Wagner Baldez (*)
Não constitui segredo e muito
menos novidade, num regime capitalista como é o nosso, qualquer que seja a
categoria profissional, viver sujeito à exploração daqueles que se beneficiam
da forma de agir do sistema, como acontece com os agentes ou representantes da
classe dominante!
Marx afirmava que “o capitalismo
despojará de sua auréola todas as atividades até então consideradas invulneráveis
e encaradas com piedoso respeito. Fará do médico, do jurista, do sacerdote, do
poeta, do sábio seus servidores assalariados”. Imaginem o trato reservado à
classe proletária? Dizia ainda que o citado regime “retira das pessoas os
valores éticos, morais e culturais adquiridos, substituindo-os por tudo que é
considerado indigno e desprezível sob o ponto de vista humano.
Não obstante a essa grande
verdade, existem situações, a exemplo do que vem acontecendo com os
Rodoviários, que podem ser revertida, dependendo da disposição do corpo
dirigente do Sindicato, cuja responsabilidade, mais especificamente, é
atribuída ao presidente da entidade. É justamente na pessoa dele que os
filiados depositam a sua crença como postulante dos seus direitos: valores
esses que, injustificavelmente, não são reconhecidos pelos empresários do ramo
em conjunção com a diretoria do órgão sindical, como é vezo acontecer.
Não constará da presente exposição
abordar tipos de problemas já amplamente conhecidos da classe; tampouco
consumir o tempo do leitor com assuntos desnecessários, inclusive não abusar do
espaço limitado que o jornal me concede. O que realmente desejo é demonstrar ao
presidente a existência de outros direitos que nunca foram cogitados, mas, sim,
postergados; aliás não sabendo por que “cargas d’ água” citado desinteresse vem
acontecendo...
Todos nós sabemos do efeito nocivo
provocado pelos raios solares no organismo humano; revelação comprovada
cientificamente. Com o decorrer do tempo é lógico que venha manifestar-se um
câncer de pele, caso as pessoas não procurem um dermatologista para proceder o
acompanhamento que o tratamento requer (medicina preventiva). Então, de acordo
com a recomendação médica, no ato da consulta (seja o paciente de pele branca
ou preta), deverá usar protetor solar nas partes descobertas, sobretudo as
descamadas. Referido medicamento e outros do tipo creme dermatológico implicará
despesas, a qual, inexoravelmente, comprometerá o exíguo orçamento doméstico.
Cabe advertir que a intensa carga
solar recebida pelo motorista durante o dia se dá através das janelas de vidro,
tanto pelas laterais como pela frente, sem que lhe garanta a mínima proteção,
devido ao material não ser refratário à luz do sol.
Face a tais particularidades, é
dever do Sindicato defender os seus filiados, vítimas de pertinaz ocorrências,
inclusive cobradores e cobradoras.
Um outro fato que concorre para
prejudicar ainda mais a saúde desses profissionais é a alta temperatura desprendida pelo
motor do veículo localizado junto da cadeira do motorista, que por pouco não
“cozinha” as vísceras e testículos dessas pessoas. É bem provável que situação
dessa natureza faça jus ao item que trata de insalubridade.
Portanto, é reservado ao Sindicato
mover uma campanha no sentido de reivindicar possíveis direitos, respaldado
pela sua base suficientemente numerosa, haja vista atingir aproximadamente 5
mil filiados (ressalto que informação extraoficial, pois não foi fornecida pelo
sindicato, já que o presidente da entidade proibiu aos demais diretores prestar
tais informações, se não por ele próprio).
(*) Wagner Baldez - Funcionário Público Aposentado, é membro da Comitê de Defesa da Ilha e
fundador do Instituto Maria Aragão. Integra a Executiva Estadual do PSOL/MA.
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