segunda-feira, 23 de maio de 2011

A posição do PSOL nas "eleições" da UFMA


SIRLIANE E CLÁUDIA DURANS - REITORAS
TODO APOIO ÀS CANDIDATURAS À REITORIA DA UFMA 
EM DEFESA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA, GRATUITA, DEMOCRÁTICA, TRANSPARENTE E DE QUALIDADE


Uma vez mais a UFMA passa por eleições para a reitoria. Uma vez mais dois blocos se articulam em posições antagônicas.

Um, apegado ao poder a qualquer custo (se precisar mudar as regras do jogo para ganhar a consulta, como já se fez, muda-se!), à bajulação do governante de plantão (seja FHC–Lula–Dilma, seja Roseana Sarney–José Reinaldo–Jackson–Roseana Sarney), à gestão obscura das fundações Sousândrade e Josué Montelo, à gestão antidemocrática da universidade, à concepção fast food da educação superior, voltada para os interesses do mercado.

Outro conjunto de forças comprometido com a resistência ao processo neoliberal que se alastra dos organismos internacionais às universidades brasileiras, defensor de uma consulta universitária que se encerre em si mesma, de gestão participativa-transparente-democrática da universidade, que não aderiu às benesses do poder Lula-Sarney, que constrói a universidade de qualidade no cotidiano da produção científica, que não se deixa cooptar e mantém a autonomia de suas entidades representativas.

Não há meio termo. Não há conciliação entre essas duas concepções de universidade. A eleição de reitor não pode ser uma dívida a ser paga do processo eleitoral externo à UFMA ou pelas bolsas estudantis recebidas do reitor ou pelo apoio a projetos de pesquisa, obrigação de uma instituição que se pretende referência na construção do conhecimento. Um bloco é expressão da aliança tucano-roseanista, sob apoio de setores lulistas. O outro bloco, é a afirmação das forças da autêntica esquerda universitária.

A próxima administração superior da UFMA NÃO PODE ATRELAR O FUTURO DA UNIVERSIDADE À ILUSÃO DO REUNI, como faz a atual administração. A implementação do projeto do governo federal para a universidade pública escamoteia o debate de seu desmonte com o projeto de expansão das vagas via REUNI, sem a previsão de recursos suficientes que acompanhe esse processo, resultando em salas superlotadas, quadro de professores insuficiente, falta de assistência estudantil etc. Esse quadro tende a se agravar, uma vez que, com o corte de mais de R$ 50 bilhões anunciados pela presidente Dilma, não se terá recursos suficientes para sanar os problemas da universidade pública brasileira, como também haverá dificuldades de concluir as obras iniciadas. Nesse contexto, O ENSINO À DISTÂNCIA NÃO PODE SER A BASE DA EXPANSÃO DA UNIVERSIDADE.

A próxima administração superior da UFMA NÃO PODE SILENCIAR ANTE À CORRUPÇÃO INSTALADA NA CONCESSÃO DE BOLSAS DA FAPEMA; NÃO PODE SER FICHA SUJA, com suas contas rejeitadas; NÃO PODE GESTAR OS RECURSOS PÚBLICOS A SEU BEL-PRAZER, sem consulta à comunidade acadêmica; ser intransigente e interditar o debate democrático dos rumos da UFMA ou intervir nas organizações representativas da comunidade, buscando sua cooptação; NÃO PODE MANTER ESSE PROCESSO DE ESCOLHA ANTI-DEMOCRÁTICO DE SEUS DIRIGENTES, ainda resquício da Ditadura Militar, sob o voto de uma consulta que pode simplesmente ser desconhecida pelo Conselho Universitário, como já ocorreu na UFMA pouco tempo atrás.

Diante de tudo isso, não há o que titubear. Para garantir a continuidade da luta e a resistência na UFMA, O PSOL MANIFESTA SEU APOIO ÀS CANDIDATURAS DAS PROFESSORAS SIRLIANE E CLÁUDIA DURANS. Para o PSOL, votar em uma delas é votar pela UFMA comprometida com a mudança na educação superior maranhense. Pela força da mulher, um caminho autônomo e de resistência à gestão da UFMA!

PSOL - Partido Socialismo e Liberdade

domingo, 22 de maio de 2011

Ecos do Twitter


 Academycus 

 A Branca! 


 FRANCISCO ARAUJO 


 sirlianereitora 

 Randolfe Rodrigues 


 Geraldo Castro 


 Carlos Leen Santiago 


 Dep. Domingos Dutra 


 Chico Alencar 

sábado, 21 de maio de 2011

Revista Fórum - Noam Chomsky: Dez formas distintas de manipulação midiática


1 – A Estratégia da Distração.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças que são decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais na área da ciência, economia, psicologia, neurobiologia ou cibernética.
“Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais” (citação do texto ‘Armas Silenciosas para Guerras Tranquilas’).
2 – Criar problemas e depois oferecer soluções.
Este método também se denomina “Problema-Reação-Solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que seja este quem exija medidas que se deseja fazer com que aceitem. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja quem demande leis de segurança e políticas de cerceamento da liberdade.

Ou também: criar uma crise econômica para fazer com que aceitem como males necessários o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3 – A Estratégia da Gradualidade.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, com conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira as condições sócio-econômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990.

Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego massivo, salários que já não asseguram rendas decentes, tantas mudanças que provocariam uma revolução se fossem aplicadas de uma vez só.

4 – A Estratégia de Diferir.

Outra maneira de fazer com que se aceite uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato.

Primeiro porque o esforço não é empregado imediatamente. Logo, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para se acostumar com a idéia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegar o momento.

5 – Dirigir-se ao público como a criaturas de pouca idade.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criatura de pouca idade ou um deficiente mental.

Quanto mais se pretende enganar o espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por que? “Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.

6 – Utilizar o aspecto emocional muito mais que a reflexão.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto-curcuito na análise racional, e, finalmente, no sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos.

7 – Manter o público na ignorância e na mediocridade.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância planejada entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser alcançada para as classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.
8 – Estimular o público a ser complacente com a mediocridade.
Promover a crença do público de que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto.

9 – Reforçar a auto-culpabilidade.

Fazer crer ao indivíduo que somente ele é culpado por sua própria desgraça devido à insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, em vez de se rebelar contra o sistema econômico, o indivíduo se menospreza e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição da ação do indivíduo. E sem ação não há revolução!

10 – Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem.

No decurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência geraram uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles que possuem e utilizam as elites dominantes.

Graças à biologia, à neurobiologia e a psicologia aplicada, o “sistema” desfrutou de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicológica. O sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que este conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que o dos indivíduos sobre si mesmos.

Noam Chomsky. Filósofo, ativista, autor e analista político estadunidense. É professor emérito de Lingüística no MIT e uma das figuras mais destacadas desta ciência no século XX. Reconhecido na comunidade científica e acadêmica por seus importantes trabalhos em teoria lingüística e ciência cognitiva.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Vende-se uma casa para pagar o IPTU!


O "Fora CAOSTELO" ganha redes sociais.

No facebook, por exemplo, um protesto via rede mundial de computadores, agendado para hoje, já reúnem quase 5 mil participantes (escrevo essa postagem às 10h...!)

Um dos participantes, Joaquim Ribeiro Sousa, bem lembra prefácio do parnasiano Olavo Bilac, no livro "LENDAS E TRADIÇÕES BRASILEIRAS", de Affonso Arinos:

 "Affonso Arinos resumiu, com precisão cruel, os males que nos adoecem e nos envergonham:

o desamparo ao povo, dócil e resignado, roído de epidemias e de impostos; a desorganização administrativa; a incompetência econômica; a ignorância petulante e egoísta dos que governam..."

E arremata:

 "Este era o Brasil de 1917! Qualquer semelhança com o Brasil de HOJE é mera coincidência! 

DE BRASÍLIA AOS MUNICÍPIOS, FORA OS MAUS GOVERNANTES!"


Há também muito bom humor com a péssima administração Castelo na Prefeitura de São Luís.

Esta do IPTU, de Ana Paula, é das mais curtidas: VENDE-SE UMA CASA PARA PAGAR O IPTU!


Confira aqui.

Poesia de Quinta - Número 129

Deíla Maia


Pessoal, 

Não sei se sou eu que estou ficando meio "doidinha", mas, recentemente, ganhei um outro livro da minha poetisa predileta, Florbela Espanca (obrigada, dr. Pedro Leonel!!!!), e passei a noite toda lendo-o... Parecia criança em loja de doce. Enquanto isso, tocava um CD da Amy Winehouse na minha sala... Fiquei comparando essas duas artistas, tão talentosas e tristes... Tão deslocadas do seu tempo, tão incompreendidas até. Achei-as bem parecidas... Tão corajosas em expor suas dores, seus desacertos e desatinos em seus versos tristes...

Há uma certa beleza fúlgida na tristeza, vcs não acham? 

Não sou uma pessoa deprimida, muito pelo contrário, mas confesso que tenho certa atração por estes artistas estilo "Mal do Século". Acho que elas duas são boas representantes desta categoria, apesar dos séculos que separam uma da outra. 

Domingo passado eu vi o filme "Biautiful" (escreve-se errado propositadamente), com Xavier Bardem, no cine Praia Grande. Bem triste também. E corajoso, ao mostrar coisas "feias e tristes" da tão rica Europa (imigrantes ilegais, pirataria, corrupção policial, exploração financeira da mediunidade). Ainda está passando até esta sexta-feira, eu acho. Vale a pena conferir!!! Mas preparem os lenços... kkkk

Beijos

Deíla 


A Vida 
Florbela Espanca

É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!
Todos somos no mundo" Pedro Sem",
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!
A mais nobre ilusão morre... desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...
Amar-te a vida inteira eu não podia.
A gente esquece sempre o bem de um dia.
Que queres, meu Amor, se é isto a vida!


AMY WINEHOUSE

Love Is A Losing Game

For you I was a flame
Love is a losing game
Five story fire as you came
Love is a losing game

Why do I wish I never played
Oh, what a mess we made
And now the final frame
Love is a losing game

Played out by the band
Love is a losing hand
More than I could stand
Love is a losing hand

Self professed... profound
Till the chips were down
...know you're a gambling man
Love is a losing hand

Though I'm rather blind
Love is a fate resigned
Memories mar my mind
Love is a fate resigned

Over futile odds
And laughed at by the gods
And now the final frame
Love is a losing game

O Amor É Um Jogo de Azar

Pra você eu fui um caso
O amor é um jogo de azar
Cinco andares se incendiaram quando você me amou
O amor é um jogo de azar

Como eu queria nunca ter jogado
Oh, que estrago nós fizemos
E agora o lance final
O amor é um jogo de azar.

Desgastado pela banda
O amor é uma aposta perdida
Mais do que eu poderia aguentar
O amor é uma aposta perdida

Declarado... intenso
Até o encanto se quebrar
... e notar que você é um jogador
O amor é uma aposta perdida

Apesar de estar bastante cega
O amor é um resignado destino
Lembranças denigrem minha mente
O amor é um resignado destino

Acima de inutéis expectativas
ridicularizado pelos deuses
e agora o lance final
O amor é um jogo de azar

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sugestão aos deputados da oposição - dêem ração aos "cães de guarda" da oligarquia na Assembleia Legislativa

Ração  aos governistas que falharam
em desenvolver o Maranhão ...

Ração de verdade, não "aquela" dos cofres públicos!



Entenda o caso aqui e também aqui

Só luta muda a moradia - 19 de maio é Dia Nacional de Mobilização pelo Direito à Moradia

O Movimento de Moradia talvez tenha sido um dos que mais saiu às ruas para garantir a eleição da Dilma - presidente.

Ele é uma espécie de versão urbana do MST, com uma diferença: o acesso aos fundos públicos está mais facilitado ao movimento de moradia. Acaba entrando no bolo dos recursos pleiteados pelo grande capital por financiamento para a construção de imóveis. (além da firmeza ideológica, claro, mais sólida no MST)

Nem por isso arrefeceu. Ao contrário, quem lê o documento abaixo fica com a ideia de que o Movimento de Moradia é dirigido pela Conlutas/central ligada ao PSTU: só falta apontar a responsabilidade por todas as problemáticas levantadas e mudar o lema, no final, que é muito ruim...

Mas nada disso. Apenas exemplo de movimento social que sabe o seu papel, ainda que sob direção de muitos militantes filiados ao partido do governo.

Partido é partido. Movimento é movimento. Força à luta pela Moradia Popular!

Abaixo, a carta aberta do movimento por moradia popular:


"A União Nacional por Moradia Popular vai às ruas, neste 19 de maio de 2011, para reafirmar a luta pelo Direito à Moradia e à Cidade, na defesa da participação popular, da reforma urbana e da autogestão nas políticas públicas.

Não podemos assistir calados à tragédia urbana que se abate sobre nossas cidades, com milhões de famílias vivendo em áreas de risco, bairros sem infra-estrutura, ameaçadas de despejo e excluídas de nossas cidades. Defendemos a autogestão como um avanço de qualidade na produção habitacional e na organização das famílias. Queremos avançar para que o Brasil tenha uma política habitacional e urbana que inclua todos e todas.

Para isso, exigimos:

1.      Uma política habitacional e urbana que produza cidades includentes e sustentáveis, e que priorize a população de baixa renda e não descrimine os idosos, as mulheres, pessoas com deficiência, uniões homoafetivas.
2.      Aprovação da PEC da Moradia, garantindo recursos estáveis para o Fundo de Habitação.
3.      Fortalecimento e Consolidação do Sistema Nacional de Habitação, com a centralização dos recursos da habitação no Fundo Nacional, com controle social e fortalecimento do Conselho das Cidades e Conselho Gestor.
4.      Apoio à produção habitacional autogestionária, com a destinação de recursos para a construção de 400 mil moradias em parceria com associações e cooperativas e a desburocratização do Programa Minha Casa Minha Vida Entidades. Transparência e apoio dos órgãos governamentais para a aprovação de projetos populares. Interlocução permanente com o Ministério das Cidades e Caixa. Destinação de recursos para assistência técnica, capacitação e aquisição de terras para as entidades populares.
5.      Urbanização e Regularização das favelas e áreas ocupadas, com participação popular.
6.    Criação de uma Política Fundiária para Habitação Popular, com a criação de banco de terras e o estímulo à produção de moradias populares em áreas urbanas bem localizadas e urbanizadas. Destinação de terras e edifícios ociosos da União e autarquias para Moradia Popular.
7.   Nenhuma família sem casa devido aos mega-projetos, Copa e Olimpíada. Imediata suspensão de remoções e reintegrações de posse, com a abertura de canais de participação e investimentos para mitigar os impactos sobre a população mais pobre.

Um país rico é aquele que distribui a riqueza para todos e todas."

Fonte: União Estadual de Luta por Moradia