terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

"Rato" na mira de gatunos...


Há uma mídia bandida no Maranhão. Ela se alimenta da hipocrisia, das acusações difamatórias, da impunidade e de contra-cheques públicos obscuros.

Essa mídia bandida, ou melhor, esses mídias-bandidos escondem da sociedade que possuem múltiplos contra-cheques públicos que lhes servem de "jabá" oficial: aquele que se paga ao comunicador para fazer valer na esfera pública determinadas opiniões.  Subvertem os princípios da Administração Pública, o da moralidade, sobretudo. Conseguem ter, ao mesmo tempo, múltiplas jornadas de trabalho em tribunais (de justiça, de contas), em comitês de imprensa de poderes legislativos (estadual e municipais), em assessorias parlamentares e de prefeituras municipais, além dos órgãos de comunicação nos quais trabalham. Estes sim, extensivamente divulgados a todos. Pois interessa ao (seu) "ofício"...

E o "ofício" é a difamação dos atores políticos distoantes da oligarquia dominante. Os difamados, ao não-processar, e mesmo quando processam-lhes, muitas das vezes não vêem os processos chegar ao fim. E da impunidade permanece a atuação dos mídias-bandidos que vendem, também, a não-publicação das difamações aos possíveis alvos. E estes, para pelo menos neutralizá-los, pagam pelo não-"ofício". Tem mídia-bandido que vive (e morre) disso!

E dessa cultura geral da mídia bandida maranhense se constrõe a hipocrisia. Escondem tudo isso, mas são os primeios a apontar o dedo e alertar a opinião pública sobre os desvios dos seus opositores, mesmo quando não há desvios!

Nova vítima
Eis o caso do jornalista e dirigente do PCdoB, Marcio Jerry. O trocadilho com o Jerry do desenho animado nos títulos dos textos já são em si difamatórios, o rato (agora nomeado para gabinete). Aponta-se crime onde não há, cobra-se suposta incoerência e, como arautos da moral e dos bons costumes, destroi-se (ou se tenta destruir) uma reputação. Pura hipocrisia.

Isso porque ao se fazer a cobrança política, ao apontar incoerência e colocar em xeque ações praticadas com os recurso públicos, tudo isso faz parte da luta política. O que não condiz com uma prática democrática da luta política é deturpar valores e cobrar posições que sequer os acusadores de plantão se preocupam em seguir.

Eis o comportamento típico dos elementos que são fruto (as vezes são inocentes úteis) do  sistema oligárquico cuja formação social é arcaíca, patrimonialista e mandonista.

Jerry é um dirigente político que se dedica à mudança social e política no Maranhão. De esquerda desde a adolescência, tem toda a legitimidade em assessorar um parlamentar de seu partido; dedicado exclusivamente a essa causa, é perfeitamente legal sua nomeação na Assembleia Legislativa; sem acumular outros contra-cheques obscuros, está moralmente resguardado para a assessoria política que prestará. E nessa atividade parlamentar, não se bate ponto: ao contrário do Executivo Estadual - donde não se cobra dos sarnopetistas o ponto batido, as bolsas indevidamente recebidas...

Como se vê: pura luta política, e com armas sem pudor (e com muita hipocrisia). Márcio Jerry está sob a mira de gatunos.  Nem o Tom do desenho animado é tão cruel ao caçar seu Jerry.


P.S.: Essa opinião de Ecos, como as demais, é politicamente livre, economicamente autônoma e intelectualmente independente. Tampouco serve para pleitear qualquer benesse pessoal ou a parente. Sarnopetistas, não nos meçam por suas réguas!

Publicado no Jornal Pequeno, p. 02, de 19.02.2011.

Um comentário:

Anônimo disse...

Brilhante!
(G. Iensen)