quinta-feira, 29 de maio de 2014

O GATO COMEU?? Prefeitura de São Luís nada diz sobre tornar pública a planilha dos custos do transporte


Na página da mobilização SE A PASSAGEM AUMENTAR SÃO LUÍS VAI PARAR, está a enquete abaixo:

"Na sua opinião, a Prefeitura de São Luís DEVE ou NÃO DEVE tornar pública a PLANILHA DOS CUSTOS do sistema de transportes da cidade?"

Deixe sua opinião na enquete e contribua para o movimento de pressão na opinião pública para obrigar a Prefeitura de São Luís a tornar pública a planilha de custos do sistema de transporte da cidade.

O prefeito Edivaldo Holanda Júnior prometeu organizar uma Conferência de Transportes, criar um Conselho Municipal de Transporte e entregar a ele essa planilha. Isso, praticamente HÁ UM ANO!!! E NADA!

No twitter, no face, nas rádios, ele e seu então secretário de Comunicação e homem forte da Administração Municipal, o jornalista Márcio Jerry, presidente estadual do PCdoB, deram essa garantia numa reunião com vários jovens dos movimentos das manifestações de Junho de 2013. Até hoje, NADA!!

Só tornando pública a planilha a população de São Luís saberá realmente a real necessidade de aumentar (ou não) as passagens dos ônibus!

Vote na enquete aqui.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Dono de empresa de ônibus no vermelho É BALELA!!! Saiba por quê.



Acompanhe o cálculo feito por um ex-contador de empresa de ônibus.

Ele usou o exemplo da Linha Divineia:

Quanto fatura:
- Um ônibus faz 8 (oito) viagens;
- Se ele entra num Terminal da Integração (e no caso dessa linha, ele entra), a empresa recebe da Prefeitura de São Luís R$ 150,00 por cada vez que entra. Como o ônibus dessa linha entra no Terminal na ida e na volta, são R$ 300,00 por viagem. Um ônibus dessa linha faz 8 (oito) viagens por dia. Então, são 8 x R$ 300,00 pela passagem no Terminal. Ou seja: a empresa recebe R$ 2.400,00 livres!
- Por baixo, um ônibus dessa linha fatura 1.000 passagens por dia. Cada passagem a R$ 2,10 (dois reais e dez centavos), são R$ 2.100,00 em passagens;
-  Um ônibus da linha Divineia (lata-velha, fedido, soltando fumaça preta!) fatura R$ 4.500,00!! 
(R$ 2.400,00 (terminal) + R$ 2.100,00 (passagens) = R$ 4.500,00!!)

E quanta gasta?
- A diária de um motorista é R$ 43,00. Os dois motoristas que são necessários para a linha funcionar custam R$ 86,00 por dia;
- A diária do cobrador é R$ 25,00. Dois cobradores custam R$ 50,00;
- Um ônibus gasta, em média, para fazer as oito viagens, cerca de R$ 140 litros de óleo diesel. Sendo R$ 2,00 o litro, gasta-se R$ 280,00.
- Somados os custos (motorista + cobrador + diesel), tem-se R$ 416,00 de gasto!!!

O lucro do empresário, em apenas UM ÔNIBUS dessa linha é de R$ 4.084,00 (a diferença entre os R$ 4.500,00 da receita e os R$ 416,00 dos gastos)!!!

Isso fora a meia-passagem para estudantes e o passe livre para idosos e outros, que a Prefeitura repassa por fora, toda quarta-feira aos empresários!

E o empresário não paga COFINS (imposto federal) e nem não paga o ISS (imposto municipal)!!

Enfim, dono de empresa de ônibus no vermelho É BALELA!!!

Eis um exemplo de planilha de cálculo de custo do transporte que o Prefeito Edivaldo Holanda Júnior tanto esconde da população da cidade!!

DIVULGUE A PLANILHA DE CUSTOS DO TRANSPORTE, PREFEITO!!!

Ouça aqui a entrevista do contador feita por Marcial Lima, na rádio Mirante AM:
A verdade sobre o prejuizo dos donos de ônibus.m4a


Ideia que o prefeito EdNADA desconsiderou para o transporte da cidade: preferiu o mirabolante GPS nos ônibus e o BRT, e nada da promessa do Bilhete Único



Diogo Pires Ferreira é arquiteto formado em São Luís, Maranhão, de onde ganhou o mundo. Fez parada em São Paulo e, em seguida, foi fazer mestrado em Barcelona. Lá, aliou-se ao projeto La Ciudad Idea, sobre Barcelona, e fez da sua tese um projeto viário para sua cidade natal.

São Luís atingiu em 2010 a marca de 1 milhão de habitantes e, com 835 km2, ocupa uma área equivalente à metade de São Paulo. Já é maior que Salvador (700 km2), Curitiba (435 km2) e até Madrid (605 km2).

Como outras metrópoles, cresce se espalhando territorialmente e fragmentando as funções urbanas. Áreas de residência e comércio estão cada vez mais distantes. A possibilidade de caminhar para realizar as tarefas básicas do dia-a-dia mingua. Comprar pão precisa de carro.

Diogo fornece estatísticas locais que fazem pensar. Existem cerca de 600 mil habitantes com renda abaixo de R$1.000,00. O número de usuários do transporte público é próximo ao tamanho desse grupo, 572 mil pessoas. Subindo a ladeira da distribuição de renda, existem 138 mil pessoas com renda acima de mil reais e, novamente, outro número que quase empata: são 141 mil carros circulando em São Luís.

São Luís tem 185 linhas de ônibus. Somados os seus percursos, o total é de 5.386 km de extensão, maior do que a distância necessária para cruzar o Brasil de ponta a ponta, que é de 4.400 km.

O projeto de Diogo quer revalorizar a vida local e racionalizar as linhas de transporte público. Ele acredita que é possível consolidá-las em apenas 9 linhas de alta intensidade de uso, desenhadas para ligar os pontos mais importantes da cidade e facilitar a vida do usuário. Mais detalhes no animado e bem produzido vídeo do projeto. (Fonte: EcoCidades)



terça-feira, 27 de maio de 2014

Cadê o GPS e o Bilhete Único prometidos pelo prefeito, Edivaldo Jr, e seu vice, Roberto Rocha, do "condomínio" do Flávio Dino? Embarcaram no VLT do João Castelo?



Como diz o Haroldo Saboia (PSOL):

"Cadê o GPS e o Bilhete Único prometidos pelo prefeito, Edivaldo Jr, e seu vice, Roberto Rocha, do "condomínio" do Flávio Dino? Embarcaram no VLT do João Castelo?"


segunda-feira, 26 de maio de 2014

EdiCAOS, EdiNADA ou EdiVALA? Vote no melhor apelido para a gestão Holandinha



EdiCAOS, EdiNADA ou EdiVALA?

Qual o melhor apelido para a administração municipal de São Luís?

Deixe sua opinião na enquete do Ecos das Lutas.

Vote: aqui.Ou na enquete ao lado, no próprio blogue.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Quase nada para Educação, Saúde e Transporte: orçamento de Dilma privilegia capital financeiro








Orçamento da União 2014 - dos R$ 2 trilhões 383 bilhões, 42% destinados para juros e amortizações da dívida.
 
Já para a Educação, 3,49%;

Para a Saúde, 4,11%;

Para transportes, 1,03%;

Para a política pública de desporto e lazer, 0,09%...

Esse é o nosso Orçamento padrão Fifa para 2014!!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

NO MARANHÃO DOS SARNEYS, NA CIDADE DOS HOLANDAS E NA UFMA DO SALGADO: protestos, paralisações, mobilizações...



Interdição da BR 222, em Açailândia (MA): já dura mais de 24 horas
Moradores de povoado com mais de 10 mil habitantes reivindicam segurança
"MAS A ROSEANA DIZ QUE TA TUDO MUITO BOM, TA TUDO MUITO BEM!!!!!"
Fonte: Reynaldo Costa

Protesto no PAC Rio Anil, bairro da Liberdade...
Reação da Polícia dos Sarneys...
Fotos: Altermar Moraes
Professores em Dia Nacional de Paralisação das Universidades Federais
Foto: Anel

Alunos da UFMA, campus Bom Jesus, em greve há 41 dias:
protesto contra o reitor Natalino Salgado.
Foto: Via de Fato

"Termelétrica Porto do Itaqui (responsável por essa fumaça), instalada na Ilha do Maranhão, gera energia a partir da queima de carvão vindo da Colômbia (queima de carvão é uma das formas mais poluentes pela qual se obtém energia). Essa energia não é, a despeito do que dizem os lobos da política local e nacional, para "alimentar o Maranhão", mas para alimentarem-se a si mesmos, em sua ganância por poder e dinheiro. A termelétrica, que pertencia ao aventureiro Eike Batista (foi vendida para outro grupo) já matou, por deslocamento da área, uma comunidade inteira (Vila Madureira), e vem sufocando a zona rural de São Luís"
Foto: Cláudio Castro
http://www.suacidade.com/sites/default/files/images/viaduto.jpg
Cidade alagada...


...Trânsito caótico... Cidade em lixo...
Quando o prefeito Edvaldo Holanda Jr
vai tomar posse????

[Fonte: Luis Antonio Pedrosa e Joel Jacintho]



domingo, 18 de maio de 2014

SILÊNCIO NADA INOCENTE

O debate sobre Desenvolvimento
que nem Lobão Filho nem Flávio Dino querem...
Franklin Douglas (*) 

Sequestram o povo do debate sobre o modelo de desenvolvimento para o Maranhão.
Como? Simples: ocultando, ignorando, silenciando aqueles que ousam questionar o modelo instaurado no país desde a Ditadura Militar (anos 1960-1980) e reforçado pelo governos civis que a sucederam (de Sarney a Dilma, passando por Collor, Itamar, FHC e Lula – anos 1990 até hoje).
Nesse modelo, resta ao país o papel de fornecedor primário de insumos e matérias-primas aos países industrialmente desenvolvidos. Nessa economia de “enclave”, vão-se  o minério de ferro, o alumínio, o nióbio, dentre outros de nossos minerais, a preços ridículos; voltam-nos produtos manufaturados a preços exorbitantes. Trata-se da reiteração da lógica do velho pacto colonial existente entre Brasil e Portugal, entre os séculos XVI e XVIII. Mudamos apenas de metrópole.
Denuncia o professor Aluísio Leal (UFPA):
“- Em 30 anos, retirou-se 50 milhões de toneladas de manganês do Amapá,  deixaram lá apenas uma imensa cratera cercada de mato;
- Uma tonelada de minério custa 1.500 dólares, uma tonelada de avião custa 50 mil dólares e uma tonelada de satélite custa 5 milhões de dólares: o Brasil só produz o minério...
- O Brasil continua se especializando em produzir gado, soja (para consumo de animal criado na Europa) e minério, um país primário-exportador;
- Nossa Amazônia foi apenas mais um espaço do saque. Nenhuma perspectiva de desenvolvimento efetivo para a região... Os projetos minerais são pensados para durar, no máximo, três ou quatro décadas e, depois disso, as multinacionais vão embora”.
Na ponta de lança desse modelo está o Maranhão: mero fornecedor primário-exportador. É esse o desenvolvimento, que vigora nos últimos 50 anos, que queremos ao Maranhão?
Eis a pergunta que incomoda oligarquia e oposição consentida.
As duas candidaturas da estrutura oligárquica maranhense não querem esse debate. Pois a mínima reflexão sobre ele evidencia que as duas forças se equivalem na defesa de um mesmo modelo: o modelo de desenvolvimento maranhense capitaneado pelo tripé monocultura da soja-agronegócio/mínero-metalúrgico-Alumar e Vale/energético-Refinaria Petrobras e Termelétrica Eike Batista.
Nem a candidatura Lobão Filho nem a candidatura Flávio Dino rompem com esse modelo devastador de nossas riquezas naturais.
Não por acaso nenhum dos candidatos se fez presente no Seminário Internacional Carajás 30 anos, que reuniu mais de 1.000 pessoas, de diversos países (Canadá, Itália, França, Argentina, Colômbia, Peru, Moçambique, etc.), os principais grupos de pesquisa da academia nessa temática (grupos da UFMA, UFPA, UEMA, IFMA, etc.), diversas nações indígenas (Awãs, Krikatis, Guajajaras, etc.), dezenas de organizações populares (MST, Justiça nos Trilhos, Fórum Carajás etc.) , organismos da Igreja Católica (Cáritas, CPT, CIMI etc.), estudantes, professores e militantes sociais. A ausência dos dois pré-candidatos explicita que eles querem que esse debate seja IGNORADO na agenda política de 2014.
Saudado por todos os bispos do Maranhão e pela CNBB, repercutido em órgãos internacionais dos países que estiveram no Maranhão, entre 5 e 9 de maio, para cobrir o seminário, o debate sobre o Projeto Carajás não mereceu uma linha na imprensa tradicional maranhense; uma imagem nos telejornais da capital; um segundo no radiojornalismo maranhense. Esse debate não VALE ser pautado. É preciso que ele seja OCULTADO da esfera pública de discussão.
Mas, e a blogosfera, o campo supostamente mais democrático da rede mundial de computadores? Dividida entre sarneyzistas, dinistas e seus satélites, também nela o debate foi INTERDITADO, para não causar embaraços a seus candidatos.
E, assim, NÃO VALE DEBATER O FUTURO DO MARANHÃO, que não seja sob a lógica oligarquia Sarney versus anti-oligarquia Sarney. Só interessa que o povo assimile os adjetivos, não questione os substantivos da política maranhense.
E o que se busca SILENCIAR nesse debate? Almeja-se desconhecer esta realidade:
O Seminário Internacional Carajás 30 Anos [...], após todos os debates, reflexões, articulações e mobilizações que fizemos ao longo do processo, incluindo os Seminários Preparatórios realizados em Imperatriz, Santa Inês, Marabá e Belém, afirmamos que:
- O extinto Programa Grande Carajás, cujas continuidades, hoje, são comandas pela Vale e seus parceiros, impôs um modelo de desenvolvimento que trouxe enormes prejuízos sociais, econômicos, políticos, culturais, artísticos, ambientais à Amazônia oriental. Mineração, exploração ilegal de madeira, indústrias poluidoras, pesca predatória, monocultivos, pecuária extensiva, especulação imobiliária no campo e na cidade, obras de infraestrutura provocam profundas alterações nas paisagens e nos modos de vida.
- Vivemos sob uma economia de enclaves, controlada por grandes corporações de alcance internacional e, assim como em várias partes do mundo, somos submetidos a: descomunal concentração de terras (a maior do país); poluição; destruição dos ecossistemas; concentração de renda; violência e assassinatos no campo e na cidade; trágicos conflitos fundiários; precarização do trabalho; trabalho escravo e infantil; desmonte da legislação trabalhista, ambiental e territorial; processos compulsórios de migração; aumento da miséria; genocídios de povos e comunidades tradicionais; desigualdade de gênero; marginalização da juventude e velhos.
- [...] chamamos a sociedade da Amazônia, do Brasil e internacional a refletir e resistir contra o desenvolvimento imposto pelo capital e a lutar por: soberania dos povos; democracia popular; reforma agrária; demarcação de territórios indígenas, quilombolas e de populações tradicionais; direito à moradia; soberania alimentar;  conservação do ambiente; respeito às culturas e tradições; Enfim, lutar pela vida.” (CARTA DE SÃO LUÍS).
Chico de Oliveira reflete que, em 60 anos de experiência democrática, o Brasil teve 35 anos de ditadura (Getúlio Vargas – 1930 a 1945; e Militar – 1964 a 1984). Lembremos que nos últimos 60 anos de estrutura oligárquica (de Vitorino Freire a José Sarney), imperou no Maranhão a lógica que ignora, oculta, silencia, interdita a participação do povo no debate sobre os rumos de nosso estado.
No Brasil e no Maranhão, o que se tem de debate democrático na esfera pública foi conquistado pela luta dos movimentos populares, por aqueles que nunca foram considerados na cena política.
Aqueles que se esquivam dessa realidade, desse debate, mantêm um SILÊNCIO NADA INOCENTE que reforça a ideia de que ao povo só cabe o voto, no dia da eleição, e nada mais!

(*) Franklin Douglas -  jornalista e professor, doutorando em Políticas Públicas (UFMA), escreve ao Jornal Pequeno aos domingos, quinzenalmente. Publicado na edição de 18/05/2014, opinião - p. 03

Artigo Wagner Baldez(*) - A RIDÍCULA PRETENSÃO DE UM FILHOTE DE LOBO




Wagner Baldez (**)


Sendo o lobo um ser reconhecidamente matreiro, Lobinho admite que, usando dessa finória qualidade, encontrará os recursos necessários para ocupar a toca dos leões!
Embora sabendo das dificuldades, jamais desistira dessa empreitada, principalmente por sentir-se dominado pela fascinação com o poder: força genealógica que lhe eriça o pêlo, sobretudo a partir do momento em que o PAI LOBO assumiu a governança do Estado.
Ao analisar cuidadosamente a situação política, o que de imediato lhe ocorreu foi a certeza de nunca o seu nome ter sido cogitado para a sucessão do governo do Estado, figurando, isto sim, o nome do Luís Fernando como imposição do clã Sarney.
Talvez porque Dona Roseana tenha imaginado que por pertencer seu candidato à comunidade ribamarense, sendo, inclusive, seu representante na Prefeitura, teria a bênção e o milagre operado pelo santo-padroeiro da urbe. Mas São José de Ribamar não operou o milagre esperado, já que a preferência do eleitor pelo candidato oficial empacou nos 12%.   
Diante de situações nebulosas, o lobo, animal notívago por natureza, sente-se mais à vontade em seus passos. Com calculada desenvoltura, Edinho Lobinho apresenta-se como o único disposto a abocanhar o butim palaciano das famélicas hienas bajuladoras da corte, e lança-se candidato à sucessão governamental!
Muita cautela deverá ter a ovelha – o eleitor desavisado que vê o moço na televisão com ares de Lobo-homem. Pois, quais as reais qualidades que Edison Lobão Filho possui para pleitear o mais expressivo cargo do Estado? Que nos apresente uma única contribuição em favor do engrandecimento do Maranhão!
O que o povo sabe de seus notáveis feitos é ter enriquecido como fabricante de “pães de ouro”, na Serra Pelada, no exíguo período de três anos!!! E olha que nem o proprietário da Panificadora Cristal, o José Frias, considerado o maior do ramo neste Estado, conseguiu em seus 50 anos de atividades o que o miraculoso Edinho amealhou naquela época!!!
O que o maranhense sabe, também, é que quando o LOBO PAI era governador, o filho tornou-se conhecido por Edinho 30.
No conto infantil “Chapeuzinho Vermelho”, dos irmãos Grimm, a assustada menina pergunta ao lobo mau: “Mas para que serve essa boca assim tão grande?!” Os contratados pelo Estado à época do governo-pai sabiam a resposta na ponta da língua: a boca de Lobinho – comenta-se, abatia quase um terço de toda negociata com o governo do Estado.
Entretanto o fato imbatível de sua biografia foi ter ultrapassado o campeão mundial de velocidade, Airton Senna. Este, segundo farta divulgação da mídia nacional, teria sido entrevistado pelo Jô Soares, em 1990, sobre a compra de uma mansão e sobre se teria enriquecido.
Deixemos a resposta com o próprio Senna: “Comprei a casa em várias parcelas. Rico mesmo é o filho do governador do Maranhão, que comprou uma mansão ao lado, maior que a minha, à vista, e em dinheiro vivo”.
Airton Senna, era do Brasil; mas Edinho Lobão, pasmem, era do Maranhão!!!
É claro que se alguém se dispuser a mensurar o perfil dos dois pré-candidatos(?) a ocupantes do Palácio dos Leões, não há de ter dúvidas que o Luis Fernando é mais palatável ao eleitorado maranhense. Ora, se mesmo nessa mais cômoda posição, não conseguiu ir além dos 12% de intenções de votos, imagine-se o que estará reservado ao enteado político Lobinho?!
Mas Edinho deve pensar de si para si: podia não ter a proteção de santo, mas nas noites de lua cheia, os lobos adquirem estranhos poderes mágicos de transmutação, conforme rezam as lendas.
Por isso, todo maranhense de bem deve nesse 03 de outubro cortar pela raiz a maldição, afastando de nosso convívio o candidato da situação de sinistras intenções. Que vá esse filhote de lobo procurar sua matilha lá pras matas do Mirador, pródigas dos de sua espécie!   

*Escrito em co-autoria com Simei Ribeiro (servidora pública)

(**) Wagner Baldez - Funcionário Público Aposentado, é membro da Comitê de Defesa da Ilha e fundador do Instituto Maria Aragão. Integra a Direção Estadual do PSOL/MA.

sábado, 17 de maio de 2014

Artigo Wagner Baldez - O DEPUTADO SURO


Wagner Baldez (*)

A população cordina despertou de alma festiva, ao ter notícia da visita que o dr. Henrique de La Rocque faria a essa urbe sertaneja.
Seria a oportunidade das pessoas conhecê-lo pessoalmente: desejo este nutrido há tempo, por tratar-se de um ilustre conterrâneo, cujo serviço prestado à nação – principalmente na era Vargas -, tornou-se o motivo de sua consagração como homem público.
Tão logo anoitecera, a sala de nossa residência encontrava-se completamente ocupada pelas pessoas ansiosas em cumprimentá-lo, inclusive declarando apoio à sua candidatura.
Nesse ambiente de cordialidade, tivemos a satisfação da presença, recém-chegada, de José Maria Uchôa, remanescente do fundador da cidade.
Ressaltamos, por oportuno e necessário, não se tratar apenas de tão significativo fato histórico, mas também pela dimensão de suas excelsas virtudes, inspirando-nos à produzir um breve comentário a respeito de sua pessoa: Uchôa era um desses viventes dotado de uma admirável cultura livre; sendo por nós outros tratado por filósofo. De bengala a sustentar-lhe o peso da idade avançada, dava aparência de Diógenes, sábio e filósofo grego; sobretudo nas noites, em que conduzia o seu lampião, o qual lhe facilitava na labuta de localizar e capturar insetos que infestavam a vegetação às margens do rio Corda. Citado produto era remetido para as instituições cientificas em São Paulo, sendo modestamente remunerado.
Jamais estendia as mãos à caridade pública. Só recebia oferta quando feita espontaneamente por amigos e admirados. Em tais ocasiões, tinha por hábito agradecer com palavras bastante sugestivas:
“Deus te livre do mal vizinho; da poeira do caminho e do nocivo efeito provocado pelo capitalismo!”.
Pois bem ... no momento em que se aproximava do Dr. La Rocque, saiu-se com esta tirada: “se cá me encontro é com o único desejo de conhecer o deputado suro – expressão que causou espanto geral entre os que se encontravam no recinto, por não entenderem o significado da mensagem! Alguns até admitiram tratar-se de falta de cortesia ou fina crítica; aliás, normal no procedimento do filósofo em algumas circunstâncias...
A partir desse instante, o silêncio instalou-se de forma sepulcral!
O autor da expressão, sentindo o clima desconfortável, apoderar-se dos circunstantes, procurou, de imediato, reverter a situação, usando da seguinte explicação: “se assim me manifestei, é por não ter ele “rabo” em condições  suficientes que possa alguém segurá-lo na intenção de incriminá-lo. Basta o conceito que lhe é atribuído ao nível nacional como sendo um personagem sem jaça, isento dos vícios da corrupção cultivadas pela maioria dos políticos de nosso estado e alhures”.
Mediante consubstanciado informe, ouviu-se o prorromper de palmas aclamando ambos os personagens.
Em breve pronunciamento, o Dr. La Rocque agradeceu carinhosamente a presença dos que ali se encontravam; palavras que se tornaram hóspedes das lembranças de seus inúmeros admiradores.


(*) Wagner Baldez - Funcionário Público Aposentado, é membro da Comitê de Defesa da Ilha e fundador do Instituto Maria Aragão. Integra a Direção Estadual do PSOL/MA.