Wagner Baldez (*)
Como se não bastasse a carga de sacrifício imposta pela "governadora"
às donas de casa, no que diz respeito à
falta de água nas torneiras, vem ela agora - movida por exacerbado sadismo - agravar
a paciência de quem enfrenta tamanha dificuldade , vulnerando a resistência
física dessas "guardiãs do lar".
Acontece que atualmente o indispensável
líquido aparece somente a partir das 24h, sendo interrompida já às 07h30 da manhã e o abastecimento ocorrendo
de três em três dias, inclusive em quantidade bastante exígua, que não chega
sequer a alcançar a descarga e o chuveiro.
Em vista dessas anormalidades - mormente tratando-se do horário, obriga
as donas de casa a permanecerem acordadas madrugada adentro, num trabalho
cansativo de encher os vasilhames para acudir às necessidades prementes da
casa. Ressaltamos que no início da vazão a água vem misturada com terra e
permanentemente enlodaçada, o que comprova deixar de receber o tratamento
requerido.
É por demais sabido que o consumo de água se dá no período da manhã ao começo da noite.
Portanto, tal medida, intempestivamente adotada, é totalmente fora de lógica.
Se tal acontece, é simplesmente devido ao fato da gestora do EXECUTIVO ESTADUAL
desconhecer as desastrosas implicações de tais situações.
Mas também, pudera!
"Quem passou a vida em brancas nuvens, e nunca sentiu frio da
desgraça..." (Gonçalves Dias), como vem a ser o caso da mimada Roseana,
jamais entenderá o que seja privação!
Basta sabermos que nas mansões do clã dos Sarneys só se usa água
mineral. Isto certamente se dá devido a não confiarem na pureza da água da
CAEMA...
Quanto ao referido órgão - coitado! - se acha na UTI, em fase terminal,
aguardando apenas o resultado das eleições para que seja providenciada a venda
da massa falida, ato incontinente em que receberá a extrema-unção.
Em alusão ao reservatório do
BATATÃ, o qual pretendem responsabilizar pela crise da falta de água, é um
sórdido recurso para isentar a "governadora" de tão vergonhosa culpa;
já que não dependemos dessa fonte para abastecer a cidade, mas sim do rio
ITAPECURU, através do sistema ITALUIS.
Entretanto, ao invés de procederem à substituição da tubulação - há mais
de uma década em completo estado de deterioração -, preferiram investir na
contratação de ESCOLA DE SAMBA e cantores famosos, cujas apresentações
desfalcarão mais uma vez os cofres públicos.
Para nós maranhenses restará apenas a dança macabra da falta d’água: o
vai e vem dos vasilhames enlodaçados.
Como na fábula La Fontaine, em versão adulterada, a "governadora"
parece querer nos dizer: "Cantaram? Agora dancem!!!"
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