Wagner Baldez (*)
Na história das civilizações, mormente as que tratam da antiguidade, muitos foram os deuses e deusas fabricados pela imaginação humana, corolário de uma mórbida ignorância. Daí, pois, o aparecimento dos BAAL, ASTAROTE, QUEMOCHE e tantos outros mitos famosos!
E, por acreditarem possuir tais Entidades forças e poderes sobrenaturais, passaram a adorá-los com exacerbado temor; inclusive supondo que, com práticas desta natureza, estariam isentados dos castigos e ira dos deuses. Evocar mencionadas divindades em circunstâncias adversas, constituir-se-ia numa adoção salvadora.
Como se não bastasse à volumosa caudal desses entes carismáticos no mercado da fé, eis que surge, inusitadamente - para “encantar” nossos lares-, mais uma Entidade, reminiscência de um espírito mantido entre nós pelas “NHAJANSA” e Mulas-sem-cabeça.
Comportando-se como verdadeiro “Gênio do mal”, com ela a pobreza não tem vez; pois se da mesma dependesse, por certo que entraria pelo cano a vida inteira!!!
Vive às escondidas, na clandestinidade. A sua presença se materializa através de papéis em forma de recibos. Seu Santuário é o próprio interior de canos e torneiras! É bem provável que a oxidação destes materiais tenha contribuído para enferrujar-lhe os sentimentos íntimos.
Freqüentar o seu altar, pobre algum se aventura, visto que lá encontraria em sacrifício, para sua mais expressiva surpresa, desgastada economias domésticas, em troca de uma graça às avessas, quando sabemos que a água fornecida é racionada, enfim, jamais correspondendo aos mínimos parâmetros de quantidade e qualidade exigidos.
Aludidas anormalidades vêm ocorrendo há uma década e meia, causando severos e dolorosos prejuízos aos consumidores, privados, então, do líquido indispensável às mais variadas e exigentes necessidades domésticas.
Agora, compete à diretoria informar aos usuários do sistema quais os reais motivos de abusivas irregularidades; aliás, tornando-se um verdadeiro mistério a desafiar a capacidade dos técnicos que tenha a seu encargo a responsabilidade do abastecimento d’água, haja vista a ausência de solução definitiva.
Comporta ressaltar, virar moda a alarmante falta d’água nas torneiras, isto acontecendo devido ao fato de não termos governantes capacitados, cujo reflexo, também, compromete o trabalho da CAEMA, que no dito popular é uma “DEUSA” tão satânica quanto SACA...! O leitor que complete, se assim o desejar.
(*) Wagner Baldez é funcionário público aposentado e membro da Executiva Estadual do PSOL/MA
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