A conferência sobre "A conjuntura política latino-americana e a questão da região amazônica", realizada pelo GSERMS (Grupo de Pesquisa em Serviço Social e Movimento Social) e Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais, vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFMA, trouxe o Prof Aluísio Lins Leal (UFPA) a São Luís, no último dia 2 de abril.
Excelente palestra, com forte sustentação em dados sobre a realidade da exploração dos recursos minerais da região.
Para exemplificar, o pesquisador lembrou que:
- em 30 anos, retirou-se 50 milhões de toneladas de manganês do Amapá... deixaram lá apenas uma imensa cratera cercada de mato;
- toda a jazida de cassiterita de Manaus-Caracaraí foi devastada, dizimando os índios na região;
- uma tonelada de minério custa 1.500 dólares, uma tonelada de avião custa 50 mil dólares e uma tonelada de satélite custa 5 milhões de dólares: o Brasil só produz o minério... a Índia, a China, a Coreia, o Irã, produzem avião, produzem satélite... Ah, mas a Embraer produz avião tucano! Ora, de brasileiro o tucano não tem nem o bico, só as penas, porque o motor é americano-canadense, os aviônicos (equipamentos eletrônicos de bordo) são israelenses, o assento ejetor é inglês, o sistema de armamento também israelense... ora essa indústria não é brasileira! Nossa indústria aeronáutica é uma indústria caricata!
- O Brasil continua se especializando em produzir gado, soja (para consumo de animal criado na Europa) e minério, um país primário-exportador.
Para exemplificar, o pesquisador lembrou que:
- em 30 anos, retirou-se 50 milhões de toneladas de manganês do Amapá... deixaram lá apenas uma imensa cratera cercada de mato;
- toda a jazida de cassiterita de Manaus-Caracaraí foi devastada, dizimando os índios na região;
- uma tonelada de minério custa 1.500 dólares, uma tonelada de avião custa 50 mil dólares e uma tonelada de satélite custa 5 milhões de dólares: o Brasil só produz o minério... a Índia, a China, a Coreia, o Irã, produzem avião, produzem satélite... Ah, mas a Embraer produz avião tucano! Ora, de brasileiro o tucano não tem nem o bico, só as penas, porque o motor é americano-canadense, os aviônicos (equipamentos eletrônicos de bordo) são israelenses, o assento ejetor é inglês, o sistema de armamento também israelense... ora essa indústria não é brasileira! Nossa indústria aeronáutica é uma indústria caricata!
- O Brasil continua se especializando em produzir gado, soja (para consumo de animal criado na Europa) e minério, um país primário-exportador.
"Nossa Amazônia foi apenas mais um espaço do saque. Nenhuma perspectiva de desenvolvimento efetivo para a região... Os projetos minerais são pensados para durar no máximo três ou quatro décadas e, depois disso, as multinacionais vão embora, tchau e obrigado pelo que me devem...", ironizou o professor.
Nesse contexto, está completamente em aberto o futuro da região, ante a perda de Hugo Chávez, que efetivamente era um contraponto ao imperialismo dos Estados Unidos na região, e capacidade de articulação que será testada entre Brasil, Bolívia, Equador, Venezuela sem Chávez e a Argentina frente a Colômbia-Chile-Peru, com o apoio dos norte-americanos.
No debate, quem deixou sua contribuição foi o militante social Wagner Baldez, que recitou seu Poema "Pátria ou morte - o grito que despertou as Américas", em homenagem a Hugo Chávez.
Leia e assista abaixo:
PÁTRIA OU
MORTE,
O GRITO QUE
DESPERTOU AS AMÉRICAS!!!
Wagner Baldez (*)
Do planalto Andino o eco de ampliada ressonância,
Reproduzindo mensagem fúnebre, sob os acordes
de madrigal ternura.
Cujo diapasão de sons, se assemelha a um formidável hino épico!
Nos revelando com extremado sentimento telúrico,
A história, o renascimento desse patriota de nome Hugo...
Geleiras pranteadas em caudais de lágrimas sentidas,
Fazendo do chão desta América seu leito preferido.
De onde no marulhar da correnteza se escuta,
O gemido dos humildes, dos injustiçados por ele
defendido.
Nos páramos os corpos celestes em comovidas saudações,
Ressaltam o que ele representou para as Américas
e o mundo inteiro,
E o quanto era venerado esse obstinado guerreiro.
Que fizeram do luto o repouso da sua própria dor,
e das nuvens tarjadas de preto,
A forma adequada para escurecer o nosso planeta.
Da linhagem ideológica de Fidel e Che Guevara,
Tornara-se um aluvião de idéias libertárias,
A fim de evitar que continuássemos uma colônia,
Muito do gosto da sórdida política Norte-Americana.
Em muitas das paragens a mensagem desse bolivariano
é presença, com certeza
E inspirado em Simon Bolivar, pai da pátria Venezuelana,
Ele se entregou de corpo e alma nas lutas, ajudando outros países a se
tornarem soberanos.
Legado este, fulgurado na frase por ele proclamado:
Eu conduzo a “CHAVE” que abrirá os Portais da Liberdade aos
povos escravizados;
Na esperança de que, para todos, seja a vida um eterno amanhecer.
Creiam no que me foi possível e impossível fazer.
Empenhando-me nessa tarefa tão desgastante, física e
psiquicamente;
Por acreditar com toda a gama do meu Ser,
No ideal socialista, pelo qual lutei apaixonadamente!
E eis que surge na imensidão dos céus deste Continente,
Repetido em côro, o grito forte: LIBERDADE!
“PÁTRIA OU
MORTE”!!!
“PÁTRIA
OU MORTE”!!!...
(*) Wagner
Baldez - Funcionário Público Aposentado, é membro da Comitê de Defesa da Ilha
e fundador do Instituto Maria Aragão. Integra a Executiva Estadual do PSOL/MA
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