O dia era de festa, haja vista tratar-se da inauguração do NOVO-PARQUE como passou a ser denominado, após restauração a que fora submetido.
Em razão deste acontecimento, lógico seria o nosso comparecimento a este ato, como usuário que somos do citado recanto; acrescido do fato de pertencermos à Associação dos Amigos do Parque, cuja finalidade, neste particular, é auxiliar a administração a preservá-lo da destruição que nos parecia iminente!
Tão logo chegamos ao local, providenciamos estabelecer contato com a pessoa encarregada do cerimonial, a fim de sabermos se era facultada a palavra a quem dela desejasse fazer uso.Incontinente, a funcionária procurou o nosso nome, inclusive se éramos representante de alguma associação de bairro, ao que lhe respondemos que não; pois trata-se de um dos freqüentadores do referido logradouro e membro dos Amigos do Parque.
Para surpresa nossa ela exigiu o comprovante da existência da entidade. Fizemos ver a nossa interlocutora que a agremiação era de caráter informal, motivo pelo qual não haveria necessidade de ser registrada em cartório. Em vista disto o nosso pleito foi negado. Então no sentido de dirimir dúvidas, lhe apresentamos a cópia do artigo de nossa lavra, cujo assunto relacionava-se ao parque. De posse da matéria e convencendo-se do que lhe havíamos dito, pediu-nos que mostrássemos o discurso para saber qual assunto nele abordado; já que cumpria determinação superior. Dissemos- lhe que só falávamos de improviso. Relutante e precipitadamente solicitou-nos que escrevêssemos num papel o assunto que desejávamos comentar.
A inconcebível exigência, nos fez lembrar da época da Ditadura Militar, em que tudo era submetido à censura!
Compreendendo a situação, devolvemos-lhe de forma peremptória, que em hipótese alguma nos submeteríamos a tais condições por considerarmos imprudentes, sobretudo, audaciosa e sem nexo!
Aquelas alturas, já agastado por ouvir tanta exigência no desencadeamento da questão, avisamos - lhe levar ao conhecimento público, através da imprensa, aludida ocorrência.
Foi aí que o grupo requerido para solucionar referido impasse, concordou com a nossa postulação.
Acalmado os ânimos, vai a cerimonialista e nos pergunta: “aquele senhor, acaba de nos informar ser membro da agremiação da qual o senhor faz parte. É verdade? Exatamente, pois trata-se do Prof° Lobato, ex- secretário da Educação do Estado; ressaltando à admiração que nutríamos pela sua pessoa, por tratar-se de um cidadão honrado...
Encerrada a programação reservada aos oradores, e por vermos nosso nome omitido, dirigimo-nos à cerimonialista para sabermos o motivo de tal decisão. Obtivemos por resposta que somente a um representante de cada instituição era dado o direito de falar; no caso fora concedida citada oportunidade ao professor Lobato. Em se tratando de um fraterno amigo, não contestamos a decisão tomada.
Agora desejamos nos reportar a respeito do nosso pronunciamento, caso nos fosse franqueada a palavra: É claro que, por um dever de reconhecimento, exaltaríamos as condições dos trabalhos ali realizados. Entretanto, levaria ao conhecimento do Prefeito Castelo que a restauração do Parque destinou-se exclusivamente a beneficiar aos adultos e não as crianças para as quais fora o logradouro construído.
Caso alguém duvide, que faça uma visita a esse centro de recreação e procure o espaço lúdico, onde fora instalado os aparelhos para divertimento infantil, tais como: gangorra, balouço, escorregadores; brinquedos estes completamente destruídos pelo fato do material empregado ser da mais péssima qualidade, assim como tudo que fora utilizado no parque na gestão do prefeito Tadeu Palácio.
Também parte do local reservado para as crianças praticarem o futebol, por não nivelarem o terreno, forma-se uma pequena lagoa pelo acúmulo das águas pluviais.
Essa as razões do título da presente matéria receber aludida denominação: Parque do BOM ADULTO.
Outrossim, faltou ao Prefeito Castelo, criar uma auditoria, conforme aludimos no artigo “O abandono em que se encontra o Parque do BOM MENINO”, a fim de apurar os graves crimes cometidos contra o bem público.
Então por qual razão continuou relegado ao abandono todos os espaços destinados às crianças, priorizando tudo que se relaciona aos adultos?... Quanto a esta particularidade, só existe uma única verdade: É PORQUE CRIANÇA NÃO VOTA!!!
“QUEM CRITICA DEVE FAZÊ-LO COM ÂNIMO DE APERFEIÇOAR”
(*) Funcionário Público Aposentado e Membro da Executiva Estadual do PSOL/MA
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