quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Poesia de Quinta - Número 137


Por Deíla Maia




A poesia de quinta de hoje é super especial. Foi retirada de um livro presenteado por um grande amigo (Gutemberg), que recentemente voltou da China e trouxe este preciosíssimo regalo para mim, contendo uma antologia com 100 poemas chineses antigos.
 
Como meu computador nem tecla em mandarim, pedi para ele traduzir um deles para mim (todos vêm em mandarim e inglês) e agora segue abaixo para vcs.
Dedico a Poesia de Quinta de hoje carinhosamente ao meu amigo e colega advogado Gutemberg (parabéns pelo nosso dia!!!) e sua namorada, a minha também já querida amiga Weiwei, que o ajudou a escolher o livro para mim.
Esse poema foi escrito na era Zhìdé (至德), no ano de 757, um período de guerra na China. Eu gostei porque a poesia fala que às vezes passamos por períodos difíceis (crises, guerras etc.), mas depois sempre vem a primavera, para fazer renascer a esperança dentro de cada um de nós.

Beijos.

Deíla



春望

國破山河在,
城春草木深。
感時花濺淚,
恨別鳥驚心。
烽火連三月,
家書抵萬金。
白頭搔更短,
渾慾不勝簪。

A View of Spring
(Tang Dyn). Du Fu

The nation is broken, the landscapes sadden the eye,
The city in spring is grown with grasses thick and deep.
The blossoms of birds give me a start to think of my family.
For three long months the battle flames not a moment cease,
A letter home costs ten thousand coins of gold so dear.
The more I scratch, the thinner grows the white hair.
Which can scarcely afford a place to fix a pinning piece.

Uma Visão da Primavera

A nação está quebrada, as paisagens entristecem os olhos,
A cidade­ na primavera é cultivada com gramíneas grossas e profundas.
As flores dos pássaros me dão um começo para pensar na minha família.
Por três longos meses as chamas da batalha não cessam por um momento,
Uma carta para casa custa dez mil moedas de ouro tão precioso.
Quanto mais eu coço, mais fino cresce o cabelo branco.
Que quase já não é mais o suficiente para ser preso para trás.

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