sexta-feira, 20 de junho de 2014

Pedrosa garante que sua candidatura representará a novidade nas eleições


Foto: Fabrício Cunha
Odívio Neto, vice na chapa encabeçada
por Luís Antônio Pedrosa




Em visita ao jornal O Estado do Maranhão, pré-candidato do PSOL diz que eleitorado quer mudanças reais

Por Karla Lima, com edição
Da Editoria de Política - aqui, só para assinantes.

O pré-candidato do PSOL ao Governo do Estado, Luís Antônio Pedrosa, garante que será uma via alternativa nas eleições deste ano, com uma proposta de mudança. Em visita a O Estado, Pedrosa falou ainda da aplicação da Lei da Ficha Limpa e fez críticas ao que classificou de política tradicional relacionada ao modelo de financiamento privado de campanha.
Advogado e militante na área dos Direitos Humanos, Luís Antônio Pedrosa se classifica como um político diferente dos demais apresentados até o momento por ele não ser um político profissional. Pré-candidato, oficializado pelo seu partido, o PSOL, em convenção do último fim de semana, Pedrosa diz ser uma novidade no cenário político.
Essa novidade, segundo Pedrosa, difere do que foi anunciado em 2012 (exemplo usado pelo pré-candidato) com a candidatura de Edivaldo Júnior, eleito prefeito de São Luís com o discurso da mudança.
Nós vamos apresentar para a população algo novo. Mas não o novo e a mudança como maquiaram o prefeito Edivaldo Holanda  Júnior. A população está sem referencial para esse paradigma, e a candidatura do PSOL poderá mudar isso”, disse Pedrosa.
Entre os posicionamentos para que seja incluído na ideia de uma opção entre os candidatos que signifique mudança, Antônio Pedrosa disse que é contra o financiamento privado de campanha. De acordo com ele, esse modelo de financiamento atrapalha os gestores a trabalhar em prol da sociedade.
O pré-candidato do PSOL falou ainda da aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições deste ano. Sua atuação, segundo ele, será de fazer denúncias durante todo o processo eleitoral dos postulantes a mandatos eletivos que tenham fatos em sua vida pública que não condizem com o que prevê a Ficha Limpa.
Vamos denunciar e expor a trajetória de cada candidato que tenha fato que possa ter prejudicado a sociedade”, afirmou.
Tempo – Uma das marcas das campanhas políticas de partidos como PSOL, PSTU e PCB é o tempo reduzido no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão devido à diminuta ou inexistente bancada na Câmara Federal.
Sobre essa questão, Antônio Pedrosa se diz preparado para contornar a desvantagem, já que, segundo ele, o que o partido tem a apresentar para a sociedade não precisa de tempo extenso de propaganda.
Sou advogado, acostumado ao tempo reduzido para defender teses na tribuna. Vamos usar a criatividade e mostrar que na política do Brasil os grandes tempos de televisão são resultado de uma coalização fisiológica com partidos que existem para negociar o tempo de televisão que tem”, declarou o pré-candidato. E quem tem muito tempo de TV acaba usando para inventar várias promessas falsas, que não serão cumpridas se eleitos, como vimos aqui na capital maranhense, arremata o candidato do PSOL.

Frente de esquerda não sai do papel novamente

Como em todas as eleições, os partidos considerados de extrema esquerda no Maranhão não conseguem se alinhar para formar uma coligação em torno de uma candidatura com maior expressão nas urnas.
O PSOL, PSTU e PCB, este ano, mais uma vez não caminharão juntos. Segundo o pré-candidato Antônio Pedrosa, o motivo é a necessidade de sobrevivência das legendas que conseguem ainda se manter no cenário político quando lançam candidatos próprios nas eleições majoritárias.
Para que a frente de esquerda saísse do papel, seria necessária a figura de uma liderança que unificasse as três siglas, como ocorre em outros estados do Brasil e como já ocorreu nacionalmente para a candidatura a Presidente da República.
Aqui no Maranhão, ainda não temos uma liderança que possa unificar esses partidos e projetar todos conjuntamente em um embate eleitoral. Por isso, nós tivemos a dificuldade de fechar essa coalização de esquerda no Maranhão, até mesmo porque cada um dos partidos quer ter candidatura própria para afirmar suas legendas, para que elas não desapareçam do cenário político. O que é legítimo”, disse Pedrosa.


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