sábado, 17 de janeiro de 2009

Explosivo o JP de domingo

O Jornal Pequeno de domingo-18/01 está um bomba: primeiro o furo de Oswaldo Viviani. Numa matéria bem elaborada, Vivani revela de forma nua e crua o tamanho da encrenca na qual o empresário Fernando Sarney se encontra. São contas no exterior não-declaradas à Receita Federal, teor de conversas grampeadas e emails interceptados pela Policia Federal, devidamente autorizados pela justiça.

O relatório expõe os crimes praticados por Fernando Sarney, registra o JP: formação de quadrilha, crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, tráfico de influência... não é uma bomba? Através deste link é possível acessar a matéria completa: http://www.jornalpequeno.com.br/2009/1/17/Pagina96659.htm




Depois vem a entrevista do senador Tião Viana (PT/AC): "Não tenho medo de disputar com o Sarney". JP repercute entrevista do senador petista ao blog de Josias Sobrinho. Fica claro ao leitor do jornal que somente a situação de Fernando Sarney justifica a obestinação com que José Sarney colocou-se para a disputa da Presidência do Senado, após por cinco vezes dissimular seu interesse pelo cargo.

A entrevista de Tião também é possível acessar pelo link http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2009-01-11_2009-01-17.html.

Alguns trechos:
- Pode desistir da candidatura?
A chance de isso acontecer é zero.
- E se Lula pedir?
Ainda assim, a hipótese de eu desistir da candidatura é nenhuma.
- Acha que o presidente vai pedir?
Não creio. Ele me conhece há mais de 20 anos. Tem respeito por mim. Tenho convicção de que não faria a indagação.
- E se fizer?
Se ele pedir, minha resposta será negativa. Hoje, tenho a responsabilidade política de sustentar a indicação de cinco partidos e dos senadores que me apóiam.
- Quantas vezes Sarney lhe disse que não seria candidato?
Cinco vezes. Conversei com o senador com a maior consideração e humildade.
(...)
- Receia disputar com Sarney?
Não tenho o menor receio. Ele é senador como eu. Vamos ao voto.
- Não receia que Lula apoie Sarney?
Creio que seria muito difícil que, havendo dois candidatos da base governista, o presidente manifestasse preferência por um. Pode haver um distanciamento do presidente Lula do processo. Creio que ele tratará as duas candidaturas com respeito.
(...)
- Conseguiria conduzir o Senado com independência?
Não tenho dificuldade em afirmar a minha relação histórica com a figura humana e política do presidente Lula. Assim como fizeram Luiz Eduardo Magalhães e Aécio Neves, quando presidiram a Câmara, com Fernando Henrique Cardoso. Tenho também uma relação de respeito com o governador José Serra. Então, me sinto à vontade para defender os interesses do Legislativo. Com a responsabilidade que me cabe caso venha a ser eleito. Sei o que é um governo de coalizão. Mas também valorizo o papel de uma oposição ativa. É possível conduzir o processo legislativo com altivez e independência.
(...)
- Contabiliza votos da oposição?
Sim. Dentro do DEM também terei votos importantes. E creio que o PSDB está sensível a um diálogo elevado. É hora de pensar no país e não em governo querendo destruir a oposição e vice-versa. Esse caminho só leva ao colo do fisiologismo.


E pra terminar, a matéria de "GERSON- o canhotinho de ouro", de José de Oliveira Ramos está belíssima. Nota DEZ para o JP de domingo.

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