quarta-feira, 29 de julho de 2009

Estudantes reforçam MST em ocupação de fazenda de juiz flagrado em trabalho escravo

O DCE da UEMA em Imperatriz reforça a ação do Movimento Sem Terra (MST) que ocupou a fazenda do juiz Marcelo Baldochi, flagrado em prática de trabalho escravo em sua fazenda no município de Bom Jardim.

Fazendas do município de Bom Jardim são presença costumeira na lista suja do trabalho escravo. Confira aqui.

Enquanto o Tribunal de Justiça do Maranhão usou mão de ferro sobre o juiz Jorge Moreno, no caso de Baldochi ele tem passado a mão macia sobre sua cabeça...

A ação do MST é corretíssima e merece apoio de todos comprometidos com o combate ao trabalho escravo e a reforma agrária pra valer. No Governo do Estado da governadora biônica Roseana Sarney, a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (COETRAE) praticamente foi extinta. Não se tem notícia de reunião da mesma no atual governo.

Se ia mal das pernas antes, sob direção do PCdoB (primeiro com Salvio Dino, depois com Eurico Fernandes, na secretaria de Direitos Humanos e presidência da COETRAE), quando tinha poucos instrumentos para dar respostas às demandas do movimento social, no governo de proveta, ela inexiste!

Cabe o exemplo dos estudantes da UEMA aos demais movimentos. Caravanas de solidariedade aos sem-terras da fazenda seria uma boa iniciativa.

Abaixo, a nota do DCE/UEMA:

Nota do DCE da UEMA/CESI, de Imperatriz, em apoio aos Trabalhadores Rurais Sem Terra que ocupam a Fazenda Por do Sol

O Diretório Central dos Estudantes, órgão maximo de representação estudantil da Universidade Estadual do Maranhão, Centro de Estudos Superiores de Imperatriz, vem a publico prestar total apoio aos movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que ocupam desde o dia 25 do corrente mês, a Fazenda Por do Sol, no município de Bom Jardim próximo a reserva Gurupi no Estado do Maranhão.

A fazenda é de propriedade do Juiz Marcelo Testa Baldochi, recentemente incriminado por uma reportagem feita pelo programa da TV Globo – Fantástico, que denunciava o envolvimento do Juiz com o trabalho escravo na região. Segundo os depoimentos da matéria feita pelos trabalhadores Baldochi ainda extraia madeira de forma ilegal, causando crime ambiental, e através de um sistema de servidão por dividas, mantinha vários “peões” na fazenda, entre eles um rapaz de 15 anos.

Existe ainda uma denuncia do próprio Ministério Publico com base no relatório de fiscais do Ministério do Trabalho, dando conta de que em fiscalização realizada em setembro de 2007 na fazenda Por do Sol encontravam-se trabalhadores em situação degradante.

O DCE UEMA/CESI retifica seu repudio a esse tipo de membro da sociedade, que por ser um magistrado deveria proteger os menos favorecidos ao invés de explorá-los, e presta apoio total e irrestrito a ocupação feita pelo MST nas terras do senhor Marcelo Baldochi. Que estas sirvam agora para a Reforma Agrária, que respeite o Meio Ambiente e produza para alimentar nosso povo.

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