Wagner Baldez (*)
Geralmente, as exigências feitas pelo eleitorado, quando da mudança de uma Administração para outra, tanto na esfera Municipal quanto na Estadual, é que o novo gestor solucione ou corrija os graves e inúmeros defeitos deixados pelo seu antecessor. Neste contexto, inclui-se: educação, saúde, segurança, transporte, saneamento, etc., etc., ressaltando que os valores correspondentes a esses itens sempre contêm no orçamento.
A
verdade é que se tornou trivial na Administração Pública esse tipo de ação,
mesmo sabendo da existência de órgãos, como o Tribunal de Contas e Promotoria
Pública, cuja função, entre outras, é de analisar a aplicação do dinheiro
público.
Devido
à isenção de qualquer tipo de penalidade contra aludida prática delituosa, reforça
nesses infratores a crença na impunidade, dando margem, sem dúvida, para que a
GATUNAGEM prospere neste País, em maior dimensão em nosso Estado!
A impunidade é irmã gêmea da corrupção,
estando sempre alerta para protegê-la.
Não
digo impossível, porém bastante difícil, um gestor que passe a ocupar o cargo
deixado pelo seu antecessor, tomar a deliberação de promover uma auditoria para
apurar o que de errado tem acontecido. É bastante justificável o ditado que
diz: “QUEM TEM TELHADO DE VIDRO, NÃO PODE JOGAR PEDRA NO VIZINHO...”.
Quanto
a este detalhe, quero lembrar o artigo de nossa lavra publicado neste blogue;
oportunidade em que tratei do abandono em que se encontrava O PARQUE DO BOM MENINO.
Nessa matéria, solicitei, inclusive, que o prefeito João Castelo procurasse
apurar, através de uma auditoria, o destino da verba liberada pela Alumar,
destinada a recuperação do mencionado logradouro público, já que a terceira
etapa do trabalho nem sequer fora iniciada, por razões das irregularidades
constatadas.
Qual
o motivo do citado prefeito deixar de cumprir um ato que é dever do gestor e do
interesse público? A verdade é que nenhuma providência tomou contra o
ex-prefeito Tadeu Palácio. Aliás, a Administração do Prefeito João Castelo limitou-se
a promessas jamais cumpridas; não passando, portanto, de uma improvisada
encenação!
Então
uma das primeiras exigências feita pelo eleitorado é que o prefeito Edivaldo
Holanda Júnior crie auditoria para apurar as possíveis irregularidades
cometidas pelo seu antecessor; pois só tais medidas evitarão que a impunidade
se torne cultural entre os futuros prefeitos. Com a inserção desse ato, o prefeito
recém-eleito se consagrará na opinião pública como um implacável defensor da
probidade. Ressalto, entretanto, que dentre todos os candidatos que disputaram
à eleição para prefeito, o único determinado a cumprir um ato dessa natureza
chama-se HAROLDO SABOIA, em razão de sua independência e coragem histórica!!!
(*) Funcionário Público Aposentado, membro da Executiva do PSOL/MA
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