domingo, 23 de março de 2014

Artigo Wagner Baldez: SARNEY E CASTELO - IRMÃOS GÊMEOS NAS AÇÕES E ATITUDES

 
Wagner Baldez (*)

Alguém seria capaz de nos afirmar qual dos dois é o pior, levando-se em consideração os procedimentos por eles adotados no cenário político, tanto estadual quanto federal?

É lógico não existir diferença entre tais personagens, devido ao fato de ambos herdarem do PAI político ― Sen. Vitorino Freire ― o responsável por semelhantes características. Ressaltamos, ainda, que mencionados agentes são os últimos remanescentes do vitorinismo em nossa terra, cabendo-lhes a incumbência de conservarem o legado da maldição!

A razão da escolha desses representantes decorre de se destacarem como verdadeiros subalternos: obedientes e aplicados discípulos.

Será possível que os ex – detratores de Castelo venham defendê-lo, depois de sustentarem uma exacerbada campanha; aliás, merecidamente, com expressões do tipo: “CASTELO NUNCA MAIS“ etc, etc; jargão que contaminou a consciência dos maranhenses?!

Partindo dessa premissa, passamos a fornecer a nomenclatura política de JOÃO CASTELO de carne e osso:

1º a gênese política do referido personagem revelou-se, de imediato, tendente  a seguir o grupo detentor do poder: posição esta que lhe redeu bons e substanciais dividendos, a começar por ingressar no Banco da Amazônia (BASA), para em seguida ocupar uma das Diretorias da Instituição, sem dúvida com o beneplácito do governador Neuton Belo e do Sen. Vitorino Freire;

2º Posteriormente, contraiu amizade com o ex-deputado Sarney, por reconhecer ser este um dos mais prestigiosos próceres da grey vitorinista. A amizade com referido parlamentar prosperou tanto, que o escolheu para padrinho do seu filho;

3º Logo após, Sarney, ocupando a presidência do partido da DITADURA (ARENA), o indicou a governador biônico;

4º Castelo, de maneira ditatorial, por não admitir as reivindicações postuladas pela classe estudantil (meia-passagem), ordenou à Polícia que aplicasse o “relho” na moçada;

5º Uma outra ação perversa e criminosa do mesmo João Castelo foi autorizar a Polícia a demolir as casas situadas nos bairros SÃO RAIMUNDO, JOÃO DE DEUS, VERA CRUZ, COROADINHO e PADRE XAVIER, sob o pretexto de tratar-se de invasões. Referidas ordens só não foram cumpridas devido à intervenção corajosa de Haroldo Saboia (ao tempo, deputado estadual) com a ajuda dos companheiros Ananias Neto (vereador), Josimar Pinheiro (advogado) e o padre Xavier. Os moradores antigos poderão confirmar mencionados episódios;

6º Dona Gardênia assumiu a pasta de prefeita, mas na realidade Castelo foi quem funcionou como gestor municipal. O resultado desta Administração foi submeter a nossa URBE a mais lamentável condição;

7º Apesar de exercer duas legislaturas, como deputado federal e uma como senador da República, Castelo sequer apresentou um projeto que viesse beneficiar a classe trabalhadora.

8º Votou contra as DIRETAS-JÁ, considerada consenso nacional;

9º Negou seu apoio a Tancredo Neves;

10º Disponibilizou seu voto a favor de Collor de Mello, tornando-se, inclusive, inveterado malufista.

Mediante as razões expostas, o que de útil podemos esperar de Castelo? Ressuscitá-lo é o mais terrível e grave erro cometido por seus atuais APOLOGETAS!!!

(*) Wagner Baldez - Funcionário Público Aposentado, é membro da Comitê de Defesa da Ilha e fundador do Instituto Maria Aragão. Integra a Direção Estadual do PSOL/MA.

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