quinta-feira, 31 de maio de 2012

Artigo - Wagner Baldez: Uma criatura algemada pelo despreparo, negligência e insensatez

Wagner Baldez (*)

Identificá-la pelo nome a pessoa de quem nos propomos a falar, sobretudo após o uso da epígrafe encimada, torna-se desnecessário pelo fato de incorrermos numa brutal redundância. Então, pelas qualidades enunciadas, qualquer maranhense, seja qual for a faixa etária, saberá de quem se trata; inclusive por se tornarem vítimas da forma perversa como se conduz na pasta que ocupa: diferente, pois, do trato que lhe é designado pela máfia do Congresso Nacional e compartilhada pela mídia, os quais se esforçam em convencer os maranhenses e o resto do País dos atributos que ela nunca possuiu, mas por eles enxertados, produzidos e alardeados. Já foi chamada de Musa e Guerreira, modelo, aliás, que serviu de refrão por parte dos comensais que com ela convivem.

Porém, o que acaba de ser dito não se torna o suficiente para dissecarmos o seu real perfil na vida pública. Esta parte do texto funciona apenas como uma espécie de preâmbulo, haja vista o que mais nos interessa comentar são outros atos irresponsavelmente cometidos, cuja dimensão supera os demais defeitos citados, conforme exposição a seguir: o desinteresse por ela demonstrado em relação às obras indispensáveis para o desenvolvimento do Estado é flagrante, como aconteceu com a Ponte do Estreito dos Mosquitos, única via terrestre de acesso à Capital. Por mais que os técnicos lhe alertassem sobre o comprometimento da estrutura da obra, e que referida solução requeria urgência, ela simplesmente desprezou aludidas recomendações. O resultado foi o que se viu...

Tivemos a questão da Ponte São Francisco, denominada oficialmente Ponte José Sarney (nome, aliás, nunca usado pela população). Embora sendo avisada pelos engenheiros sobre a situação precária da estrutura da obra ela comportou-se da mesma forma reservada à questão anterior. Todo o trabalho de restauração da citada obra foi efetuada no Governo Jackson Lago. Imaginem se a ponte não recebesse o nome de seu pai!..

O caso das Estradas de rodagem, de sua inteira responsabilidade, há tempo abandonadas, cuja quantidade de buracos dificulta o trânsito para os municípios maranhenses. Mas como ela só utiliza o transporte aéreo, que se lixem aqueles que dependem, principalmente, do coletivo.

Dentre os vários crimes de ordem Administrativa por ela cometida, sobressai o precário fornecimento de água potável, isto acontecendo há mais de uma década. Dita situação mereceu igual tratamento das demais irregularidades mencionadas, apesar dos reiterados avisos sobre as providências urgentes a serem ultimadas. Nada a este respeito foi levado em consideração, obrigando a população a enfrentar essa dramática ocorrência.

Para eximir a sua responsabilidade, diz que o problema decorria do baixo nível d’água do rio Itapecuru, fato que jamais correspondeu com a realidade. Acontece que, das seis bombas existentes, apenas duas permanecem funcionando, pois caso deixassem de isolar as demais, aconteceria que a pressão exercida pelo crescente volume d’água concorreria para estourar a tubulação, já em estado de deterioração provocado não só pelo tempo, como também por influência do salitre. Ela desconhece que a água é um dos valores fundamentais da vida, tal o seu desprezo! Entretanto, para ela que consome água mineral, provavelmente até nas descargas dos sanitários das mansões, tanto faz como tanto fez (provérbio popular), o problema não é meu e sim de vocês!!.

Será que durante esse longo período não houve nenhum aporte de recursos Federal? Isto compete a Promotoria Pública ou algum órgão encarregado de apurar supostas irregularidades, conforme determina a lei.

Caso haja interesse, por parte do leitor, tomar conhecimento dos artigos de nossa autoria, cujo texto trata do referente assunto, que acesse o blog do jovem professor universitário e jornalista Franklin Douglas: ECOS DAS LUTAS.

Duvidamos que tais comportamentos aconteçam com os festejos de bumba-meu-boi, carnaval e outras atrações lúdicas. Necessário acrescentar o caso da contratação milionária da Escola de Samba Beija-Flor, cujas despesas desnecessárias foram pagas a custa da população pobre. Tais tipos de investimentos são realizados com o único interesse de capitalizar o voto do eleitorado, que com extrema facilidade de deixa enganar!

Concluindo, o mais interessante nesta história se deu quando perguntamos a uma adolescente, depois de explicarmos do que se tratava, quem seria essa pessoa?A interlocutora foi urgente na sua resposta:

- “Só pode ser DONA ROSENGANA, como é chamada no bairro onde residimos”.

Aí a mãe, que lhe fazia companhia, acrescentou:

- “por não cumprir com as promessas de campanha”.

Valeu, Dona Felizberta, pela acurada interpretação!!!


(*) Wagner Baldez é funcionário público aposentado e membro da Executiva Estadual do PSOL/MA

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