quarta-feira, 17 de junho de 2015

JEAN WYLLYS APOIA GREVISTAS DE FOME - precisa um deputado do Rio de Janeiro para repercutir a luta a greve de fome no INCRA/MA...


"Acabo de receber relatos sobre a gravidade da situação em que se encontra a ocupação da Sede da Superintendência do INCRA, no Maranhão, onde, desde segunda-feira passada, dia 8, um grupo de 09 remanescentes de comunidades tradicionais quilombolas entraram em uma greve de fome em reivindicação dos direitos a titulação dos territórios quilombolas e a mediação do conflito no campo. A greve entra hoje no seu sétimo dia com completo descaso do INCRA, subordinado ao Governo Federal, e do Governo do Maranhão com a causa quilombola, e cobra do governo federal a criação de uma Diretoria Quilombola Nacional no Incra e nas Superintendências Regionais do instituto, além de outras medidas que garantam a regularização e titulação das terras remanescentes de quilombos na da Baixada Maranhense.

As e os participantes da ocupação estavam na esperança de chegar a um acordo nesta terça, mas, segundo el@s, o acordo não foi fechado pois a presidência nacional do INCRA está irredutível. O grupo em greve de fome segue batendo tambor na entrada do INCRA/MA e, segundo os relatos, a situação está tensa pois estão dispost@s a deixar o local de ambulância, tanto que um dos integrantes já teve de ser conduzido ao hospital.
Continuam no local: Antonio Pereira, do Povoado Alegria, Territorio quilombola Fazenda Campestre, em Timbiras; Deusdeth Martins. Povoado Bica, Territorio quilombola Aldeia Velha, em Pirapemas; Naildo Braga, Povoado Sao Raimundo, Territorio quilombola Pau Pombo, em Santa Helena; Ivoneth Abreu. Comunidade quilombola Chega Tudo, em São Vicente Ferrer; Maria Doracy, Povoado Benfica, Territorio quilombola Janaubeira, em Santa Helena; Maria da Conceiçao (Concinha), Povoado Benfica, Territorio quilombola Janaubeira, em Santa Helena; Valdenilde Trindade, território indígena Gamela, em Viana; e Lurdilene, territorio quilombola do Charco, em São Vicente Ferrer.


A situação da comunidade quilombola no Maranhão - um dos cinco estados no Brasil cuja constituição reconhece o direito à propriedade da terra - é a mais grave do país, com 339 processos de intitulação quilombola em aberto na Superintendência do Incra/MA, o que corresponde a mais de 30% do total nacional; a situação de ameaçados de morte no campo no Estado também é a mais grave do Brasil, que também possui o maior número de ameaças e o segundo maior número de assassinatos no campo, além do maior número de conflitos fundiários no Brasil. De acordo os relatos que recebi, a estrutura local do INCRA deveria ser um paradigma no país dado a gravidade do problema naquele Estado, mas quaisquer possibilidades de negociação com a superintendência local - que não tem capacidade técnica de atender as demandas regionais por conta da falta de estrutura do e sem qualquer poder político de articulação uma vez que a presidência nacional do INCRA tem fechado qualquer possibilidade de articulação – já se esgotaram.
Devido a todas essas circunstâncias, também assino a nota em solidariedade ao acampamento Bem Viver e em solidariedade à ocupação dos líderes quilombolas, indígenas e lavradores do Maranhão. Confira aqui a nota, na íntegra, e acesse todas as informações sobre a ocupação:http://migre.me/qjRse"
[Créditos da primeira foto: @mrrogens]

*O Dep. Fed. Jean Wyllys (PSOL/RJ) chamou a opinião pública nacional para o que está acontecendo através dessa postagem de sua página no Facebook, confira aqui

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