sábado, 27 de abril de 2013

Artigo Wagner Baldez - Fazer o povo rir e chorar, uma especialidade de Dona Rosengana!


Wagner Baldez (*)


Dona Rose adquiriu dupla capacidade na forma de governar: uma de fazer o maranhense, principalmente da capital, RIR, embora tendo consciência de estar sendo enganado; e logo após, numa espécie de sadismo, forçar esse mesmo povo a CHORAR!

Trata-se de um Dom herdado, provavelmente, do primeiro Sarney que apareceu, já em circunstância indesejável, neste nosso planeta.

Em alusão à genial qualidade revelada pela gestora do Executivo Estadual, o que realmente desejamos é demonstrar como referidas situações (riso e choro) aconteceram, apesar de que ambas as expressões conterem significados bastante diferenciados; entretanto, não exclui o fato de se complementarem em tais circunstâncias.

Para melhor compreensão tratemos, primeiramente, o caso do RISO. Acontece que citada personagem, ao perceber o seu completo declínio no campo político, aproveitou-se, ardilosamente, da temporada carnavalesca e das festividades comemorativas dos 400 anos da cidade para trazer, respectivamente, a Escola de Samba “Beija-Flor” de Linópolis (Rio de Janeiro); esta sob o pretexto de animar o carnaval de São Luís, como se os foliões de nossa terra não soubessem como se brinca o carnaval, e um elenco dos mais consagrados cantores do pais, entre os quais Roberto Carlos. Milhões foram gastos com citadas programações! A população de São Luís, nesse período, deixou-se inebriar pela variedade de divertimentos, esquecendo-se das inúmeras e cruéis dificuldades enfrentadas no dia a dia.

Dona Rosengana em relação a essa particularidade inspirou-se nas ações utilizadas pelos imperadores romanos, os quais, em situações semelhantes às que nos encontramos, distribuíam pão e vinho, para iludir a plebe ignara; inclusive constando variadas modalidades de espetáculo, sendo as lutas entre gladiadores nas arenas, a de preferência das massas. Ela também lembrou-se das confidências feitas pelo seu dileto companheiro de partido, o ex-governador e senador pela Bahia, Antonio Carlos Magalhães: "Para se conquistar ou enganar o povo, basta investir no cultural (festas de cunho popularmente tradicionais), sem se preocupar com o social".

Tão logo passou o período de tão exagerada euforia, foi aí que o ludovicense se deu conta da realidade: problemas relacionados com a saúde, educação, segurança, transporte, etc., etc. Porém o mais trágico acontece com a falta d’água nas torneiras, fato que vem ocorrendo há mais de uma década! Exatamente nesses momentos que as donas de casa, apelando para o bom senso, concluíram que os milhões desperdiçados pelo “governo” com as tais comemorações deveriam ser aplicadas na recuperação do sistema Italuís, o que seria lógico! Qual a vantagem para um povo sacrificado como o nosso, se deixar de realizar o que de mais importante venha a suprir às necessidades prementes, substituída por ações supérfluas, conforme anteriormente exemplificamos. Será possível que a gestora do executivo estadual desconheça que a água é um dos valores fundamentais da vida?

Só restou de todas essas ocorrências, o fato da população ser tragicamente sacrificada no ALTAR DAS ENGANAÇÕES; enquanto a anfitriã ficou exultante por conseguir enganar os bestas que nela ainda acreditam. Diz o provérbio: “quem tem besta não compra cavalo”!!!


(*) Wagner Baldez - Funcionário Público Aposentado, é membro da Comitê de Defesa da Ilha e fundador do Instituto Maria Aragão. Integra a Executiva Estadual do PSOL/MA.

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