quarta-feira, 28 de maio de 2014

Ideia que o prefeito EdNADA desconsiderou para o transporte da cidade: preferiu o mirabolante GPS nos ônibus e o BRT, e nada da promessa do Bilhete Único



Diogo Pires Ferreira é arquiteto formado em São Luís, Maranhão, de onde ganhou o mundo. Fez parada em São Paulo e, em seguida, foi fazer mestrado em Barcelona. Lá, aliou-se ao projeto La Ciudad Idea, sobre Barcelona, e fez da sua tese um projeto viário para sua cidade natal.

São Luís atingiu em 2010 a marca de 1 milhão de habitantes e, com 835 km2, ocupa uma área equivalente à metade de São Paulo. Já é maior que Salvador (700 km2), Curitiba (435 km2) e até Madrid (605 km2).

Como outras metrópoles, cresce se espalhando territorialmente e fragmentando as funções urbanas. Áreas de residência e comércio estão cada vez mais distantes. A possibilidade de caminhar para realizar as tarefas básicas do dia-a-dia mingua. Comprar pão precisa de carro.

Diogo fornece estatísticas locais que fazem pensar. Existem cerca de 600 mil habitantes com renda abaixo de R$1.000,00. O número de usuários do transporte público é próximo ao tamanho desse grupo, 572 mil pessoas. Subindo a ladeira da distribuição de renda, existem 138 mil pessoas com renda acima de mil reais e, novamente, outro número que quase empata: são 141 mil carros circulando em São Luís.

São Luís tem 185 linhas de ônibus. Somados os seus percursos, o total é de 5.386 km de extensão, maior do que a distância necessária para cruzar o Brasil de ponta a ponta, que é de 4.400 km.

O projeto de Diogo quer revalorizar a vida local e racionalizar as linhas de transporte público. Ele acredita que é possível consolidá-las em apenas 9 linhas de alta intensidade de uso, desenhadas para ligar os pontos mais importantes da cidade e facilitar a vida do usuário. Mais detalhes no animado e bem produzido vídeo do projeto. (Fonte: EcoCidades)



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