Qualquer
que seja a modalidade dos serviços prestados por uma Entidade Pública à
população, lógico que lhe seja assegurado o direito do valor cobrado. Porém
caso o procedimento não corresponda com o compromisso assumido, não cabe à
prestadora de serviços arrogar a si citado direito. Exatamente é o que vem
acontecendo com a CAEMA, já que tem se comportado de forma despudorada, ou
melhor, CINICAMENTE com os seus usuários. Tanto assim o é que, há dez dias,
recebemos o expediente do aludido órgão indicando a data do pagamento da água
consumida, quando referida operação tem por prazo o dia 5 do próximo mês. No
ato do recebimento assomou-nos à mente a idéia (o que seria natural) de que o
comunicado tratava da normalização do fornecimento do precioso líquido:
irregularidade esta perdurando há mais de uma década!. Qual a moral que a
direção desse Estabelecimento possui para usar dessa intervenção, ainda que
fossemos considerados inadimplentes?! Ao órgão competiria preocupar-se em
solucionar tão grave problema, o qual vem produzindo na população verdadeiro
pânico!
Ressaltamos
ser a mandatária do Executivo Estadual, a maior responsável por essa situação.
Será que a Dona Rosengana ainda não aprendeu que a água é um dos valores
fundamentais da vida?!...
É
lamentável retornarmos aos tempos em que Dona Nha Jansen dominava o mercado da
venda de água em nossa capital, obrigando a população conviver com tão precário
sistema. Aliás, Rosengana com Nha Jansen até que rima.
Como
é do domínio público existem comunidades que há seis meses não recebem uma gota
d’água em suas torneiras, provocando ferrugem na extremidade de tais objetos.
Fato
idêntico, embora seja por alguns dias (de 6 a 8), vem ocorrendo nos domicílios
situados no centro da cidade.
É
oportuno esclarecer que o abastecimento d’água vinha sendo efetuado com duração
de 24 horas, aproximadamente. Acontece que ultimamente, a distribuição da
referida substância começa às 17h30 e encerra às 08h30 do dia seguinte, o que
equivale dizer que piorou ainda mais; inclusive com o inconveniente de ser tão
fraco o volume d’água ao ponto de impossibilitar os chuveiros funcionarem
normalmente.
Já
publicamos dezenas de artigo através dos Jornais Pequeno, Atos e Fatos, Tribuna
do Nordeste, sobre o mencionado assunto; ocupando ainda rádios e televisão:
campanha esta que vem de completar 8 anos. Contudo, nenhuma providência fora
ultimada por parte das autoridades. É como dizia nossos avós: “É o mesmo que
passar sabão na venta de cavalo!!! Ainda assim nos encontramos dispostos a
continuar na luta: só que desta vez usaremos na forma de passeata, percorrendo
as ruas de São Luis com substancial com
apoio das diversas lideranças: estudantil, universitárias, igrejas, políticas,
sem terra, quilombolas, CUT e sindicatos filiados, comunitárias, gay, enfim a
população em geral. Agindo dessa maneira forçaremos o Governo a solucionar a
mencionada questão.
Recordo-me
tão bem da ocasião em que Yasser Arafat, líder palestino, foi convocado para
participar de uma conferência na ONU, oportunidade em que sentenciou de forma
lapidar: “A justiça da causa determina o direito de luta”.
Movido
por sentimento telúrico, faço esse apelo traumático em favor dessa CRUZADA;
inclusive, usando o refrão: QUEREMOS ÁGUA, JÁ. BASTA DE SERMOS CASTIGADOS!!!
(*) Wagner Baldez - Funcionário Público Aposentado, é membro da Comitê de Defesa da Ilha e fundador do Instituto Maria Aragão. Integra a Executiva Estadual do PSOL/MA.
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