segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Artigo Wagner Baldez: O DRAMÁTICO E COMOVENTE PEDIDO DE PERDÃO DA COCA-COLA

 
Wagner Baldez (*)

Meu nome no mercado consumidor é Coca-Cola. Por ser gostosa tornei-me uma preta distinguida no mundo inteiro; inclusive sendo este meu conceito reforçado pelo título de “RAINHA DOS REFRIGERANTES”, que, por consenso, me fora conferido. Ainda bem que não sofro nenhum tipo de discriminação, embora exista no ramo concorrentes cuja principal referência apoia-se na matriz de suas cores atraentes: amarela, alaranjado, rosa, roxa; todas elas assumindo excelente condições para influenciar os consumidores no ato da escolha do produto preferido
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Por incrível que possa parecer, um dos fatores que contribuem para esse meu notável sucesso vem da crença de que a emissão ruidosa, pela boca, de gases provenientes do estômago, no final da ingestão do líquido (ARROTO), seja eu a responsável pela sensação de alívio e bem estar experimentado. Ocorre tratar-se de ledo engano respectiva afirmação! Pelo contrário... essa ingênua suposição vem a ser desmistificada com o inusitado surgimento de uma gastrite! Caso o procedimento prossiga, aí, possivelmente, os usuários estarão sujeitos à formação de uma úlcera, comprometendo ainda mais a saúde comumente fragilizada.

Só o fato de que no processo da minha composição ter como base a COCA, já é um alerta para suspeitarem do mal que possa causar. Torturados pela insidiosa enfermidade, se aperceberão da dramática realidade e que tudo não passa de uma festejada e mera ilusão!...
É lamentável se admitir, como num país tropical onde a variedade de frutas é imensa, se deixar de usá-las na forma de suco, dando-me absoluta preferência!

Certamente, essas seriam as palavras que, se falasse, a Coca-Cola diria.

A respeito das declarações sobre às ações nocivas desse produto, me faz lembrar do que me dizia Diocleciano Barros, que nos Estados Unidos, país onde residiu durante muitos anos, os furgões que transportam os recipientes contendo o xarope da Coca-Cola, para fabricação da bebida, são acompanhados pelos carros de bombeiros, tendo por missão evitar que a camada asfáltica seja danificada caso acontecesse o derramamento da mencionada substância cáustica! Outro fato que me despertou a atenção, deu-se através da leitura  de alguns trabalhos de cunho científicos, constando detalhes idênticos aos já citados. Então a partir de tais afirmações passei à acreditar em tudo que o vulgo dizia, e que, para mim, nada disto procedia por considerar exagero! Contudo, o conceito que formava sobre os problemas criado pela Coca-Cola no organismo humano, continuaram inalterados. E tanto assim o é, que dela nunca fiz uso.

Você dona Coca-Cola, tem mais alguma coisa a acrescentar? Com certeza!... E resumi-se no seguinte: “Há momentos em que considero-me possuidora de péssimo caráter; porém chego à conclusão que sou, assim como o cigarro, uma criação à serviço do corrupto, desumano e implacável sistema capitalista, cujo móvel implica exclusivamente no lucro, ainda que em detrimento do interesse público. Em vista de haver prestado tão importante depoimento, mereço à compreensão e, consequentemente o perdão da humanidade!!!
(*) Wagner Baldez - Funcionário Público Aposentado, é membro da Comitê de Defesa da Ilha e fundador do Instituto Maria Aragão. Integra a Executiva Estadual do PSOL/MA.

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