial da fome!

É atual a luta da Maria Aragão, médica, no país que uma pandemia matou mais de 634 mil pessoas, por um sistema de saúde pública!

É atual a luta da Maria Aragão por um Maranhão sem desigualdades, sem oligarquias, sem a violência na luta pela terra.

VIVA FOSSE, MARIA CONTINUARIA A LEVANTAR BEM ALTO A BANDEIRA DO SOCIALISMO, sobretudo nestes tempos de barbárie!

Viva Maria! Viva a atualidade de sua luta. Viva o acerto de suas escolhas. Que as novíssimas gerações nunca deixem a memória dessa mulher potente desaparecer da História do Maranhão!

 

 (*) Franklin Douglas – professor e doutor em Políticas Públicas. E-mail: franklin.artigos@gmail.com