DIVÃ MARANHENSE 8 (Dezembro
2013)
O
sarneyísmo e os seus dissidentes estão mergulhados na dúvida(?) de quem obterá
o tão cobiçado apoio petista, partido que já ocupa há quase 11 anos o Palácio
do Planalto.
O
PT, ao chegar ao poder federal, esqueceu as reformas e se entregou à política
assistencialista. As profundas mudanças anunciadas se resumiram à mesmice de
sempre, a de se tocar o governo sob a ótica do imediatismo e da demagogia. A
ética e os valores republicanos nunca foram tão pisoteados.
O
PT, obviamente, vai decidir aquilo que for melhor para a reeleição da
presidente Dilma. E isto inclui os arranjos estaduais com o PMDB, principal
partido aliado, e os outros vários partidos de médio e pequeno porte.
As
decisões não são baseadas de forma programática mas, sim, pragmática. O que
importa é ganhar a eleição, manter o poder e fazer de tudo para perpetuar-se
nele.
Daqui
a três dias, alguns petistas poderosos completarão 1 mês de prisão como
resultado do julgamento do Mensalão.
Um
deles, o então poderoso dirigente partidário e ex-chefe da Casa Civil, José
Dirceu, todos sabem, sempre foi guru do representante dos dissidentes do
sarneyísmo Flávio Dino e amigo de longa data dos Sarneys (pai e filha).
Não
podemos ter dúvidas. Mesmo lá de dentro da Papuda, José Dirceu, que após a
saída do governo em 2005, para evitar que o escândalo envolvesse a figura
presidencial, se tornou um dos maiores consultores (para não dizer lobista!) da
era Lula-Dilma, ainda preserva a sua influência no Partido dos Trabalhadores.
Não
sei se já foi ou será visitado.
Mas,
independentemente desse detalhe, o chefe é o outro, e está por aí a
vangloriar-se e ser vangloriado com títulos e honras. Está livre, leve e solto.
E este é quem vai decidir (se é que já não decidiu!) o imbróglio.
Igor
Lago, 12/12/2013.
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