sábado, 20 de julho de 2013

No estado governado por uma mulher, MULHERES VÃO ÀS RUAS CONTRA A VIOLÊNCIA E AUSÊNCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS



As gurias mais destemidas da cidade voltam a agitar a avenida Litorânea com a segunda MARCHA DAS VADIAS, a partir das 14 horas deste sábado (20/7).
 
A concentração ocorre na praça do Parquinho, com oficina de cartazes.
 
Às 15h, sai a marcha em direção à praça dos Pescadores e, em seguida, às 17h, junta-se ao Energia Musical, evento produzido pelo Projeto BR 135.
 
No texto de convocação da 2ª Marcha, a organização denuncia a situação de violência a que estão submetidas as mulheres maranhenses e a ausência de políticas públicas... leia abaixo:
 
"O movimento da “Marcha das Vadias” iniciou-se em 2012, no Canadá, e teve origem com a lutwalk (caminhada das vadias), organizada em resposta à justificativa dada por um policial de que meninas de uma universidade canadense estavam sendo estupradas porque se vestiam como “vadias”. As manifestações se estruturaram sob o lema de que “se ser livre é ser vadia, então somos todas vadias”, questionando a culpabilização das mulheres que sofrem com a violência sexual.

No Brasil, a cada 2 minutos, cinco mulheres sã
o espancadas; a cada 12 segundos, uma mulher é estuprada. A violência sexual é uma realidade, um drama e um trauma na vida de inúmeras mulheres. Os dados concretos são bem maiores, uma vez que muitas mulheres não têm coragem de denunciar. Isso acontece porque, além de não haver um atendimento institucional especializado às mulheres que passam por esse tipo de violência, é muito recorrente que a responsabilidade pelas agressões seja atribuída à própria mulher vitimizada, como se ela tivesse permitido ou provocado tal ação. Estamos na Marcha das Vadias para dizermos que as mulheres não são culpadas e sim vítimas!

O Mapa da Violência 2012 revelou que entre os anos de 1980 a 2010, foram assassinadas no Brasil cerca de 91 mil mulheres, sendo 43,5 mil apenas na última década. Em 30 anos, o número de mortes passou de 1.353 para 4.297, o que representa um aumento de 217,6%. 

Dados preliminares do próprio Governo do Estado revelam que o número de mulheres mortas de forma violenta é superior ao de detentos assassinados no sistema carcerário maranhense.
Foram 54 os homicídios em delegacias e presídios do estado, contra pelo menos 62 casos de mulheres brutalmente assassinadas. Mais de 25% das mulheres foram mortas de forma cruel pelos seus parceiros."


Mais sobre a Marcha, aqui.




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