terça-feira, 20 de janeiro de 2009

José Reinaldo demarca terreno

Robustecido pela garantia da Presidência da Assembléia Legislativa para seu sobrinho, o deputado estadual Marcelo Tavares (PSB), o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) dá um passo à frente em seu projeto rumo ao Senado Federal.

Simbolicamente, Reinaldo escolheu a rádio Educadora para anunciar sua pré-candidatura a uma das duas vagas em disputa para o Senado em 2010. Simbolicamente porque foi na mesma rádio que o atual governador Jackson Lago lançou-se à vitoriosa campanha para o Governo do Estado, em 2006. Tavares segue os passos da vitória com essa sua demarcarção de terreno.

No programa Roda Viva, apresentou-se com o coerente discurso e estratégia que levou à derrocada da oligarquia: expor o que de mazelas o grupo Sarney trouxe em seus 40 anos de mando no estado (falou da extinção do sistema agrícola, do IDH maranhense, da luta pelo empréstimo do PRODIM etc).

Sugeriu que o governador Jackson Lago assuma mais ativamente a coordenação política da Frente de Libertação. Defendeu a reeleição do governador, a renovação da coligação com PDT-PSB-PSDB-PT. Avaliou que é preciso corrigir rumos na estrutura admnistrativa do Estado. Esquivou-se de qualquer disputa antecipada pela outra vaga de senador na chapa, mas alertou: "agora não podemos pulverizar com muitos candidatos, é o dois (de cá) contra dois (de lá) para o Senado e tenho certeza, venceremos!". Há lideranças novas e respeitáveis lideranças já experimentadas na política, é preciso muita conversa para definir o segundo nome a chapa ao senado.

Com este lance, José Reinaldo Tavares coloca o nome na rua. 2010 está só começando...


A ARTE DA POLÍTICA
Por sinal, registremos dois movimentos no tabuleiro para ficar claro como o jogo do poder já está sendo jogado: primeiro o de Lula. O presidente recua publicamente da defesa do fim da reeleição, até se contradizendo em relação a declarações próprias e deixando um fiel deputado, João Paulo Cunha (PT/SP) com a brocha na mão e sem escada (ele é o relator da proposta na Câmara Federal). Justificativa do movimento: por que falicitar organização da fila no PSDB?

Lula convenceu-se da tese de José Dirceu (tá no blog do ex-deputado). Com a emenda pelo fim da reeleição, ficaria fácil uma composição Serra e Aécio, hoje os principais presidenciáveis em confronto no PSDB.

Mas o troco tucano vem no mesmo nível da arte da política: Serra praticamente isola Aécio, ao trazer Alckmin para ser seu secretário de Desenvolvimento e, com isso, simboliza que sua opção para a disputa do governo de São Paulo em 2010, pelo seu partido, será por Geraldo Alckmin-governador... são ou não são sofisticados os movimentos dos dois principais partidos do País que, uma vez mais, polarizaram a disputa presidencial??

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