Wagner Baldez (*)
Dona Rose adquiriu
dupla capacidade na forma de governar: uma de fazer o maranhense,
principalmente da capital, RIR, embora tendo consciência de estar sendo
enganado; e logo após, numa espécie de sadismo, forçar esse mesmo povo a
CHORAR!
Trata-se de um Dom herdado,
provavelmente, do primeiro Sarney que apareceu, já em circunstância
indesejável, neste nosso planeta.
Em alusão à genial qualidade
revelada pela gestora do Executivo Estadual, o que realmente desejamos é
demonstrar como referidas situações (riso e choro) aconteceram, apesar de que
ambas as expressões conterem significados bastante diferenciados; entretanto,
não exclui o fato de se complementarem em tais circunstâncias.
Para melhor compreensão tratemos,
primeiramente, o caso do RISO. Acontece que citada personagem, ao perceber o
seu completo declínio no campo político, aproveitou-se, ardilosamente, da
temporada carnavalesca e das festividades comemorativas dos 400 anos da cidade
para trazer, respectivamente, a Escola de Samba “Beija-Flor” de Linópolis (Rio
de Janeiro); esta sob o pretexto de animar o carnaval de São Luís, como se os foliões
de nossa terra não soubessem como se brinca o carnaval, e um elenco dos mais
consagrados cantores do pais, entre os quais Roberto Carlos. Milhões foram gastos
com citadas programações! A população de São Luís, nesse período, deixou-se
inebriar pela variedade de divertimentos, esquecendo-se das inúmeras e cruéis
dificuldades enfrentadas no dia a dia.
Dona Rosengana em relação a essa
particularidade inspirou-se nas ações utilizadas pelos imperadores romanos, os
quais, em situações semelhantes às que nos encontramos, distribuíam pão e
vinho, para iludir a plebe ignara; inclusive constando variadas modalidades de
espetáculo, sendo as lutas entre gladiadores nas arenas, a de preferência das
massas. Ela também lembrou-se das confidências feitas pelo seu dileto
companheiro de partido, o ex-governador e senador pela Bahia, Antonio Carlos
Magalhães: "Para se conquistar ou enganar o povo, basta investir no
cultural (festas de cunho popularmente tradicionais), sem se preocupar com o
social".
Tão logo passou o período de tão
exagerada euforia, foi aí que o ludovicense se deu conta da realidade:
problemas relacionados com a saúde, educação, segurança, transporte, etc., etc.
Porém o mais trágico acontece com a falta d’água nas torneiras, fato que vem
ocorrendo há mais de uma década! Exatamente nesses momentos que as donas de
casa, apelando para o bom senso, concluíram que os milhões desperdiçados pelo
“governo” com as tais comemorações deveriam ser aplicadas na recuperação do
sistema Italuís, o que seria lógico! Qual a vantagem para um povo sacrificado
como o nosso, se deixar de realizar o que de mais importante venha a suprir às
necessidades prementes, substituída por ações supérfluas, conforme
anteriormente exemplificamos. Será possível que a gestora do executivo estadual
desconheça que a água é um dos valores fundamentais da vida?
Só restou de todas essas
ocorrências, o fato da população ser tragicamente sacrificada no ALTAR DAS ENGANAÇÕES;
enquanto a anfitriã ficou exultante por conseguir enganar os bestas que nela
ainda acreditam. Diz o provérbio: “quem tem besta não compra cavalo”!!!
(*) Wagner Baldez - Funcionário Público Aposentado, é membro da Comitê de Defesa da Ilha e fundador do Instituto Maria Aragão. Integra a Executiva Estadual do PSOL/MA.
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