sábado, 29 de setembro de 2012

20 anos do impeachment de Collor: pra nunca esquecer



Quando assistimos aos vídeos abaixo, não tem como não constatarmos que o impeachment do Collor, há 20 anos, mais do que uma demonstração de força da juventude - que, evidente, teve papel importante no processo de mobilização (e fala aqui um daqueles "caras pintadas"!!) - foi um grande acordão de nossas velhas raposas políticas...


A contagem regressiva até os 336 votos pela cassação: aqui

As velhas raposas no impeachment: aqui

Os caras pintadas (a partir dos 5min28segundos): aqui

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

CATRACA LIVRE PARA CRIANÇA: uma bandeira do PSOL!

Castelo, Holandinha e W.O fogem do debate do Turismo




Do Blog do Bois

Edivaldo Holanda Jr. (PTC) não foi, não justificou o motivo da ausência e nem mandou representante.

Mesma postura de João Castelo (PSDB), Tadeu Palácio (PP),  Edinaldo Neves (PRTB) em discutir o turismo em São Luís com o setor produtivo e estratégico da cidade.

No encontro dos candidatos com o trade turísticos participaram apenas Haroldo Saboia (PSOL), Marcos Silva (PSTU) e a deputada estadual Eliziane Gama (PPS), que aproveitou o intervalo da sessão para dar uma passada no auditório da Assembleia, local do encontro entre o futuro prefeito da capital e setor turístico, organizado pelo Sindicato das entidades de turismo do Maranhão. (leia mais aqui)


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Castelo, Edivaldo e W.O fogem de debate com paróquia da área Itaqui-Bacanga



Por Enilson Ribeiro, via face


"Obrigado a todas e todos que foram ao evento ou que contribuiram com a sua divulgação,

Compareceram Marcos Silva, Eliziane Gama (PPS) e Haroldo Saboia.

Enviamos o convite com uma antecedência de 11 dias a tod@s @s candidat@s, apenas dois não confirmaram: João Castelo e Edvaldo Holanda.

@s outr@s todos deram sinal positivo. Mas apenas estes três tiveram o respeito e valorizaram a iniciativa da comunidade e se fizeram presente. Deixo assim uma reflexão pertinente:

Será que posso confiar em uma pessoa que não para pra me ouvir durante a campanha eleitoral? E depois de eleito? Ele vai me ouvir?!?! 

Reflita e faça uma escolha limpa que vise acima de tudo o bem comum!

Valeu!"

Que coisa feia Holandinha... mentindo na TV!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

RENOVAÇÃO CONSERVADORA- Folha exemplifica Edivaldo Holanda Jr como um dos descendentes de famílias tradicionais que disputam 14 capitais

DE PAI PARA FILHO:
Holanda Júnior é exemplo da "renovação" conservadora das famílias tradicionais na política 


PAULO GAMA e LUCAS NEVES - FOLHA DE SÃO PAULO (23/09/2012)

Ao menos 19 filhos ou netos de políticos são candidatos a prefeito de 14 das 26 capitais brasileiras [no infográfico da Folha, Edivaldo Holanda Júnior é exemplo de um deles].

Em cinco dessas cidades, os eleitores têm dois herdeiros entre os quais escolher: em Curitiba, Gustavo Fruet (PDT) - filho do ex-prefeito Maurício Fruet - concorre com Ratinho Junior (PSC), filho do apresentador Carlos Massa, ex-vereador e deputado federal (1991-1995).

Já em Manaus, o ex-senador Arthur Virgílio (PSDB), cujo pai foi deputado e senador, tem entre seus adversários Jerônimo Maranhão (PMN), filho de um dos fundadores de seu partido. O duelo de descendentes se repete em Recife, Natal e no Rio.

Na capital fluminense, Otávio Leite (PSDB), neto do ex-senador Júlio Leite, é adversário da chapa "puro-sangue" formada por Rodrigo Maia (DEM), filho do ex-prefeito César Maia, e Clarissa Garotinho (PR), herdeira do casal Anthony e Rosinha.

As duas candidaturas, no entanto, estão tecnicamente empatadas em terceiro lugar, com 3% e 4%, e veem Eduardo Paes (PMDB) disparar, com 54% das intenções de voto, segundo o Datafolha.

Dez dos "candidatos herdeiros" concorrem a prefeituras de capitais nordestinas.

Em Salvador, ACM Neto, da terceira geração do carlismo, é o líder do mais recente levantamento feito pelo Ibope.

Além dos filhos e netos, a lista de candidatos em capitais guarda outros parentescos. Teresa Jucá (PMDB), mulher do senador Romero Jucá (PMDB-RO), concorre à Prefeitura de Boa Vista.

José Benito Priante (PMDB) disputa a de Belém com o apoio do primo, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA).


CLÃS NA CÂMARA
Na relação dos concorrentes à vereança, tampouco faltam laços de família ilustres. Em São Paulo, ao menos oito parentes de políticos tentam uma vaga. Dois irmãos petistas, Arselino (já vereador) e Jair Tatto, buscam mandatos na Câmara. O clã também inclui Jilmar, deputado federal, e Ênio, estadual.

Em Porto Alegre, Goulart, neto do ex-presidente João Goulart, disputa pela segunda vez uma vaga de vereador. Não se elegeu da primeira. Sua campanha escancara: "Vote no neto do Jango".

No Rio, Leonel Brizola Neto tenta se reeleger para a Câmara. Da família do ex-governador, há ainda Brizola Neto, atual ministro do Trabalho.

O professor de ciência política da UFRJ Charles Pessanha afirma ser natural que filhos sigam a profissão dos pais, "até porque têm vantagens comparativas".

A "passagem de bastão" ganha contornos perversos, diz ele, quando famílias usam seu capital político para se perpetuar no poder, algo comum aqui por causa da oligarquização que caracteriza a sociedade brasileira.
"Com a modernização da prática política, o aumento da competição entre partidos e o incremento da cultura cívica, a prática tende a diminuir, mas não a desaparecer", afirma ele, que cita os Kennedy e os Bush para lembrar que o expediente não é exclusividade brasileira.
Colaboraram BRUNA BORGES e NATÁLIA PEIXOTO, de São Paulo

sábado, 22 de setembro de 2012

Artigo Wagner Baldez - O falso marxismo das esquerdas no Maranhão e os Partidos Progressistas de Fachada



É difícil acreditar que uma agremiação política que se diz marxista, como é o caso do PCdoB, neste Estado, venha apoiar candidatura reconhecidamente reacionária.

Logicamente que se trata de um procedimento condenável ou simplesmente uma aberração da mais alta ressonância ideológica. Logo agora em que há esforço do PSOL e do PCB no sentido de reconstruir uma frente sólida de esquerda, com finalidade de barrar as ações da direita.  Ações como estas é que respondem pelo atraso crônico em que se encontra o nosso Estado que, conforme indicadores fornecidos pela ONU, IBGE, FGV, é considerado a Unidade mais miserável da Federação.


Qual a razão dos partidos de esquerda não aderirem à proposta da Frente, cujo conteúdo é coerente com os ideais sustentados por tais agremiações?

Essa omissão acaba por decepcionar aqueles que desejam ingressar nos partidos ditos progressistas ou mesmo de esquerda.

Na verdade, o que tem faltado é o necessário espírito de renúncia e coerência nas suas convicções. Sabemos que uma expressiva parcela procura proteger seus interesses pessoais em detrimento da coletividade. Daí, inclusive, um dos motivos crescentes da rejeição imposta à classe política, como se observa.

Certamente, os túmulos dos próceres das esquerdas, como Prestes, Brizola, Arraes, Maria Aragão etc., estão a estremecer de revolta e vergonha diante do trágico comportamento de seus partidários em baixar a CERVIZ apoiando Partidos de Direita.

A esse respeito, causou-nos profunda tristeza o Dr. José Antônio (PSB), cidadão de moral ilibada, cultura jurídica incontestável e exemplo de parlamentar que foi, aceitar ser vice de Castelo!

Também nos deixou penalizado, presenciarmos na Rua Grande, a passeata dos candidatos Edivaldo Holanda Jr. e logo após a do Castelo: cada uma delas tendo à frente a faixa com a inscrição do PDT, já que o Partido se dividiu em duas alas, cada qual optando por um dos candidatos mencionados. Foi neste momento que percebemos o estigma da vergonha emoldurando a fisionomia dos participantes, principalmente dos membros que conduziam à gloriosa e tradicional faixa de um Partido que arrebatava os aplausos e acelerava os corações das multidões em nosso Estado, quando na verdade deveriam estar enfileirados com a Frente de Esquerda, se é que pretendem realmente o progresso de São Luís.

Derrotar a oligarquia Sarney é fundamental para o Maranhão sair do atraso em que se encontra. Mas só isso não basta...

Essa foi a lição que certamente o Dr. Jackson, com amarga experiência de sua cassação sordidamente tramada, deve ter aprendido.

Outro exemplo histórico, este com maior profusão, é o vitorinismo implantado em nosso Estado; ocasião em que era afirmado que, somente com a derrota desse político, o Maranhão estaria liberto de todos os sacrifícios. Pelo contrário: com o advento do Sarneysismo as coisas tenderam a piorar substancialmente em todos os aspectos.

Em resumo, se realmente existe interesse da parte do PCdoB, PDT, PSB, PPS em salvar São Luís, por que procuram se aliançar com PTC, PT, PP, oficialmente de direita? Não vamos nos iludir com essa tolice, pois, assim como o gato magnetiza e abocanha a ave de vôo altivo, eles abaterão nossos melhores ideais e se servirão da gente apenas para banquetear-se de sua ferocidade pelo poder.

(*) Funcionário Público Aposentado e Membro da Executiva Estadual do PSOL/MA





Haroldo, o verdadeiro guerreiro

Wagner Baldez (*)

Dizia Andrew Jackson, presidente dos Estados Unidos no século passado: "um homem de coragem faz uma maioria”. Exatamente o que aconteceu com Haroldo Saboia: corajoso, aguerrido, polêmico, coerente na defesa de seus princípios ideológicos; além do mais dotado de profunda sensibilidade e forte carisma. Esses os componentes principais a lhe substantivar a capacidade nessa obra de agregar em torno de si um contingente expressivo de leais admiradores!

O exemplo de fidelidade demonstrada a sua pessoa decorre de como tem ele se conduzido na vida pública: motivo pelo qual se tornou uma figura histórica consagrada no cenário político de nossa terra. E não há quem lhe deixe de reconhecer os méritos atribuídos pela maioria dos maranhenses!

Afirmam alguns que o eleitorado que acompanha Haroldo desde os primórdios de seu ingresso na política poderá ser comparado à torcida do Flamengo, nunca deixando de prestar o seu apoio, como afirmam: Haroldo até morrer!!!

A forma de Haroldo se consolidar no conceito do eleitorado é justamente o seu procedimento sem jaça, no exercício das lides parlamentares, quer seja no plano Federal, Estadual e Municipal, obtendo elevado destaque. Esta afirmativa é reforçada ou encontrada no jornal do Dieese que lhe conferiu nota 10, reiteradamente, pela sua atuação no Congresso Nacional. Afora o que acabamos de exemplificar, basta acrescentarmos haver sido o mesmo um dos condôminos do coração de Maria Aragão, e apóstolo dos ideais por ela sustentados. Enfim ela se tornara sua ardorosa eleitora. Da mesma forma como enfrenta, da Tribuna, os debates parlamentares, o faz nos combates travados nas praças e ruas, fazendo desses locais a sua trincheira de luta, dependendo onde e como aconteçam os fatos.

Embasado na sua inabalável convicção, nunca recuou das suas decisões, por saber que o homem público ao improvisar curvas, em vez de seguir linearmente na sua trajetória no momento em que é convocado para a luta em favor dos fracos e injustiçados, está propenso a não construir uma geometria de vida que lhe ofereça os melhores ângulos para alcançar as pretensões colimadas.

Para conhecer mais profundamente a participação de Haroldo nas lutas encetadas em nossa terra, basta recordar-nos o enfrentamento que teve, auxiliado por um pujilo de bravos companheiros (o ex-vereador Ananias Neto, Dr. Josimar Pinheiro e Padre Xavier), em defesa dos moradores de São Bernardo, João de Deus, Veracruz, Coroadinho, Padre Xavier, Cidade Olímpica e Sá Viana, locais onde acontecera um verdadeiro genocídio social.

Em nível nacional, combateu a ditadura militar, votou pelas Diretas-Já, em Tancredo Neves; aliás, em tudo que viesse beneficiar a Nação e, conseqüentemente, os brasileiros.

Convém, citarmos, para orgulho dos maranhenses, que a Cia Energética de Brasília na Administração deste nosso conterrâneo, foi eleita a melhor Empresa do país, recebendo prêmio pelo desempenho econômico e financeiro.

Na política local sempre se constituiu num ferrenho anti-sarneysista.

Este o perfil de Haroldo Sabóia, um talássico que se orgulha de ter nascido nesta Upaon-Açu dos tupinambás.

(*) Funcionário Público Aposentado e Membro da Executiva Estadual do PSOL/MA

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Erramos... enquete instituto de pesquisa mais desmoralizado reiniciada

Erramos na enquete, nos alerta um amigo: faltou o Instituto de pesquisa Amostragem.

Melhor corrigir logo e reiniciar a enquete  "NA SUA OPINIÃO, QUAL O INSTITUTO DE PESQUISA SAIRÁ MAIS DESMORALIZADO DESTAS ELEIÇÕES EM SÃO LUÍS?"

Acrescentaremos, na totalização final, os votos já dados. Então, continue opinando.

Agradecemos a correção.

Em busca do tempo perdido(I): Milton Temer entrevista Carlos Nelson Coutinho



Era fã do programa "Em busca do tempo perdido", apresentado pelo Milton Temer, na TVE Brasil. Nela, entrevistas inteligentes.

Fora da TV, Milton Temer aproveita das novas mídias e traz novamente ao público o bom, inteligente e instigante jornalismo de entrevista.

Acompanhem acima a entrevista dele com Carlos Nelson Coutinho, um de nossos mais brilhantes intelectuais brasileiros.

Haroldo Saboia denuncia processo de privatização da rede pública de saúde


Segundo Haroldo, por iniciativa da presidente em 20/09/2011 foi aprovado pelo Congresso Nacional a criação da empresa que prevê a privatização dos hospitais universitários.

O Imparcial On Line

Durante o debate organizado pelas organizações sociais no auditório da OAB-MA nesta quarta-feira, 19, o candidato da coligação "São Luís, o caminho é pela esquerda", Haroldo Saboia (PSOL), denunciou o processo de privatização da saúde no Maranhão, iniciado as partir da rede pública da capital.


"A saúde está sendo privatizada. O hospital do Ipem Carlos Macieira foi privatizado pela administração Roseana Sarney. As UPAs, que é um programa federal, até antes das eleições não atendiam pacientes trazidos pela SAMU, num claro recado de isto é meu do secretário Ricardo Murad. Por fim, até mesmo o hospital Presidente Dutra, por iniciativa da presidente Dilma Rousseff, será administrado pela empresa brasileira de administração hospitalar", elencou o candidato.

Segundo Haroldo Saboia, por iniciativa da presidente em 20 de setembro do ano passado foi aprovado pelo Congresso Nacional a criação da empresa que prevê a privatização dos hospitais universitários. Saboia chamou atenção para a participação do deputado federal Edivaldo Holanda na aprovação da proposta da presidente Dilma. Para o candidato a prefeito de São Luís a privatização do hospital administrado pela UFMA trará graves conseqüências para a população de São Luís.

Haroldo Saboia citou a discrepância entre a rede pública e a rede privada, abastecida financeiramente pelo Sistema Único de Saúde, comparando a quantidade de aparelhos de hemodiálise existente nos hospitais socorrões, um em cada unidade, enquanto que no em uma clínica privada no bairro da Cohama, pertencente ao reitor da Ufma, Natalino Salgado, existem 120 equipamentos para o mesmo tratamento.

O candidato da coligação PSOL-PCB tem apresentado como proposta para melhorar quantitativamente o atendimento o funcionamento das quatro unidades de saúde pertecente à rede municipal de saúde em São Luís, e a construção de mais três, perfazendo sete no total. As novas unidades seriam geograficamente distribuídas nas administrações regionais. A proposta de criação das administrações regionais, apresentada pelo candidato quando era vereador na Câmara de São Luís em 2003, está sendo agora ratificada pelo candidato a prefeito.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

QUEM TEM MEDO DE DEBATE? Hoje tem debates na OAB e Stédile no Instituto Jackson Lago

Castelo, Holandinha e W.O: medo do debate?

Nesta campanha já tivemos vários debates:

- (1) No dia 15 de agosto, à tarde, na Assembleia Legislativa, organizado pelas entidades de Enfermagem: os candidatos Washington e Edvaldo Holanda Jr (mandaram seus vices) e João Castelo (nem vice mandou) não foram... o PSOL foi!

- (2) No dia 15 de agosto, à noite, no CRM-Conselho Regional de Medicina: os candidatos Washington e Edvaldo Holanda Jr (mandaram seus vices) e João Castelo (nem vice mandou) não foram... o PSOL foi!

- (3) No dia 24 de agosto, à noite, na Paróquia da Cidade Operária: os candidatos Washington, Edvaldo Holanda Jr e João Castelo não foram... o PSOL foi!

- (4) No dia 15 de setembro, pela manhã, organizado pela Rede Amiga da Criança e pelo Fórum DCA: nem Castelo, nem Holandinha foram. E não assinaram a Carta Compromisso com os Direitos da Criança... o PSOL foi e assinou!

- (5) No dia 17 de setembro, organizado pelo COREN (Conselho de Enfermagem): Holandinha não foi, nem Washington, nem Castelo (que enviou o vice)... PSOL foi!

- (6) No dia 18 de setembro, organizado pelo CRO-Conselho Regional de Odontologia: Holandinha não foi, nem Washington, nem Castelo (que enviou o vice)... PSOL foi!

Ou seja, até aqui:

CASTELO E EDIVALDO HOLANDA JUNIOR FALTARAM A TODOS OS DEBATES!

Eis o modo democrático quem ambos querem administrar a cidade. Um já se sabe que não gosta de debate democrático, o outro já dá pistas.

Debates na OAB
Hoje tem mais dois debates: das organizações sociais (SMDH, Cáritas, MST, Moradia, CMP, Quilombo Urbano, Pastorais, jornal Vias de Fato etc), às 15h, e da Comissão Justiça e Paz, às 19 horas. Será que Castelo, Washington e Holandinha vão?

Stédile no Instituto Jackson Lago

Às 18 horas o Instituto Jackson Lago realiza conferência com João Pedro Stédile, da direção nacional do Movimento dos Sem-Terras. PSOL sempre presente!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

QUAL INSTITUTO DE PESQUISA SAIRÁ MAIS DESMORALIZADO DESTAS ELEIÇÕES EM SÃO LUÍS?




Nova enquete no Ecos:

Na sua opinião, qual o instituto de pesquisa sairá mais desmoralizado destas eleições em São Luís?

Vote numa das cinco opções: Constat, DataM, Escutec, Econométrica ou Perfil.

Tiramos o Ibope da votação porque aí seria covardia com os institutos maranhenses, embora estejam seguindo o mesmo caminho.

O Ibope foi quem, em 2006, apontou a vitória de Roseana Sarney ao governo do Estado com 72% dos votos, no primeiro turno. Teve segundo turno, e o vencedor foi Jackson Lago.

O mesmo instituto estimou, em 1998 e em 2002, míseros 4% dos votos para Haroldo Saboia, que disputava o Senado. Nas urnas, ele obteve 33% dos votos!

Foi também o mesmo que apontou Bira do Pindaré, em 2006, com menos de 5% dos votos. O petista teve 500 mil votos.

Pesquisa não é voto apurado. Atenção a essa série de manipulações feitas pelos candidatos da velha política.

A enquete serve para lembrar o Ministério Público Eleitoral que é papel dele fiscalizar essas pesquisas. Até ações judiciais há, mas dormem na gaveta do juiz José de Jesus Guanaré...

PSOL homenageia luta pela meia-passagem via poesia de Joãozinho Ribeiro





MEIA PASSAGEM (*)
Joãozinho Ribeiro

São Luís, setembro, setenta e nove:
Veloz esgota-se a tarde
E o dia formando os meses
Que assim vão contando a vida
Mil e novecentas vezes

17, setembro, presente!
Paisagem feita de tempo
Na oficina da história
Guardada feito lembrança
Na gaveta da memória

E os companheiros de outrora?
Em que praça passam as horas?
Nas palafitas, sobrados?
Na luta agora embutida
Em armários de aço silentes,
Por onde navegam as noites?
Nos finais de expediente?

17, setembro, e o povo?
A luta ainda continua?
Ou ficou no meio da paisagem
Abandonada nas ruas?
Carregando outras bandeiras
Que nunca mais foram suas?
E a rebeldia da Ilha,
Protocolou-se também?
Vendeu-se e acomodou-se
Em cargo lhe convém
Feito um discípulo Iscariotes
Na nova Jerusalém?

São Luís, setembro, cidade
Das minhas dezenas de abris
Quem te passeia não sabe
Dos setembros que completas,
Da luta da meia passagem
Pichada em letras de muro,
No coração de um poeta.

(*) adaptado do livro Paisagem Feita de Tempo

Igor Lago divulga Carta de Apoio a Haroldo Saboia


"São Luís

Nos seus 400 anos, São Luís, outrora Upaon-Açu – terra dos Tupinambás, vive os enormes desafios de uma grande cidade brasileira. Mas, com um agravante: a sua conhecida e trágica desigualdade social, exacerbada em relação às outras grandes cidades.

Em sua história política recente, as administrações Jackson Lago foram um marco de realizações em todas as áreas, seja na saúde, na educação, na infraestrutura, na cultura, etc. Sempre voltadas para combater essa mazela de nosso estado e país.

A sua liderança política na capital maranhense, posta à prova em várias eleições, não tem outra justificativa. Não tinha poder econômico, televisão, rádios ou jornais. Enfrentando o império de comunicação construído ao longo dos já quase 50 anos de domínio oligárquico - o conhecido Sistema Mirante e seus apêndices, o qual batizou de “Sistema Mentira”, devido ao tipo de jornalismo empreendido que, muitas das vezes, nas disputas políticas e eleitorais, esquece as regras e o papel de uma concessão num sistema democrático para privilegiar os objetivos políticos e eleitorais de seus patrões-proprietários, Jackson Lago impôs, em São Luís, várias derrotas eleitorais aos poderosos de nossa terra, exceto a última eleição de 2010, quando a sua imagem foi desgastada pelos ataques ao seu governo, algumas das vezes com a colaboração de alguns de seus próprios membros auxiliares, assim como pela exploração da segurança jurídica de sua candidatura, feita tanto pelos sarneyístas como pelas oposições lideradas pelos senhores Zé Reinaldo e seu então candidato Flávio Dino.

Estas eleições de 2012 serão as primeiras após o seu falecimento. Percebe-se o vazio que deixou em todos nós, goste-se de mais ou de menos. Quando reorganizamos o PDT de forma democrática e sob o seu legado, pretendíamos homenageá-lo com um grande debate a respeito de São Luís, bem como encontrar as melhores posições pelo estado afora.  

Infelizmente, o nosso partido também foi alvo da vilania, de interesses pessoais e partidários outros, que os atuais dirigentes (nomeados pelos dois chefes nacionais que andam sumidos nesses tempos de campanha eleitoral!) são apenas serviçais com o único objetivo de locupletar-se.

O Comitê de Resistência Democrática Jackson Lago – movimento idealizado dentro de nosso partido para se contrapor aos atuais chefetes-, discutiu a tese da candidatura própria e lançou o nome do ministro Edson Vidigal que, num ato de  solidariedade à luta partidária, aceitou esse desafio de se contrapor ao que estava estabelecido ao nosso partido, isto é, não cumprir com a própria resolução nacional e coligar-se à candidatura do deputado federal Edivaldo Holanda que, compensatoriamente, licenciou-se por 4 meses para o seu amigo e tão afamado suplente.

Após todas as tentativas, não obtivemos êxito. Decidiu-se, então,  que o Comitê não apoiaria nenhum nome nesse primeiro turno, porém, com a liberação de que cada um tomasse a sua decisão pessoal. Não participei dessa última reunião por compromissos profissionais. Mas senti-me à vontade de expressar, desde o início, a minha posição contra a candidatura Holanda, por representar tudo o que combatemos no nosso partido. 

Representa a “velha política” feita por “novos atores”, nada mais! Essa candidatura, a rigor, é fruto de um grande conchavo que se iniciou há quase 2 anos, com a participação dos senhores Carlos Lupi e seu menino de ouro, Julião Amin, Edivaldo Holanda, o pai, e Flávio Dino. Este, inclusive, revelou o conchavo em declaração recente à imprensa. Não compactuo com essa política pequena, mesquinha, baixa, de interesses, de interferir sorrateiramente nos partidos, de atropelar o processo democrático... Longe disto!

Há 20 dias das eleições, expresso o que já venho fazendo há mais de um mês aos amigos, companheiros e outros interlocutores: No dia 07 de outubro, votarei no candidato Haroldo Saboia (PSOL) para prefeito de São Luís.

Conheço Haroldo Saboia desde os meus 9 anos de idade, quando candidatou-se e elegeu-se deputado estadual pelo MDB em 1978.

Conheço a sua participação na luta contra a implantação da ALCOA na ilha de São Luís; na luta pela Anistia; a sua solidariedade aos estudantes na Greve de 79; na luta pela redemocratização do país; pelas Diretas Já, etc.

Sei de suas boas atuações como deputado estadual por 2 mandatos, deputado federal  por  3 mandatos e vereador de São Luís por 1 mandato, incluindo o privilégio de ter sido Constituinte.

Reconheço, também, o seu importante papel na aliança política que elegeu Jackson Lago prefeito de São Luís em 1988.

Portanto, opto por votar num candidato a prefeito que tem identidade e história com as lutas populares e democráticas de nossa cidade. E não é difícil reconhecer que tem as melhores propostas!

Isto, ninguém pode tirar do Haroldo Saboia, 50!


São Luís, 17 de setembro de 2012.

Igor Lago"

De que lado você samba?

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

1/2 passagem ou 1/2 cidade: o vídeo de Cintra, Euclides e Murilo Santos que eterniza as imagens de uma luta inesquecível



Versão em 30 minutos pode ser vista aqui.

Movimentos repudiam violência no Grito dos Excluídos


NOTA DE REPÚDIO AO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO 
“Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda a população!”
 “Por uma São Luís sem Exclusão!”

No último dia 07 de setembro, conhecido como Dia da Pátria, que é símbolo de liberdade e resistência a todo sistema de opressão neste país, uma parcela da população de São Luís, revoltada com o derrame de dinheiro do povo do Maranhão, nas comemorações dos 400 anos dessa cidade, foi às ruas a fim de denunciar publicamente a contradição e a mentira que é tudo isso!
Considerando as comemorações dos 400 anos com shows milionários e construções às pressas, uma afronta à dignidade dos filhos e das filhas deste Estado.
O dia 7 de setembro, desde 1994, não é mais sinônimo de desfile Militar tão somente. Não há mais como falar em dia da Pátria, sem levar em conta o Grito dos Excluídos e Excluídas. A verdadeira festa da democracia é no dia sete, quando pelo Brasil a fora, milhares de pessoas, que acreditam e sonham com outro mundo sem exclusão, sem injustiças, saem às ruas com suas bandeiras e palavras, cantos e indignação, a fim de denunciar o velho sistema e anunciar o dia da liberdade dos povos deste chão.
Ocorre que no Maranhão, até isto é proibido! Quer dizer, a política escravocrata implantada neste Estado, nas suas diversas esferas, insiste em não permitir que seus filhos sejam de fato LIVRES, para se pronunciar e questionar as mentiras impostas.
É por isso que no dia 7 de setembro de 2012, em São Luís, o Grito dos Excluídos foi marcado por sucessivos atos de violência por parte do aparato Policial do Maranhão, comandado há quase 50 anos por uma oligarquia imoral e inescrupulosa, atualmente somando nas duas esferas com a “não-gestão” da senhora Roseana Sarney no âmbito estadual e do senhor João Castelo, no município de São Luís.
O grupo estava cheio de vontade de soltar seu grito reprimido pela arrogância dos que comandam este Estado. Formado por pessoas de comunidades atingidas pelos projetos sujos dos governos estadual e municipal, freiras, padres, operários, jornalistas, sindicalistas, artistas, professores, militantes de movimento sociais, estudantes e também militantes de partidos políticos, saíram em marcha e entraram na avenida, quando foram agredidos no seu legítimo direito de se manifestar por policiais despreparados e truculentos, que atacaram sem qualquer constrangimento, gente do povo cujas únicas armas que possuíam eram as bandeiras e faixas com denuncias e palavras de ordem.
Atacaram e agrediram mulheres que portavam bandeiras de luta contra a discriminação e o racismo que, diariamente, violenta comunidades inteiras em São Luís. Elas tiveram suas bandeiras arrancadas, que nas mãos dos policiais se transformaram em instrumento repressor.
Outras pessoas levaram spray de pimenta no rosto, socos, chutes e pontapés, empurrões e insultos.
As atividades jornalísticas quiseram amordaçar, os policiais tentaram de todo jeito impedir o registro em fotos e/ou vídeos do que estava ocorrendo na manifestação, principalmente a violência praticada por eles. Dois dos manifestantes que claramente estavam registrando o ato, foram reprimidos, sendo que um deles, o jornalista e membro das comunidades Eclesiais de Base – CEBS, Ramon Alves, foi violentado de forma escandalosa, arrastado pelo asfalto, algemado e preso no camburão de uma viatura da Polícia Militar, sendo levado como um criminoso para o plantão Central em São Luís.
É por tudo isso e muito mais que REPUDIAMOS de forma veemente toda atrocidade que acontece diariamente nesse Estado e nesta cidade, contra os excluídos de alimentação, de saúde, de moradia, de educação, de água potável e de segurança.
REPUDIAMOS a violência praticada contra as manifestações sociais por justiça nesta cidade.
REPUDIAMOS a criminalização dos movimentos sociais por este Estado ditatorial e corrupto.
REPUDIAMOS a apropriação voraz dos territórios, pela especulação imobiliária e projetos dos governos estadual e municipal, que expulsam centenas de pessoas de suas casas como se fossem objetos.
REPUDIAMOS as medidas repressoras, discriminatórias e truculentas as quais as policias usam contra as manifestações sociais neste Estado.
REPUDIAMOS a postura do atual governo do estado do Maranhão, que reprime violentamente e desrespeita as manifestações públicas (como foi o caso recente do Vinhais Velho) e os movimentos dos trabalhadores, caso da greve dos professores e dos militares. O governo desrespeita a liberdade de expressão e o exercício da cidadania. E é por isso, que exigimos fim à criminalização de pessoas de bem neste Estado.
É por tudo isso e muito mais que CONCLAMAMOS a sociedade ludovicense a se juntar conosco neste grito por justiça no Maranhão, por justiça em São Luis. Grito por respeito as nossas crianças que não possuem sequer o direito a estudar e ao lazer.
Chega de repressão, da voz dos que querem dizer a verdade! Chega de violência e de desperdício de dinheiro nestas festas que afrontam nossa dignidade, enquanto povo deste torrão Maranhão.
Por último AFIRMAMOS que ninguém vai nos calar, ninguém vai nos impedir de caminhar nas ruas deste Estado, pois somos também filhas e filhos deste chão.
Afirmamos que vamos buscar responsabilizar o Estado do Maranhão, pelos danos sofridos pelos manifestantes do Grito dos Excluídos de São Luís. Vamos usar todas as ferramentas, mas acima de tudo, vamos usar da nossa organização, do apoio de mulheres e homens desta cidade e de outras partes deste mundo. Tudo isso para garantir que as filhas e os filhos desta terra possam ser de fato LIVRES!
Avante a organização popular por um Estado que garanta de fato direitos a todos seus filhos e suas filhas.

Assinam este manifesto:
Comitê das Assembléias Populares
União Estadual Por Moradia Popular
Central de Movimentos Populares
Grupo de Mulheres da Vila Embratel
Jornal VIAS DE FATO
Quilombo Urbano
PSTU
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
Partido Comunistra Brasileiro (PCB)
Resistência Petista
Movimento Ocupa São Luís
CSP/Conlutas
CEBS
PAJUP/UNDB
Comitê do Padre Josimo
Comunidades da Área Itaquí Bacanga
ACIB
Irmãs São José e São Jacinto
Irmãs de Notre Dame de Namur
LIDA
Anel
Comunidade Vinhais Velho
Associação de Moradores da Vila Cristalina
Fórum de Direitos Humanos do Maranhão
Mova São Luís
CEBI
MST
Mandato do Deputado Bira do Pindaré
Pastoral da Juventude
Quilombo Raça e Classe
Caritas Arquidiocesana
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Meia-passagem ou meia cidade: o depoimento de Ivan Teles

Meia-passagem ou meia cidade: o depoimento de Juarez Medeiros

Meia-passagem ou meia cidade: o depoimento de Joãozinho Ribeiro

Meia-passagem ou meia cidade: o depoimento de Agenor Gomes

“PORRADA NA MOÇADA” NUNCA MAIS

Praça Deodoro: palco da mobilização pela meia-passagem em 79


  Franklin Douglas (*) 

Neste dia, 17 de setembro de 2012, a luta pela meia-passagem em São Luís completa 33 anos. Em artigo publicado no Jornal Pequeno de 16 de setembro de 2004 (A greve de 79 e o grito sufocado), relembrei os 25 anos da luta estudantil pela meia-passagem, um dos grandes momentos registrados na História maranhense:
Iniciada pelos universitários, revoltados com o aumento de passagens concedido de surpresa pela Prefeitura de São Luís, a greve conquistou apoio de secundaristas, professores, trabalhadores e se constituiu numa espécie de "Maio de 68" da juventude maranhense. A greve de 79 explica-se mais pelo que denominaríamos de grito sufocado do que pela reivindicação em si ao direito à meia-passagem.
Em pleno tempo de Ditadura, o conjunto da sociedade vinha de um ciclo de altíssima repressão ao movimento social, com tortura, exílio e morte de muitas das lideranças democráticas do País. Sem a possibilidade de livre manifestação política, de liberdade de imprensa e direito à livre organização, o contexto motivou o apoio popular à bandeira estudantil. O apoio à meia-passagem representou um grito contra a censura, o regime militar, a carestia, o assassinato desenfreado de trabalhadores rurais na luta contra a grilagem de terras, a falta de moradia e de pão e feijão na mesa dos maranhenses!
(...) O momento histórico tornava o movimento estudantil a única expressão possível da sociedade maranhense sob o regime autoritário. A ponta de lança da luta pelo fim regime dos generais. Este grito sufocado ecoou na tribuna da Assembleia pelos discursos do então deputado estadual Haroldo Saboia, nas páginas do Jornal Pequeno a partir da intuição democrática de José Ribamar Bogéa, nas reuniões de mobilização do Pe. Marcos Passerini nos fundos da Igreja de São João, nos bairros por meio dos núcleos populares em ebulição mas, sobretudo nas ruas de São Luís através da garganta de cada estudante.
Tão grande quanto a mobilização da Greve de 1979 foi sua repressão. O caráter bipartidário da sociedade da época (MDB ou Arena) fez crer às autoridades de plantão (Governador João Castelo, Prefeito Mauro Fecury, reitor Cabral Marques) que o movimento não era outra coisa senão coisa dos comunistas!
Se mobilizar 35 mil pessoas nos dias de hoje já é algo extraordinário, imaginem na São Luís de quase três décadas atrás. Maior ainda a repressão a tantos. Pouquíssimos não registraram em suas memórias as bordoadas, cassetetes e chutes da Polícia Militar. Muito maior, contudo, a reação popular: quebra-quebra de ônibus, revolta nos bairros, mais mobilização. Uma pichação nos muros da UFMA revela bem ao ponto que a disputa chegara: meia-passagem ou meia cidade!”
Em 1981, ainda no chamado período pós-traumático da Greve de 79, movimento estudantil e popular mantinham a luta contra o aumento das passagens. Naquele ano, estudantes e populares ocuparam a Câmara Municipal a fim de impedir que os vereadores aprovassem o aumento das tarifas.
Vindo de uma audiência com o governador João Castelo, o presidente da Câmara dos Vereadores, Edivaldo Holanda, chegou anunciando que havia empenhado a palavra no Palácio dos Leões de que a Câmara seria desocupada, de qualquer jeito. À meia-noite, soldados isolaram a sede do Poder Legislativo municipal, à época onde funciona atualmente a JUCEMA, e fizeram uma espécie de corredor polonês de lá até a praça Benedito Leite. Após insistentes tentativas de negociação com o então deputado estadual Haroldo Saboia, o comandante encerrou conversas: “Deputado, chega de bate papo, agora é porrada na moçada!”. Quem sobreviveu também a essa “experiência”, e ainda está aí vivo, certamente lembra desse fato.
Como escrevi naquele artigo de 2004 “(...) a Greve de 79 enraizou no imaginário popular de São Luís a disposição de luta, de resistência e de ilha rebelde que os setores oposicionistas cultivam sobre a capital maranhense. Rememorar a cada ano esta conquista faz um bem danado à luta popular e à História do Maranhão, ainda que faça torcer o nariz dos donos do poder.
Esses registros nos servem para evidenciar o quanto a temática do transporte público está enraizada na população da capital, seja pela simbologia do que foi a maior conquista dos estudantes, a meia-passagem, seja por viver no dia a dia as dificuldades de um sistema falido de transporte.
São Luís tem memória. 33 anos depois, velhos personagens ou novos que já vêm envelhecidos, com suas propostas mirabolantes (VLT... GPS... BRT... Via Expressa...), ainda pensam que podem ludibriar a inteligência do cidadão e da cidadã da ilha rebelde.
Ledo engano. Nos tempos atuais, onde não existe mais a Ditadura dos Generais, não cabe mais “porrada na moçada”: nem com cassetete, nem com proposta mirabolante; nem nas ruas, nem nas urnas!


        
(*) Franklin Douglas - jornalista e professor, escreve para o Jornal Pequeno aos domingos, quinzenalmente. Artigo publicado no Jornal Pequeno (edição 16/09/2012, página 16)
Originalmente no artigo publicado no jornal impresso, iniciamos com o termo "Amanhã", alterado aqui no blog para "Nesta dia".