terça-feira, 26 de novembro de 2013

Artigo Wagner Baldez - A QUE PONTO CHEGOU O CINISMO DA CAEMA!...

Wagner Baldez (*)


            Qualquer que seja a modalidade dos serviços prestados por uma Entidade Pública à população, lógico que lhe seja assegurado o direito do valor cobrado. Porém caso o procedimento não corresponda com o compromisso assumido, não cabe à prestadora de serviços arrogar a si citado direito. Exatamente é o que vem acontecendo com a CAEMA, já que tem se comportado de forma despudorada, ou melhor, CINICAMENTE com os seus usuários. Tanto assim o é que, há dez dias, recebemos o expediente do aludido órgão indicando a data do pagamento da água consumida, quando referida operação tem por prazo o dia 5 do próximo mês. No ato do recebimento assomou-nos à mente a idéia (o que seria natural) de que o comunicado tratava da normalização do fornecimento do precioso líquido: irregularidade esta perdurando há mais de uma década!. Qual a moral que a direção desse Estabelecimento possui para usar dessa intervenção, ainda que fossemos considerados inadimplentes?! Ao órgão competiria preocupar-se em solucionar tão grave problema, o qual vem produzindo na população verdadeiro pânico!
            Ressaltamos ser a mandatária do Executivo Estadual, a maior responsável por essa situação. Será que a Dona Rosengana ainda não aprendeu que a água é um dos valores fundamentais da vida?!...
            É lamentável retornarmos aos tempos em que Dona Nha Jansen dominava o mercado da venda de água em nossa capital, obrigando a população conviver com tão precário sistema. Aliás, Rosengana com Nha Jansen até que rima.
            Como é do domínio público existem comunidades que há seis meses não recebem uma gota d’água em suas torneiras, provocando ferrugem na extremidade de tais objetos.
            Fato idêntico, embora seja por alguns dias (de 6 a 8), vem ocorrendo nos domicílios situados no centro da cidade.
            É oportuno esclarecer que o abastecimento d’água vinha sendo efetuado com duração de 24 horas, aproximadamente. Acontece que ultimamente, a distribuição da referida substância começa às 17h30 e encerra às 08h30 do dia seguinte, o que equivale dizer que piorou ainda mais; inclusive com o inconveniente de ser tão fraco o volume d’água ao ponto de impossibilitar os chuveiros funcionarem normalmente.
            Já publicamos dezenas de artigo através dos Jornais Pequeno, Atos e Fatos, Tribuna do Nordeste, sobre o mencionado assunto; ocupando ainda rádios e televisão: campanha esta que vem de completar 8 anos. Contudo, nenhuma providência fora ultimada por parte das autoridades. É como dizia nossos avós: “É o mesmo que passar sabão na venta de cavalo!!! Ainda assim nos encontramos dispostos a continuar na luta: só que desta vez usaremos na forma de passeata, percorrendo as  ruas de São Luis com substancial com apoio das diversas lideranças: estudantil, universitárias, igrejas, políticas, sem terra, quilombolas, CUT e sindicatos filiados, comunitárias, gay, enfim a população em geral. Agindo dessa maneira forçaremos o Governo a solucionar a mencionada questão.
            Recordo-me tão bem da ocasião em que Yasser Arafat, líder palestino, foi convocado para participar de uma conferência na ONU, oportunidade em que sentenciou de forma lapidar: “A justiça da causa determina o direito de luta”.
            Movido por sentimento telúrico, faço esse apelo traumático em favor dessa CRUZADA; inclusive, usando o refrão: QUEREMOS ÁGUA, JÁ. BASTA DE SERMOS CASTIGADOS!!!

(*) Wagner Baldez - Funcionário Público Aposentado, é membro da Comitê de Defesa da Ilha e fundador do Instituto Maria Aragão. Integra a Executiva Estadual do PSOL/MA.

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