sexta-feira, 29 de julho de 2011

Quando a injustiça nos faz tremer de indignação...


Como dizia Che, "se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros".


Blog G.D.News segue a máxima guevarista e repercute Carta Capital em mais uma denúncia de trabalho escravo envolvendo maranhense.

Ecos segue G.D. News, porque também treme de indignação quando vê uma injustiça. Confira abaixo:



O maranhense João resolveu buscar trabalho no Pará, onde homens valem menos que bois. Por Felipe Milanez. Foto: Bernardo Loyola.
O maranhense João resolveu buscar trabalho no Pará, onde homens valem menos que bois. Por Felipe Milanez. Foto: Bernardo Loyola.
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Marabá, sexta-feira. O sol da manhã confirma a época da seca e anuncia o calor que virá durante a tarde. Atrás do muro alto em uma rua de terra à margem de um córrego, fica o abrigo da Comissão Pastoral da Terra chamado “cabanagem”. Trata-se de um espaço feito para receber trabalhadores em situação de risco. O nome faz referência à revolta de negros e índios ocorrida na Amazônia no período regencial. João me aguarda para a conversa. Ele saiu do Maranhão em novembro para procurar emprego no Pará. Deixou para trás a mulher e um casal de filhos. Acabou aliciado por um “gato”. Trabalhou seis meses praticamente sem receber, por causa da dívida na cantina. Um dia sofreu um acidente. Pediu as contas, a dona da fazenda, de nome Clara, disse que não tinha o que lhe pagar. Ele amea-çou ir à Justiça. Ela retrucou: “Rapaz, se tu quiser ir, tu pode ir. Porque na minha fazenda quem manda é eu, não é a polícia-”. Fugiu com 200 re-ais no bolso.
Pergunto qual era o trabalho dele na fazenda.
“Era cortando juquira (erva daninha que atrapalha o pasto) e ajudante de fazer cerca na fazenda.”
Fazia isso no Maranhão?
“Não, vim fazer aqui.”
O que é a cantina?
“É onde vende bota, foice, arroz, feijão, óleo, essas coisas assim de fazenda, sabe? Café, açúcar, sabão.”
Eles cobravam?
“Cobravam. Olha, lá no barraco que eu tava, nem energia não tem. O litro de óleo que a gente compra lá, tudo vai pra nota, pro caderno. A água lá onde os meninos estão é água de rio. E lá onde eu tava é um córrego, desse córrego ela botou um cano e encostou uma mangueira da grossura de um dedo nesse cano para puxar água pro pneu. Nesse pneu, o gado bebe, a gente toma banho, bebe e também tira para fazer comida.” (continue lendo aqui)

Enquanto isso, ninguém se tremeu de indignação com a denúncia de Lígia Teixeira em sua coluna "Falando com Franqueza" - no blog Marrapá. Nem Secretaria de Direitos Humanos, nem a de Administração Penitenciária, nem a OAB, nem a SMDH, nem o Conselho Estadual de Direitos Humanos, nem o Ouvidor de Segurança Pública...

... naturalizamos a violência?

Confira o texto abaixo. As imagens não tem mais como, pois foram retiradas do YouTube por serem consideradas de "conteúdo chocante e repugnante".


No Reino da hipocrisia: Violência policial cotidiana no Maranhão é esquecida em nome de um fato isolado

Peço aos queridos leitores muita atenção no video abaixo, de pouco mais de um minuto. Trata-se de uma cena chocante, dolorosa e absolutamente perversa, mas que  infelizmente, é parte de uma realidade repetida incontáveis vezes em todos os lugares onde há um Policial Militar ou Civil do Maranhão. No video, policiais usam um pedaço de tábua para surrarem dois presidiários que fugiram e foram recapturados. Os gritos de dor dos presos são por si só, massacrantes.
Observem:
Continue a leitura do texto de Ligia Teixeira aqui.



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